Como é possível?

 


Nunca a mentira na política local se vulgarizou desta maneira.

Nunca, como agora, tivemos uma gestão municipal tão medíocre. Mas, como se esta triste realidade não nos bastasse, temos ainda o dever de referenciar a falta absoluta de escrúpulos, de bondade argumentativa de quem não sabe como se faz e por isso mesmo deveria ter a humildade dessa evidencia reconhecer.

De ausência de competência e de amor pela verdade na qualificação de equipas contratadas a peso de ouro que passaram a onerar a mais os cofres do município em 1 milhão de euros/ano. 

De desistências e fugas constantes de quadros superiores para outros municípios como se fossem casos normais. Não, não são normais! 

Como justificam os atuais detentores do poder municipal que apenas uma divisão, por exemplo (Obras particulares), já tenha conhecido 4 chefes em 3 anos? Sendo que todos saíram por vontade própria? Será que este durará até ao próximo Natal? No lo creo!

Como justifica o Município da Marinha Grande ter apresentado resultados líquidos negativos em dois anos consecutivos, sendo de realçar que, por exemplo, o ano de 2022 apresentou contas falseadas? Com resultados líquidos positivos artificiais, tendo sido desmentidos publicamente por uma auditora independente. Tudo normal com esta gente. Coisa pouca também para a oposição de serviço. 

Como se justifica que uma empresa municipal de excelência evidencie prejuízos residuais, com justificações ridículas provisionando verbas absurdas para suprir a inqualificável e injustificada auditoria financeira (cujas conclusões já são do conhecimento do executivo permanente) que teima em não as apresentar publicamente? 

Como se justifica que tenha sido despedida (sem mais nem porquê – como dizem os brasileiros -) uma administradora que apenas por ser presidente da CPC do Partido Socialista, apesar de ter alavancado o transporte urbano em mais de 714% dos transportes/ano, nem tenha visto reconhecidos os seus mais elementares direitos, conferidos a qualquer trabalhador e nem lhe tenha sido apresentada uma cabal justificação para a sua exoneração de funções? 

Como se justifica que este executivo consiga conviver com a realidade de atualmente se encontrarem 500 famílias marinhenses em lista de espera para aceder a habitação social, quando existem 70 apartamentos municipais disponíveis a necessitar de pequenas reparações, sem que o presidente Aurélio considere prioritário gastar 140.000 euros em pequenas reparações de canos e eletricidade e tornar disponíveis 7 dezenas de casas a rendas acessíveis para aqueles que não vivem dentro das condições mínimas de dignidade no nosso concelho?

Como se justifica que as contratações de grupos musicais para festas e festarolas onere o município marinhense a preços superiores aos verificados (com os mesmos grupos) em valores superiores em 20, 30, 40, 50 % aos pagos por todos os municípios do país? É esta a excelência da ‘gestão privada’? Pagar muito mais que os outros municípios? Pelos mesmos artistas?

Como se justifica que a junta de freguesia da Vieira tenha contratado pagar a expensas próprias o arranjo de 3 ruas e o executivo municipal a ter impedido de assim proceder, justificando essa sua opção com a falta de competência jurídica para se proceder a tais arranjos, quando nos últimos 15 anos foram reparadas 78 arruamentos na Vieira a expensas da Junta?

Como se justifica não existirem contratos interadministrativos com as 3 juntas do município, quando por exemplo as 17 juntas de freguesia do concelho de Leiria disporem dessa ‘ferramenta legal’ para assim facilitar e tornar mais célere a gestão e resolução dos problemas que afetam diária e diretamente as populações que servem?

Como é possível que uma praia não esteja limpa em Maio e os passadiços reparados antes do início da época balnear?

Como é possível que não exista um projeto de desenvolvimento escrito, concebido, pensado, conhecido e discutido que preveja investimentos públicos a 5, 10, 15 anos?

Como é possível que não exista um mercado municipal na freguesia da Marinha Grande, quando finalmente os marinhenses parecem ter concordado com a sua localização há mais de 4 anos?

Como é possível que o mercado municipal da praia da Vieira se encontre a cair de podre sem que os seus comerciantes/utilizadores se revoltem?

Como é possível que se tenham desperdiçado quase 2.000.000 de euros de financiamento a fundo perdido para a construção de um terminal rodoviário na cidade da Marinha Grande?

Como é possível que a piscina municipal que também parece ter finalmente (há 4 anos) a sua localização consensualizada, ainda não ter arrancado?

Como é possível que ninguém saiba o que se pretende fazer com todo o espaço da antiga FEIS? Património esse negociado pelo presidente Paulo Vicente, mas cujo adiamento na assinatura da escritura foi proposto e conseguido pelo atual presidente Aurélio e vice presidente Ana Monteiro enquanto vereadores na oposição? Porque será que ninguém diz estas coisas?

Como é possível fazerem-se ajustes diretos de mais de um milhão de euros para as AAF’s/CAF's quando se sabia que não existiam competências para tal ridículo e ilegal procedimento? Chumbado posteriormente pelo Tribunal de Contas! 

