GPTâncio e seus Heterónimos.
O PS da Armada tem um grupo de WA muito para lá do fascinante.
Muitos militantes por lá cuscam, por lá escrevem e por lá sonham.
Todos unidos em torno de uma estratégia vencedora e forte.
GPTâncio sempre atento às novas formas de comunicação e
depois de urdida a estratégia, bordada a filigrana, de tão maquiavélica, e por
isso incompreensível aos olhos da manada, resolve, num assomo, criar diversos
heterónimos. Cada um com a sua idade, nome, personalidade e, claro, distinta
forma de pensamento.
Para isso pede autorização dos direitos autorais para
escrever com diversos nomes diferentes.
Os visados ficaram inchadíssimos de tanto orgulho.
O Grande Líder necessitava das suas licenças autorais, para, imagine-se,
escrever diversos textos utilizando as suas assinaturas.
Nem Goebbels, o grande propagandista Nazi, em toda a sua
glória conseguiu tamanha proeza.
E assim começam a surgir escritos de diversas personagens
deste grupo de comunicação partidário.
A estratégia era simples. Primeiro foi a ressurreição da
Maria da Fonte, convencendo a própria e os seus seguidores imediatos, de que
era possível a sua reeleição.
Aquilo é que eram links de apelo á memória do legado,
construído, desenhado e vaticinado para o desenvolvimento da Armada, que ‘Lélito,
o Pateiro’ e ‘Anita na Vereação’ reclamavam para si próprios, quando afinal se
limitavam a fazer tudo o que o anterior executivo tinha deixado pensado, esgalhado
e adjudicado.
Maria da Fonte rejubilou, lá em casa com ‘Isaura Vindo’ entre
algumas lágrimas: “afinal não se esqueceram de mim! Prepara-te, irei regressar
aos palcos.”
‘Isaura Vindo’, não sabia que tinha estes anos todos vivido
com uma atriz e, mais uma vez, não compreendeu nada. Voltou-se para o outro
lado sem uma palavra proferir e continuou a dormir o sono dos justos.
A segunda parte desta peça de teatro era escolher um a um
todo o elenco. E, eis que surgem novos e brilhantes atores para desempenhar
cada um a sua personagem.
Os ensaios começaram.
O primeiro a entrar em cena era o ‘São Rafael Arcanjo’,
personagem criada pela Maria da Fonte e fazia para uma plateia enorme um
discurso motivador, positivo, criativo e, claro original. Sugere que se
recupere o Legado do executivo anterior para dessa forma assertiva, como se diz
agora muito, se recuperar a dinâmica perdida e esbardalhar ‘Lélito, o Pateiro’,
que na opinião do Arcanjo mais não era que um usurpador das ideias e projetos
deixados prontos.
A plateia reunida deveria aplaudir, mas só se conseguiram
ouvir dois ou três gajos a bater umas tímidas palmas.
A loura ‘Emplastrina’, como sempre queria saber para que lado
cair, mas tão baralhada estava que decidiu, como sempre, só tomar partido no
último segundo. Com sorte ainda pertenceria a duas facções em simultâneo como
fez nas distritais, quando concorreu em duas listas. Uma espécie de joker do Euromilhões.
Aquilo é que era um surgir de novos atores a opinar com
convicção. O ‘Toscania’ com um motor de dois kms já queria fazer um resultado
dos zero aos cem em 3 segundos e meio. O ex-jornalista e agora vendedor de
casas, ‘Macário Fui um Calhau’, também já dava as suas achegas e propostas
vencedoras. Como se diz na praia da Rivieira: “já o carapau tem tosse”.
Mas pronto, havia que recrutar novos talentos para o PS da
Armada se tornar novamente num partido vencedor.
GPTâncio ora entrava em cena ou saía, dizendo umas
banalidades que agradavam a todos, como qualquer banalidade.
E, eis que surge ‘Cacaranha’ com o seu discurso do costume
que acaba sempre com “Juntos somos mais fortes. Unidos Venceremos e Saúde e
Sorte”. Mas como o papel desse ator tinha sido escrito por GPTâncio, desta vez
conseguiu dizer mais do que as habituais 4 frases tendo lido um texto com 24
frases e meia.
A peça estava a ficar meia morna, meia insípida e GPTâncio
resolve recorrer a outro heterónimo. E aparece em cena ‘Vítor Espadinha’,
também conhecido pelo ‘Vitinho Gomes & Gomes, Lda’.
Que era cada palavra cada erro, sem saber pontuar uma frase e
sempre a rebentar com a Nossa Senhora de Fátima. Um ódio de estimação. Grande
texto escreveu GPTâncio com a assinatura deste intérprete do Festival da Canção.
Depois de trucidar Nossa Senhora, com uma linguagem rebuscada, nada própria
dele, sai de cena.
A bomba tinha rebentado!
Tinha de se chamar os Bombeiros e, contra tudo o que era
esperado, já o presidente da Direção dos BV da Armada tinha ido a correr tocar
a sirene, surge GPTâncio – O Magnânimo. Entra em cena com um extintor e apaga o
fogo que ele próprio tinha começado com os escritos que tinha feito para o ‘Vitinho Gomes &Gomes, Lda’.
Criou-se um clima de tensão brutal, tudo tendo acalmado com a
espuma do extintor. ‘Emplastrina’ ficou ainda mais baralhada, porque já se
perfilava para desapoiar Nossa Senhora de Fátima.
Há um gajo na Rivieira que tem um blog e diz mal de toda a
gente o ‘Fui Amónio’. Desfiliou-se do partido para grande alívio de alguns, mas
continuava a seguir as coisas e tal. E, por vezes dava cada peido com os seus
escritos, que pelos vistos incomodavam ‘Lélito o Pateiro’ e ‘O careca dos dedos
grossos’, que até já lhe tinha chamado bêbado na Assembleia Municipal e tudo.
Mas a merda do blog era lida por muitos armadenses e Rivieirenses. Por isso
GPTâncio, quando se sentia insultado na sua honra e glória, fazia tratados
psiquiátricos a dizer que o ‘Fui Amónio’ lhe fazia assassinatos de carácter.
Havia pessoal que mandava essas cópias ao ‘Fui’ para lhe saltar a tampa e isso.
‘Fui Amónio’ leu o último relatório médico e só disse assim para o seu
Kadhafizinho, que como todos sabem é o patriarca dos cães dele: “Olha lá
Kadhafizinho, como é que se assassina uma coisa que já está morta?”.
Kadhafi, cão inteligentíssimo, parou, pensou, deu três passos
encostou-se a um vaso na varanda e, simplesmente, mijou contra ele. Estava dada
a resposta.
A Maria da Fonte deu á costa, a que tinha um coração imenso, mas não passa de um lacrau que só espalhou veneno á sua volta.
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