O regresso urgente do respeito pela Respublica na Marinha Grande.

 


Há, de facto, coisas e pessoas sobre as quais não devemos gastar uma linha. Isso, para mim, nada importa, como nunca importou.

O que releva sempre é a falta de consequência das nossas breves e ‘estúpidas’ constatações. Sempre mal interpretadas. Constantemente retorcidas e, claro, truncadas, ao sabor das conveniências do momento.

São do meu conhecimento muitos, mas mesmo muitos exemplos das maiores falácias e cínicas formas de estar de certa gente com poder. Aquele poder efémero e hipócrita, que é sempre momentâneo, porque a prazo. Muitas coisas poderia dizer agora.

Nada disso interessa. Simplesmente porque não importa.

E a lealdade, por vezes, ao silêncio obriga.

Aos Amigos, à família, aos valores, aos princípios, ao futuro. A lealdade não é, como nunca foi, um valor qualquer.

Há coisas que se observam e se discutem, até porque estão debaixo dos nossos olhos, só que ………. publicamente, não se devem, em princípio, comentar.

Já quando se tratam de opções, ideias e propostas totalmente erradas, para não dizer incorretas, é nossa obrigação fugir ao recato e, consequentemente, manifestar aquilo que pensamos certo.

Em boa verdade, sempre fui assim. Disparo quase sempre com enorme velocidade e sentido de urgência. Isso tem custos, como é evidente. E é normal que assim seja.

Em determinados grupos, não em todos, felizmente, as maiorias detestam os desalinhados e os imprevisíveis. Para essas maiorias, o sentido de lealdade é do género fidelidade canina, porque acrítica. O valor do silêncio que tantas vezes encobre a vulgar mentira é sempre superior ao valor da liberdade. De ser, de estar e de pensar.

Depois de ter concedido alguns meses de ‘estado de graça’ ao executivo camarário em funções, fácil e rapidamente concluí que este era (mais um) mandato perdido para o concelho da Marinha Grande.

Infelizmente não me enganei no diagnóstico.

O triunvirato que nos (des)governa, há quase quatro anos caracteriza-se pela ascensão absoluta do populismo barato e da descarada mentira.

Há alguns anos que não vivíamos uma realidade acéfala desta magnitude. Não tenho qualquer receio em elencar (que é uma palavra que o engº Brito usa em abundância em todas as reuniões do órgão), todas e muitas são, as falhas clamorosas do trio +Mpm. Estão à vista de todos. Gosto pouco de repetir certas banalidades.

Cada marinhense vai ser chamado a decidir o seu futuro em outubro próximo. A única coisa que um desalinhado como eu deseja, é que cada votante pense bem onde vai colocar a sua cruz, dentro do quadradinho respetivo.

Porque, cada povo tem o que merece e, se por algum acaso esta gente continuasse, pela primeira vez me ouviriam dizer que a Marinha, a nossa Marinha Grande merecia muito mais.

Como estamos em abril, mês daquela ‘madrugada inteira e limpa’, desejo, sinceramente que o concelho volte à sua matriz da qual se tem desviado. O respeito pela liberdade, pela verdade, pelo diálogo construtivo e democrático e pelo sentido de missão de servir com elevada competência a Respublica.

É só isso que gostava que acontecesse nas próximas eleições!

Penso que não é pedir muito.

PS:

Caso os senhores Aurélio Ferreira e Carlos Wilson não saibam o significado da palavra Respublica (o que em nada me espantaria, atendendo à sua 'vasta e manifesta' cultura literária, gramatical e clássica), deixo uma breve explicação: Respublica ou Res publica vem do latim e significa "respeito pela coisa pública". Coisa, que como é reconhecido, não tem acontecido em nenhum momento deste infeliz mandato.


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