Celeste dos Cravos.
Nesta vida de Cristo, ninguém é de rigorosamente ninguém.
Antiga verdade.
Só que existem alguns que se sentem proprietários de certas memórias coletivas, que por coletivas serem não são propriedade de ninguém. Quando muito são propriedade da história.
Esta atitude da neta da Celeste dos Cravos é mesquinha,
pequenina e completamente ridícula.
Como penso todos saberem, nunca, até agora, alguém me viu,
leu ou ouviu dizer bem do executivo +Mpm. Neste domínio, ninguém ou apenas muito
poucos terão alguma coisa, por mais insignificante que seja, para me ensinar.
Vou elencar alguns tristes equívocos que o PCP tem reclamado apenas para consumo interno.
Por exemplo, a estatua que homenageia o vidreiro não é pertença nem do sindicato dos vidreiros e muito menos do PCP. Esse movimento foi essencialmente um movimento anarco-sindicalista. Representou um marco na história do país em geral e da Marinha Grande, em particular. Pertence a todos os que amam a Liberdade e a justa remuneração dos trabalhadores pela força do seu trabalho.
Durante décadas, cantores como Zeca, Adriano, Tordo, poetas
como Ary, escritores como Saramago e tantos, tantos outros grandes nomes da
cultura portuguesa, 'só poderiam' ser invocados, homenageados e utilizados pelo
Partido Comunista Português.
Não importa contar essa estranha estória. Não importa, porque
é pública.
Sei, porque sei, quem foi a técnica superior do município que
apresentou este projeto ao executivo, que, em boa hora o aceitou.
A grandeza, a originalidade, a criatividade e o sonho nunca
têm donos definidos, mas para o PCP da Marinha Grande, a memória da Celeste dos
Cravos só a eles pertence.
Não ouvi, e muito menos li alguém comentar a estética
fabulosa desta pequena homenagem ao 25 de Abril e ao seu máximo símbolo.
Parabéns Paula Moreira, bela ideia tiveste tu!
Um beijo!
Comentários
Enviar um comentário