Vamos falar de autárquicas, mas a sério!
Não é nada difícil pensar o futuro. Pelo menos para quem sabe
e gosta de equacionar soluções, vias e formas de desenvolvimento.
Importa dizer que quando me refiro ao futuro estou a pensar naquele que quase
nenhum de nós verá.
Se fosse verdadeiramente essa a preocupação dos agentes
políticos principais e volvidos 51 anos do 25 de Abril, dissipadas e eliminadas
as principais arestas que sempre os dividiram, a união do Partido Socialista e
do Partido Comunista da Marinha Grande deveria, no meu modesto entender,
efetivar-se.
Juntando os melhores de entre os melhores. Em torno de um
projeto sério, oportuno e inteligente a curto, médio e longo prazo.
O futuro não espera, como nunca esperou por nada nem por ninguém.
A Marinha Grande encontra-se a anos luz do seu horizonte
natural e espectável.
Urge juntar massa cinzenta, desinteresse partidário absoluto
e last but not the least, estabilidade governativa a 4, 8, 12, 16, 20 anos.
É ‘apenas’ isto que falta à Marinha para saber construir e
agarrar o futuro a que tem direito com as duas mãos.
É pedir muito?
Não me parece.
Temos tudo ao nosso dispor. Riqueza natural, cultural,
económica e social.
Imaginem o PS e o PCP apresentarem listas conjuntas. Elaborar
um programa conjunto.
Conseguem pensar numa solução deste tipo a um horizonte de 20
anos?
Eu consigo. Nunca sentiria caírem-me os parentes na lama com
uma solução deste tipo.
Já tenho idade suficiente para saber separar a história, das estórias.
Mas não. Vamos continuar a mesma estratégia de sempre. Contar
cabeças até ao fim. E depois continuar com as mesmas velhas e ultrapassadas
estratégias de sempre.
Apresentas tu este projeto? Então estou contra!
Após a pior experiência autárquica de todos os tempos, a
obrigação dos dois partidos maioritários do Concelho seria, dar as mãos e
agarrar o futuro!
Até já consigo imaginar a cara de espanto dos meus correligionários.
Com esta frase a sair-lhes da boca: “mas porque é que aquele gajo escreveu aquilo?
Será que não entendeu que temos isto ganho?”
Mas, ser livre, entre muitas outras coisas é mesmo isto.
Escrever e pensar alto sem receio de quaisquer represálias ou futuros
condicionalismos!
Na Lisboa dos anos 80, com Jorge Sampaio e Álvaro Cunhal esta ideia deu frutos, que ainda hoje se colhem!
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