Foi um 31. De Maio!
Não gosto de chico espertos. Não consigo sentir qualquer
simpatia ou até mesmo comiseração por nenhum deles.
A dignidade, a integridade e a solidariedade, para mim virão
sempre primeiro que a inteligência. Mas confesso, as pessoas inteligentes e ‘muito
inteligentes’ fascinam-me. Sempre me fascinaram.
Conhecer e ser amigo de pessoas que depois dos valores
primeiros, revelam capacidade de análise e resolução de problemas é um desafio
que a vida, aqui e ali, nos proporciona. Sobretudo quando se tratam de pessoas
muito mais inteligentes que nós próprios.
Digo isto sem pedantismos de qualquer espécie.
Vem isto a propósito do tema da semana: TUMG versus Deloitte.
Fui o primeiro e talvez o único socialista a manifestar com lucidez, o que penso, em termos políticos se deveria passar daqui
para a frente. Não acrescento uma palavra. Assim como também não retiro
qualquer delas.
Achei alguma piada ao facto de alguns socialistas ‘encartados’,
com os quais não mantenho qualquer relação pessoal, se terem aproveitado do meu
texto para o fazer circular nas redes internas do Partido. Achei graça à
manifesta falta de carácter dessa gente, que qual cata vento político tão
depressa justificam os textos que escrevo e que não lhe agradam, como sendo
produtos de um louco a quem não se deve dar qualquer importância, como, quando
o que escrevo os serve, assim aproveitam para fazer barulho interno e ganhar a
razão e o apoio dos outros.
Tudo isto vem a propósito da outra face desta moeda. Ou seja,
a posição chico esperta do executivo com pelouros.
Atentemos a todas as mentiras proferidas pelo Presidente
Ferreira, de todas, e muitas foram as questões dos Vereadores da oposição
acerca da interminável análise da Deloitte, que nunca mais conhecia a
luz do dia.
Sempre que confrontado com a falta do Relatório, o Sr.
Ferreira mentiu. E continuou a mentir. Descaradamente.
Qualquer pessoa minimamente inteligente, o que parece nem ser
o caso, saberia, que todos os relatórios têm sempre duas coisinhas. A saber: a ‘assinatura’
ou ‘assinaturas’ de quem o produziu, bem como a data.
Estavam, os chicos espertos de araque à espera do momento
certo, quais caçadores escondidos atrás das moitas.
É sabido, que para muita gente, em política vale tudo. E,
neste particular aspeto, os histéricos apoiantes nas redes sociais deste
curioso movimento, assim como os detentores do poder executivo, já nos
habituaram ao uso e abuso do ‘vale tudo’ até tirar olhos, acrescento eu com
bonomia.
As últimas três semanas não foram particularmente felizes
para o Presidente Ferreira e para os restantes vereadores com pelouros. Quer
tivesse sido em reuniões de Câmara, na última Assembleia Municipal, nos cada
vez mais abundantes comentários de marinhenses anónimos nas redes sociais,
mormente na página do município.
Então, lá deve ter aparecido uma ‘alma inteligente’ que num
assomo criativo decide: “é agora. Chegou a altura de decapitar a líder do PS
com aquela coisa da TUMG”.
E, desta forma absolutamente brilhante, apresentam em meados
de Outubro um relatório que se encontra na Câmara desde Maio.
Ora aí está!
Não milito no Partido Socialista, há já algum tempo e
sinto-me muito confortável com isso. Mas, e “há sempre um mas no caminho”, devo
dizer ao Presidente Ferreira que o tiro lhe vai sair totalmente pela culatra.
Podia até sublinhar que a passada segunda-feira, o MpM
entregou a desejada maioria absoluta ao PS, nas próximas eleições.
Contrariamente ao Movimento de Cidadãos independentes, que
vive da imagem e do seu patusco líder, os partidos políticos democráticos vivem
dos seus ideais, dos seus militantes e ainda, como é óbvio, de todos os ‘simpatizantes’
que nele votam. E, naturalmente, possui Estatutos, Regulamentos Internos e,
pasme-se, têm Órgãos Colegiais, que decidem em democracia e em conjunto. Caso
contrário, não seriam democráticos.
O MpM, não decapitou ninguém. Limitou-se a fazer mais uma
figureta de circo, apresentando o relatório quando, aparentemente lhe dava mais
jeito.
Tens ainda muito que aprender Lélito. Mas só o conseguirias
fazer, caso fosses um democrata, coisa que manifestamente não és, nem nunca
virás a ser.
Devias ter esperado mais tempo. Assim, esqueceste-te que estás a UM ANO de seres posto a andar pelo voto popular e democrático da esmagadora maioria dos marinhenses.
31 de Maio. Data histórica para a Marinha Grande do Futuro.
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