Como é possível apresentar um projeto de residência universitária no espaço da Albergaria Nobre, sem antes se ter acautelado a instalação de um polo do IPL (como estava previsto) na freguesia da Marinha Grande?

Como é possível que os conteúdos culturais apresentados para as épocas balneares das praias do concelho não sejam atempadamente conhecidos nem evidenciem qualquer elevação na habitual fasquia da mediocridade e pimbalhada do costume?

Como é possível que a Área de Reabilitação Urbana da Vieira ainda não tenha sido criada, aprovada e implementada simplesmente por falta de vontade política e ausência de equipa necessária e suficiente para essa tarefa ter apresentado, conforme prometido? Repito, ... conforme prometido!

Como é possível não estarem construídos (ou em construção), pelo menos, dois Centros Escolares no concelho? Apesar dos projetos se encontrarem concluídos há anos? 

Como é possível as associações do Concelho serem encaradas como meros subservientes municipais, espécie de ‘pedintes’, só 'porque' se substituem com as suas atividades a diversas obrigações culturais, desportivas, recreativas e assistenciais ao próprio município?

Quanto custaria ao executivo, por exemplo, um ou dois corpos de bombeiros sapadores? Um milhão de euros? Dois milhões? Por ano? Comparem com as ‘esmolas’ que são entregues a ambas as corporações de voluntários. E sempre com o foguetório do 'bodo aos pobres' como aconteceu com a última ambulância oferecida aos BV da Vieira que até obrigou a uma reunião extraordinária do executivo para estar tudo pronto e aprovado antes do dia do aniversário dos BVVL? Repito: "Bodo aos Pobres". E, ninguém diz ou escreve estas coisas. Deve parecer mal ou de mal agradecidos com quase toda a certeza. A começar por certas Direções Associativas que preferem vergar a cerviz. De cada vez que a CMMG ajuda os seus Bombeiros Voluntários ninguém se deveria sentir agradecido, porque a justiça nunca se agradece, por elementar, por tardia (tantas vezes) e por certa, absoluta e indiscutível. Há por aí muita gente nas diferentes direções que prefere pedir curvando o pescoço a mostrar a razão ou razões que lhe(s) assiste(m). É com esse tipo de gentalha que este executivo conta. Com os cobardes, os falhados, os pedintes. Numa palavra, os merdas. 

Como é possível que tudo isto aconteça num dos concelhos mais modernos e evoluídos do país?

Como é possível que tudo isto esteja nas mãos de uma pretensiosa elite, acompanhada por partidos políticos com fraquíssimas prestações na oposição?

Como é possível que ambos os vereadores eleitos nas listas do PS ainda por lá estejam a fingir que foi neles próprios que o povo socialista votou e ainda haja quem os defenda dentro desse partido, quando o renegaram durante dois anos, sem critica, sem qualquer assertividade, sem nenhuma acutilância nem manifesta inteligência? Recebendo agradavelmente os vencimentos e prebendas devidos ao cargo, na penumbra e no silêncio dos cumplices. Dos trastes, dos fracos e dos falsos? 

Após o 'divórcio' com o partido que lhes permitiu a eleição nunca mais concederam, por exemplo, a elementar informação das 'agendas' e documentos das reuniões de câmara. Nem isso foram capazes de facultar ao partido político que os elegeu? 

E pensar que ainda há quem os defenda dentro desse partido!!!! Curiosa gente que tudo lhes chamou um dia!

Curiosa vida esta, repleta de ódios breves e ridículos. Curiosa gente que perdendo, ganhou, porque pensam poder obstaculizar, dificultar, ladrar, E ladrar em abundância e em ruído ensurdecedor.

Coitadinho do meu Kadhafy. Esse sim um cão verdadeiro que só ladra aos gatos e mesmo assim não é a todos, porque já está velho e por isso mesmo mais sábio. Como todos os velhos deveriam saber, a indignação só vale a pena quando justificada. Há outros que não são cães, como o meu Kadhafyzinho, que ainda não entenderam essa elementar verdade e envenenam os cahorrinhos vira latas desta e doutras vidas que ou por isto ou por aquilo destilam barulho, ódio, nervo e merda.

Como é possível que o PCP não tenha ainda entendido que tem de se abrir e conversar para que a construção do nosso futuro coletivo ganhe forma, conteúdo e se comece a materializar?

Como é possível que um narcisista medíocre tenha tomado conta disto tudo?

Como é possível tudo isto Marinha Grande?

Pois. Não sei!

Mas é!

É possível.

E tanto haveria mais a dizer.

Não me venham com os 20 anos do PS ou os 47 anos do PS e do PCP.

Vocês deveriam ser diferentes, porque tudo convosco seria diferente. Tinham razão. Tudo, de facto, convosco foi completamente diferente.

Para pior. 

O pior do pior jamais visto neste concelho. 

Considerando mesmo todos os anos antes do 25 de Abril.



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