Pedro Nuno Santos. O neto do sapateiro.

 


Ontem foi um dia engraçado. Lá isso foi. Soube-se o que já, há muito se sabia. O Dr. Pedro Nuno Santos foi eleito Secretário Geral do Partido Socialista.

Esse facto pouco importa. Desde a disputa Manuel Serra versus Mário Soares, o PS sempre votou naquele que lhe parecia mais bem preparado para enfrentar o seu adversário direto. Umas vezes o Partido Comunista outras, e tantas houve, o Partido Social Democrata.

Tivemos o Sócrates, bom tribuno e como todos os bons tribunos profundamente demagogo. Depois, longos 6 anos depois, tivemos António José Seguro em tempos que ninguém queria assumir as rédeas do PS. Logo depois traído, apesar de uma recente vitória nas eleições europeias. Já poucos se lembram disto. Mas após uma vitória, salta da Câmara de Lisboa um homem que tinha assinado a chamada ‘Carta de Coimbra’, onde se comprometeu a não avançar para a liderança do Partido antes das datas normais de eleição para Secretário Geral.

Das coisas mais importantes da vida, a nossa assinatura encontra-se nas primeiras obrigações que assumimos perante terceiros. Pelo menos foi assim que me ensinaram, como milhões de pais também o fizeram a todos seus filhos!

Pelos vistos não foi essa a educação que António Costa teve, desde, como ele abundantemente diz, que aprendeu na JS onde militou desde os seus 14 anos.

Fez parte dos governos Sócrates e …. Só parece que não fez, como todos os peritos em passar entre os pingos de todas as chuvas costumam habilmente fazer.

Traiu António José Seguro, legítimo líder do PS e acabadinho de ganhar umas eleições à direita PSD/CDS. Mas, … foi por ‘poucochinho’!

A seguir perdeu por ‘muitochinho’ as legislativas para a direita e coligou-se com a estrema esquerda apenas para provar o poder em todas as suas mais diversas manifestações.

Ganhou, tendo perdido.

Conquistada a maioria absoluta revela-se tal como sempre foi. Um pequeno déspota. intolerante e autista.

Caiu, sem honra nem glória, num manifesto ‘golpe de Estado’ em tudo semelhante a alguns outros anteriores. Promovidos por essa espécie de poder absolutamente isento e por isso, incontestável Ministério Público.

Pergunto:

Após os Magistrados do Ministério Público cometerem erros grosseiros e totalmente inconsequentes, tendo todas as televisões tido acesso a informações de buscas em casa de figuras públicas e não públicas, quando as mesmas nem indiciadas passam a ser, quem paga por esse tipo de difamações e julgamentos em praça pública que o Ministério Público manipula e oferece ao povo, sedento de culpas e culpados?

Pois. Neste país nunca há culpas nem culpados. Há vítimas de uma putativa desculpa que a tudo e a todos pode perseguir. Sem dó, piedade, culpa e castigo.

Voltando a Pedro Nuno Santos, o novo deus menor do Partido Socialista. E, depois de ter ouvido o seu discurso de estado após a sua inegável vitória, nada pergunto, apenas alerto, para onde irão não aquelas figuras menores que votaram no mais acutilante, eloquente e galvanizador. Esses são os puros de todas estas histórias.

Alerto apenas para onde irão o Francisco Assis, o João Paulo Pedrosa (sempre à boleia), O Chicharro com a sua concelhia numa espécie de votação albanesa e ainda e como é óbvio do garoto de Leiria que sem saber como é presidente de Câmara.

Deixem-se estar tranquilos, mas atentos que toda esta gente já tem para onde ir. Mas só e só se o grande líder vencer as legislativas, coisa que para quem recusa debates, não será assim tão linear.

Quem enjeita debates, não é democrata ou então limita-se a ser um vulgar cobarde, plenamente consciente das suas incapacidades.

Estas eleições vão ser, de facto muito divertidas.

Por vezes não basta estar do lado dos vencedores.

Porque se tem sempre de ter o cuidado de estar do lado da razão.


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