A Voz do dono. "Au au"
Hoje saiu mais uma pérola no JMG, sob o título “direito de resposta”.
Já chega!
Não me
identifico com listas únicas, onde convivem cordialmente canalhas com pessoas de
bem. Eu, nestas coisas talvez seja pouco prático, é certo, mas prefiro perder
com a cabeça levantada a vencer sem honra nem glória, porque coloquei todos os
meus princípios em causa apenas por manifestos interesses eleitorais ou de
procura do poder pelo poder, onde tudo vale, em nome nem sei bem de quê!
Foi nisto que
se tornou o meu querido Partido Socialista da Marinha Grande.
Fartei-me
completamente desta contenda ridícula, onde os bons se deixaram confundir com
os maus, tornando-se numa amálgama de interessados e interesseiros.
É nestes
momentos que sinto que o melhor que fiz foi mesmo afastar-me de toda esta
turba.
Nos últimos
dias tenho sido alvo de comentários miseráveis por parte de dois perfis falsos no Facebook, criados por um triste casal de afro-europeus, como se diz agora,
por forma a contornar preconceitos ridículos do wookismo. Na falta de
argumentos, optaram ambos por disparar em todas as direções. Mas, ......
através de perfis falsos.
Apelidaram-me
simpaticamente de lacaio e de cão que só conhece a voz do dono. Os comentários
acabam sempre com a interjeição: "Au, au".
Interessante
se tornou olhar para trás no tempo e perguntar: "onde estavas tu quando o
Paulo Vicente foi traído em 2017? E onde estava eu, já agora?
Onde estavas tu,
no tempo do todo poderoso Nélson Araújo, e, onde estava eu, já agora?
Onde estavas e
que texto escrito pelo Nélson assinaste prescindindo da publicidade do Jornal
de Leiria nos autocarros, quando esse jornal apresentou uma reportagem pouco
abonatória ao executivo em funções? E, onde estava eu, já agora?
Onde estavas
na lista para a Comissão Política do PS encabeçada pelo Nélson? E onde estava
eu, já agora? E onde estavas tu nas eleições autárquicas de 2021 e onde estava eu, já
agora? Quem encabeçava a lista onde figuravas para a Assembleia Municipal
nessas mesmas eleições? Era o bandalho do Curto Ribeiro, não era? Era!
Convidado que fui para regressar às listas do PS para a Assembleia de Freguesia, tendo rejeitado esse convite, por não admitir ver o meu nome na mesma lista do inefável João Paulo Pedrosa. Que relação tinhas e tens com essa personagem do PSMG, já agora? Que se dão bem, odiando-se 'cordialmente'.
Para quem ligaste primeiro a pedir opinião e apoio à tua primeira candidatura
para a CPC? Pois, foi aqui para o lacaio. O cão que só ouve porque apenas
conhece a voz do dono.
Que pessoas
necessitavas de convencer para assumires a tua candidatura? E quem, melhor que
um cão rafeiro, como eu, para convencer os seus donos? Por acaso até costuma ser ao
contrário, isto é, os donos é que convencem os cães. Mas nessa
altura de putativa pré-candidatura nem havia, na tua boca, cães e muito menos donos.
Éramos apenas militantes essenciais para te ajudar decisivamente a venceres uma
eleição muito difícil.
Aconselho-te
vivamente a olhar para o espelho, pode ser que consigas ver e ouvir a tua boca a dizer;
"Au, au".
Que opinião te
dei eu e “os meus donos”, acerca da composição do teu último secretariado? O que fizeste,
nas costas de todos, acerca dessa matéria, já agora? Que militantes escolheste
e porquê, já agora? Que opinião publiquei acerca do teu primeiro discurso, já
agora? Alguém dentro do PSMG o fez, já agora? Que opinião assumi publicamente
logo no dia em que foram lidas em reunião de câmara partes do relatório da
Deloitte? Alguém no PS o tinha feito antes, já agora? Por acaso faltei-te ao
respeito, já agora? Ou para ti todas as opiniões só são válidas desde que sejam
iguais às tuas, já agora?
Conclui-se que
sempre seguiste as vozes de todos os donos de todas as breves circunstâncias.
Em proveito próprio e seguindo as tuas, ambições apenas. Que ambições tenho eu
para além da necessária e determinante reviravolta política que possibilite o
desenvolvimento e modernização do Concelho?
Que relações
tens mantido com o diretor do JMG, que não passa, nas tuas palavras, de
misógino a colaborador indispensável, já agora? Para quem depois envias artigos
e comunicados, desde que te sirvam, já agora?
Que
legitimidade pensas que ainda tens dentro do PS da Marinha Grande para usares a
página do partido que esmagadoramente te voltou as costas, para dizeres mal de
todos os militantes que se limitaram a usar de uma prerrogativa estatutária por
não concordarem com a tua postura snob, soberba, autoritária e totalmente
autista?
O quê e quem
achas que ainda representas, já agora?
Quantas e
quais foram as versões contraditórias que utilizaste durante o processo
Tumg/Deloitte? Quantas pessoas e quais quiseste fazer cair contigo dentro do PSMG?
O que te disse
o presidente da Federação Distrital do PS e o que fizeste a seguir, já agora?
Importa também
deixar registo que nunca ninguém do PS te acusou de nada, tendo-se limitado
todos a sublinhar que te devias defender nas instâncias próprias e suspender
funções no partido?
Para além do
ódio, da raiva e de diversos e ridículos complexos de classe e de
raça que, pelos vistos condicionam os teus atos, atitudes e decisões, o
que resta de ti como pessoa, já agora? Tal como chamaste ao Aurélio, ao diretor
do JMG, também eu passarei a ser apelidado de racista, xenófobo e misógino que
é sempre o que fazes quando és publicamente criticada.
Que atitude
tão mesquinha e desprovida de sentido, ainda mais vinda de uma narcisista que
em 100 fotos publicadas 99 são suas. Quase todas a evidenciar um nível de vida
que não pode suportar? Só próprio de todos os complexados desta e doutras
vidas.
Perfis falsos?
Para me tentar atacar?
Vai à merda,
já agora.
Acreditei
completamente em ti e nos teus propósitos. Defendi-te sempre e em todos os
‘cenários’ e com todos os protagonistas que te eram, como sempre foram
desfavoráveis.
Não me
arrependo de nada.
Aprendi muito contigo sobre a natureza humana, no seu pior. Já agora!
Os teus 'apagões' e cortes cirúrgicos do que deixei escrito na página do PSMG irritam-me. Revelam no entanto a tua relação com o contraditório que tanto dizes respeitar. Não passas de um breve engano, de uma hipócrita de meia tigela. Não prestas nem como pessoa, nem como profissional, nem como política, porque até o cinismo tem limites. E tu, ultrapassaste todos eles. Estás bem para todos aqueles que combateste. Tudo a mesma choldra. Afinal sempre se mereceram todos uns aos outros. Bem vistas as coisas quem, por interesses próprios se subjugou ao Nélson (e foram muitos) nunca prestaram para nada. O que, como sabes, nunca foi o meu caso!
Au au!
Miguel Torga, "A criação do
Mundo"
Coimbra, 30 de Março 1955
Nem tudo é lei da vida ou lei da
morte.
Há limbos onde o homem desconhece
Esse dilema hostil.
É quando ama, ou sonha, ou faz
poemas,
E a própria natureza o não domina.
Então, livre e perfeito,
Paira no tempo como o pó suspenso.
Nem do céu, nem da terra, nem
sujeito
Ao pesadelo de nenhum consenso.
Diário VII
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