Dª. Elvira

 


Há muitos, muitos anos, o louco do meu avô António permitia que o meu pai, com apenas 11 anos, tirasse o seu carro da garagem ou, inacreditavelmente, fazer certas viagens pequenas, tipo até Carvide, Monte Real ou mesmo à Marinha Grande. Com 11 anos. O meu pai tinha de conduzir de pé para chegar aos pedais. O meu avô, como todos os que o conheceram bem sempre confirmaram que foi dele que herdei toda a loucura que sempre tenho manifestado sem qualquer cerimónia, permitia todos esses exageros de educação totalmente irresponsável, apesar dos tempos terem sido completamente diferentes destes que vivemos atualmente. Um puto de 11 anos, em pé, a conduzir um automóvel !!!! Ia o puto, ia o carro ia o pai do puto para a prisão nem que fosse "prestar declarações". Naqueles tempos, apesar de tudo, estas absolutas irresponsabilidades tinham outro desfecho. Que eram desfecho nenhum.

O meu velhote foi o primeiro motorista dos Bombeiros da Vieira quando já era adulto evidentemente. 

O grupo de amigos do meu pai era grande. Compraram à "sociedade", como se dizia naquele tempo, um automóvel igualzinho a este. Um Dª. Elvira para quando tinham "necessidade" de se deslocar a Lisboa para comer bifes do lombo na Portugália antes de entrarem no Estádio do SLB para ver um jogo.

Muito se devem ter divertido todos esses "sócios". Nessa altura com 19, 20, 21 anos cada um. O condutor foi sempre o meu pai. 

Agora, no nosso Concelho vamo-nos deparando com outras Dªs Elviras.

Não são automóveis de coleção. Nada disso!

A "líder" do Movimento + Concelho, doutora Elvira Ferreira de seu nome (muitos Ferreiras existem na Marinha Grande), como tem sido recorrente há algum tempo, não se importa de escrever para o mais asqueroso pasquim alguma vez existente no nosso Concelho. E opina. E, opina com acutilância, propriedade, assertividade e inteligência. Só não se entende quem representa. 

Quando o inefável Nélson Araújo ainda pontificava nas lides concelhias, foi, por diversas vezes, como era seu timbre, malcriado e injusto, proferindo opiniões totalmente inaceitáveis acerca da doutora Elvira. Mesmo sem a conhecer pessoalmente, fui dos poucos que a defenderam. Incondicionalmente. E voltaria a fazer tudo igual.

Respeito imenso esta senhora. Comprometida com a sua terra. Inteligente nas suas análises com pertinentes observações acerca de todos os temas que foi abordando.

Mulher inteira. De esquerda, quando não era fácil ser-se de esquerda.

Aprecio e respeito imenso a doutora Elvira.

Contudo, ultimamente tem escrito e assumido em consequência, alguns "pontos de vista" absolutamente "estranhos" de cada vez, como foi o caso no seu último texto no pasquim municipal.

Não me quero alongar, mas pergunto: o Vereador Brito eleito pelo + C, que a doutora Elvira diz representar não faz parte do executivo permanente?

Porque é que ainda não foi capaz de propor a entrega de pelouros por parte desse "infeliz" e totalmente incompetente Vereador?

É estranho, não vos parece?

Diz-se uma coisa no pasquim e promove-se outra na vida de todos os dias.

A política não é para este tipo de tomadas de posição ou posições totalmente anacrónicas.

Peço desculpa, doutora Elvira, mas não entendo!

Aliás, cumpre perguntar, "alguém entende?"

Pois.

Não me parece.

Quando não temos nada a acrescentar, devemos sempre fazer por ficar calados. O silêncio, por vezes é a melhor e mais inteligente forma de dizer certas coisas.

Ou, neste caso específico, nenhumas.

Simplesmente porque sobre o Eng Brito, não há rigorosamente nada a dizer, tal como o ainda "putativo" movimento de todas as esquerdas tresmalhadas, onde pontificaram o inefável Constâncio (pronto, lá vai ele fazer o meu diagnóstico psiquiátrico sem ter a coragem de apor o meu nome aos seus doutos pareceres), e o Engº Logrado "tratador de cemitérios". É toda essa gente que a doutora Elvira parece gostar de representar.

Que pena, quando se desperdiça talento com gente imbecil. 

Mas é o que temos tido.

Infelizmente!

 

  



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