Isto não é de hoje!
Não
irei gastar uma letra com o presidente da Câmara, muito menos com os chamados
vereadores “do” Partido Socialista. Muito menos com o “venerável” presidente da
Assembleia Municipal da Marinha Grande.
Há,
no entanto, dois homens que irão deter a minha atenção durante algumas linhas.
O
primeiro, aquela espécie de “democrata”, senhor Carlos Wilson. Nunca ouviu
falar em poder executivo, deliberativo e judicial. É normal, para quem passou a
vida a tentar ganhar dinheiro e nunca perdeu um segundo de si próprio a pensar
nos outros, nos regimes mais ou menos injustos, mais ou menos coercivos, mais
ou menos musculados. Resumindo, não sabe o significado nem da democracia e
muito menos da liberdade.
Nunca
tive particular simpatia por novos ricos. Não sei porquê, mas independentemente
do mérito de cada um, nem sempre revelam a mínima humildade perante os outros.
O senhor Wilson, que “acordou” para a política já bastante tarde representa,
tal como o seu presidente de Câmara, o pior dos exemplos. Fútil, totalmente
inculto, grosseiro, pedante e profundamente desconhecedor das mais elementares
regras da democracia! O dinheiro nunca comprou tudo. Seguem-se as inevitáveis
ameaças, que quando dirigidas a homens e mulheres corajosas de nada servem.
Segue-se depois o desespero, de quem no fundo sabe que o tempo lhes será
totalmente desfavorável.
O
parlamento do Concelho não aprovou o orçamento para 2023.
Não
me deterei acerca nem das justificações para tal ter acontecido, porque
demasiado óbvias, todas elas. Não perderei um segundo que seja a explicar o que
foi por demasia explicado acerca das consequências práticas desta reprovação.
Não irei contar todas e foram muitas as mentiras e ameaças usadas ao longo do
processo de elaboração, votação em sede de executivo e agora em sede de órgão
deliberativo e fiscalizador.
Uns
melhores que outros estão fartos de saber todos os meandros envolvidos com a
elaboração deste ridículo e absolutamente inócuo e com total falta de ambição -
orçamento camarário para 2023.
O
presidente da minha Junta de Freguesia Álvaro Cardoso que como membro da
Assembleia Municipal por direito das funções que exerce e para as quais foi
mandatado democraticamente, por uma esmagadora maioria absoluta de vieirenses,
encontrou-se ontem com o politicamente inculto Sr. Wilson.
Não
foi bonito e muito menos edificante assistir ao degradante espetáculo
protagonizado pelo industrial, que tanto na política como na sua vida
profissional mais não é que um novo rico, com poucos ou nenhuns valores. No
caso da política poderia afinar a definição para novo pobre, porque de uma
colossal pobreza se revestiram todos os seus argumentos na discussão de tão
maravilhoso documento previsional para 2023.
Como
de política e de democracia nada entende, vou tentar explicar ao senhor numa
linguagem primária que entenderá certamente, uma vez que deve ser mesmo a única
forma de comunicação que domina.
Considerando
a Câmara Municipal da Marinha Grande, uma empresa com o capital social de 24
ações, o CEO apresenta uma proposta de orçamento para o ano seguinte após
aprovação pelo board.
Quando
se reúne a Assembleia Geral de acionistas dessa empresa, os documentos
previsionais foram reprovados, tendo apenas conseguido 48% de aprovação de
alguns acionistas.
Qual
é o drama?
Agora
ter de ouvir todas as ameaças boçais, injustas, descontextualizadas e
profundamente inadmissíveis dirigidas a um dos homens mais íntegros, honestos,
que democraticamente foi eleito por maioria absoluta dos vieirenses, pergunto:
Quem
é o senhor Carlos Wilson, para tecer os comentários que teceu? Quem é o senhor?
Representa quantas pessoas? A esmagadora maioria não representa certamente.
Quando
esteve a dirigir todos os impropérios ao Senhor Álvaro Cardoso, não foi apenas
a ele que os dirigiu, foi a toda uma terra que maciçamente nele votou.
Como
se atreve a sugerir que o presidente da minha Junta de Freguesia condicionou
todos os projetos para a minha terra?
Quem
lhe deu autorização para isso?
Quem
lhe deu autorização para ter mencionado, por exemplo os nomes do Dr. Alberto
Cascalho, Álvaro Pereira, Cidália Ferreira? Todos estes nomes tiveram as suas
concelhias como suporte político. E, infelizmente no que concerne ao Dr. Álvaro
Pereira, todos os marinhenses sabem o que motivou a sua substituição. Mas
parece que o senhor nem isso respeita!
Respeitar
a memória é um ato de humildade.
Aconselho-lhe
vivamente a que, ao menos, respeite a memória da sua própria história pessoal e
profissional, não vá alguém ter de lhe recordar certas passagens extremamente
edificantes onde se viu envolvido.
Agora,
faltas de respeito a toda a freguesia da Vieira com ameaças veladas, vindas de
um homem sem qualquer cultura cívica, associativa, partidária, democrática. Um
homem que viveu o fascismo sem nunca ter dado nas vistas como “tendo opinião”,
tenha paciência e nunca mais volte a tentar desrespeitar um dos homens mais
nobres e de coração limpo que conheço, para além de em simultâneo desrespeitar
uma terra inteira que nele votou esmagadoramente.
Transcrevo
a seguir parte da sua brilhante intervenção.
“Por isso e agora enfim na parte final da minha intervenção e na declaração
de voto que vou considerar neste texto, dirijo-me ao senhor Presidente da Junta
de Freguesia da Vieira que, … a partir de hoje talvez seja melhor não vir aqui
à Assembleia Municipal ou até junto da Câmara Municipal perguntar pelas obras
do Centro Interpretativo da Arte Xávega, cultura Avieira, a requalificação dos
coletores das pluviais da rua primeiro de dezembro, o auditório António Campos,
as obras do pavilhão Albino dos Reis Paulo, o mercado da Praia da Vieira, o
projeto do Centro Escolar de Vieira de Leiria, a construção do Centro de Saúde
de Vieira de Leiria, as obras realizadas no Centro da Passagem, a
requalificação da Escola Secundária José Loureiro Botas, o Projeto de Expansão
da Zona Industrial de Vieira de Leiria, o projeto do saneamento do casal
d´Anja, estudos e projetos para a rua 25 de abril, enfim, o seu voto foi muito
expressivo daquilo que o move.
Ainda não acabei!
Eu acho que o senhor presidente da Junta de Freguesia de Vieira de Leiria
acho que devia fazer um favor a si mesmo, depois desta reunião e talvez até
misturado no meio de uma imperialzita pelo meio, faz sempre jeito, acho que
devia explicar aos vieirenses que votou contra o orçamento e que por si os irá
impedir de disputar estas importantes infraestruturas. Tudo isto meus amigos é
pôr em causa o interesse da população deste concelho. Não haja ilusões!
Não foi para isto que as pessoas nos elegeram. Devemos respeitar a
democracia e quem o povo elegeu para governar a Câmara durante quatro anos”.
Carlos Wilson, Assembleia Municipal 28 de dezembro de 2022
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