Candidatos.
Infelizes os que ficam.
De quase tudo, ficam.
E, vão ficando,
com qualquer pretexto, que julgam suficiente.
Infelizes todos esses.
Auto apregoados com berço, educação, muitas chávenas de chá em
pequeninos.
Tudo isso justifica sempre uma opinião contrária, que se
reprime.
Porque se contrária for, sempre pode denotar falta da mais
elementar delicadeza, que sempre se impõe. A tudo. Como eles dizem.
A delicadeza de princípios e educação
até à razão parece impor-se.
Mas, para esses, a razão pouco importa.
Desde que não constranja quem vá detendo os efémeros e pequenos poderes de circunstância breve e por vezes imediata.
Com os anos, fui-me fartando desta fauna. Essencialmente
composta por gente inteligente, critica, descomprometida, mas acima de tudo,
desinteressante, porque a nada nem ninguém se expõem. Nem às poucas ou quase
nenhumas peregrinas ideias que dizem defender.
Cobardes, cínicos e interesseiros.
Toda essa gente assim é.
Para mal de todos nós.
Uns chegam longe.
Já outros, nem isso.
Esses, ficam-se pela inveja dos seus pares que atingiram
outras paragens, tendo utilizado os mesmos métodos, só que com mais eficácia.
Mas, mesmo assim,
com todas essas formas de banal cobardia, transformada pela
força das conveniências, em atestados de boa educação, no fundo, mais não são
que manifestas formas de ambição, sem nunca terem tido a mais elementar
decência de saber afrontar quem nos despreza, quem nos oprime, quem se diverte
com a nossa “pouca sorte”. E, lá passam sem gerar qualquer conflito com quem se
encontra e sempre encontrou acima deles próprios. Isto acontece porque para esse tipo
de pseudo líderes, o confronto de ideias, de posturas e de diversas formas de
pensamento são apenas vulgares opções de guerras estéreis onde só se pode perder. E, por isso sempre se evitam.
Com o tempo, essa ridícula e triste forma de se saber estar
no conforto dos sossegados e dos “mansos”, parece aos olhos dos próprios grandes
e justificadas formas de ambição a outras lideranças, a outros domínios e a
outras paragens. Sempre na senda do sossego institucional, onde abunda a
hipocrisia e se navega em águas calmas. Sem vento, sem propósito, sem horizonte
e sem nada.
O “poder” pelo poder.
A vaidade, pela vaidade.
Apenas isso. Nada mais.
Estes, nunca deverão ser líderes de coisa nenhuma. Até porque
uma das condições primeiras de liderança é mesmo a liberdade. De ser, e de
estar contra ou a favor. Ou na tentativa do estabelecimento de acordos e
compromissos.
Quem não pratica, porque não sabe ou não quer este simples
modo de vida nunca poderá liderar qualquer projeto, por mais simples que seja.
Em tempos de desejos para o novo Ano, cumpre dizer que este
tipo de "postura", nunca servirá os interesses da Marinha Grande e dos
marinhenses.
A todos os que se encontram a querer perfilar-se para essa
incumbência nas eleições de 2025, só me resta dizer: “deixem-se estar” na paz das graçolas
inconsequentes e nos bastidores das Festas Populares, onde abunda a calma e a
tranquilidade. Sem conflitos, nem disputas breves por vinte cinco tostões de
razão, de vaidade e de poder.
O próximo presidente da nossa Câmara não deverá ser nunca um
homem sem coragem bastante para saber ter defendido o óbvio, porque o mais
justo e mais correto. Quando nem essas elementares obrigações se souberam
trazer como bandeiras, em anteriores funções, deve-se saber sempre tornar a casa e à paz dos
acomodados. Para não lhes chamar outra coisa.
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