Maria.

 


Quis a Vida, a Maria José e o Rui Alberto que tivéssemos sido compadres.

A Helena Sofia tinha acabado de nascer.

Numa noite de fogueira em casa do sr. Henrique, aparecem os pais da menina, assim, sem mais nem menos. E sem mais delongas pergunta-me o Rui: queres segurar a vela no batizado da minha filha?

Fiquei mais tarde a saber que a minha comadre seria a Maria.

Quando em adulto me batizei, tive diversas surpresas. Boas e ‘confortáveis’ todas elas. A primeira foi ter ‘aparecido’ do nada uma toalha bordada que a Maria tinha guardado para alguém que nem toalha tivesse trazido. Foi o meu caso.

A segunda foi um cântico sublime de tão simples que a Maria e o Sebastião prepararam para o momento em que a água Santa caia sobre a minha cabeça.

A nossa afilhada, Helena Sofia casou-se há muito pouco tempo.

Ajudei a Maria a estar presente. Assisti com felicidade a toda a sua capacidade em assinar e com isso testemunhar o casamento da nossa afilhada.

Depois disso, a sua saúde foi sempre a decrescer. Só parecia que tinha estado bem para o casamento da nossa menina.

Partiu hoje.

Fica um vazio enorme em muita gente.

Por vezes, aparecem pessoas na nossa vida, cuja ausência nos torna tristes. E, neste caso, falo de pessoas simples, verdadeiras, comprometidas e acima de tudo, exemplares.

Fica em Paz, Maria.

E, espera por nós, porque, de certo nos voltaremos a ver!  


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