António Fragoso.

 


Antes das eleições autárquicas houve uma reunião para a qual fui convidado. Entre tantos assuntos, veio à liça o nome proposto para Vereador da Vieira nas listas à Câmara.

Era o nome do atual Vereador, António Fragoso. Manifestei, tal como quase a maioria, a minha absoluta concordância com a escolha e lembro-me como se fosse hoje, os argumentos que invoquei. Encontrava-se finalmente disponível em termos profissionais. Era um homem de bem e acima de tudo tinha demonstrado sempre com o seu exemplo cívico a sua elevadíssima postura (pelo exemplo, e não com conversas de circunstância) o amor ao lugar onde nasceu, com uma participação na Associação do Casal de Anja, constante e meritória. Muito meritória.

Ainda me dei ao luxo nessa reunião, de dizer que tal como eu, ao Fragoso nunca caíram os parentes na lama, quando servia às mesas em almoços de Aniversário. Fez essa prestigiada Associação o seu caminho. Difícil caminho e o António Fragoso tal como o meu querido Rui, seu irmão, ajudaram sempre a trilhar.

Conhecidos os resultados eleitorais, fiz logo na segunda feira dois telefonemas, um para o presidente eleito, para lhe chamar a atenção do valor e capacidade de trabalho daquele Vereador. Pedi-lhe inclusivamente que lhe atribuísse o pelouro do licenciamento das obras particulares, porque estava certo que iria transformar aquela divisão numa espécie de “linha de montagem”. Depois telefonei para o Fragoso para lhe comunicar que o Engº Aurélio Ferreira o iria contactar.

Foram atribuídos pelouros da treta aos vereadores eleitos pelo PS.

Depois foi tudo o que sabemos.

E com quase tudo discordei, manifestando sempre a minha opinião (com a minha assinatura).

Fui extremamente violento em algumas críticas, mas importa dizer em abono da verdade, que se o tempo voltasse atrás as reescreveria a todas. Todas sem exceção.

Esta infeliz, cobarde e canalha frase aposta num murete de madeira repugna-me completamente.

Não é assim que se manifestam opiniões no sec. XXI.

Não sei quem o fez, mas 'cheira-me'.

De cobardes nunca rezará a história e o António Fragoso, com todos os seus erros, cumplicidades e omissões, não merecia isto.

Como ninguém o merece.

Mas a Marinha Grande cultiva o anonimato, a cobardia e o asco.

Não me revejo nestas atitudes.

Abraço Fragoso.


PS

Esta história fez-me recordar outra, igualmente infeliz.

Após o 25 de abril, existiu uma Comissão de Toponímia na Vieira. O nome do meu avô foi proposto pelos membros do Partido Comunista que pertenciam a essa Comissão.

A minha tia HB que era presidente de Junta propôs um nome que não foi aceite por motivos bastante mesquinhos e na altura da votação do nome do meu avô, absteve-se! Sim porque nessa altura os nomes eram votados um a um e não como da última vez em que foram votados em conjunto (tipo empreitada). É sempre mais fácil agradar a todos. Triste forma de ser.

Muitas foram as conversas, sempre em surdina, diga-se, que os descendentes da família do senhor, cujo nome foi proposto pela minha tia e que tinha sido rejeitado pelos membros do PC na altura, foram tidas. Até que um dos seus filhos, mandou uma execrável criatura borrar com tinta preta o nome do meu avô que constava na placa toponímia que ainda hoje dá nome a essa rua.

Só que por baixo o energúmeno que assim procedeu, resolve escrever o nome de um vizinho, neste caso de um filho do saudoso Zé d' Amor.

Cobarde forma de estar.

Nojenta e canalha maneira de ser. De quem mandou e de quem foi mandado.

Em minha casa, as minhas tias achavam que deveríamos limpar a placa. O meu pai não o consentiu, porque dizia ele: "quem o fez que o desfaça" ou então que o limpe a Junta de Freguesia.

Tal só aconteceu quando foi construída uma casa no local onde estava o muro que sustentava o nome do meu avô borrado a preto. Dezenas de anos depois.

É por isso, que este tipo de circunstâncias me revoltam.

Aliás, a cobardia, sempre nos revoltou cá em casa.

Neste assunto, não tenho qualquer dúvida acerca de quem foi ou foram os mandantes dos escritos no murete de madeira na estrada da praia, assim como também não tenho dúvidas da identidade do pintor.

Importa dizer que este tipo de comportamentos voltam sempre, como se de boomerangs se tratassem. E caiem em cima da cabeça de quem os atirou.

PS2:

Aquele pormenor do RA com um u pequenino em cima é de quem não tem qualquer imaginação. Esse e o ressurgir dos 3 pontos de exclamação no final da frase. Só para parecer que o autor é o mesmo das primeiras pinturas que pulularam pela MG.

O que dirá o inefável Carlos Wilson sobre esta atitude, como ele definiu, dos MRPP's (Movimento Revolucionário dos Pintores de Paredes)? Provavelmente dirá o mesmo que disse aquando da intervenção do Brito na penúltima AM quando estava sob o efeito de muitos, muitos metabissulfítos. Ou seja, não vai dizer nada! 

Porque não passa de uma figurinha menor do concelho, que por acaso tem meia dúzia de tostões no bolso e pensa que possui um "salvo conduto" para tomar conta disto tudo.

Como diria o Baptista-Bastos, onde estavas tu Wilson no 25 de abril?

Já o "pintor" é fraco. Deve continuar a pescar à linha e a servir cafés nas reuniões.


PS3:

Há 14 anos houve paredes na Vieira pintadas com frases 'desagradáveis' para autarcas desse tempo. No outro dia estavam tapadas com tinta. 

Espero que o mesmo aconteça com esta.

E sim, foi a JF que procedeu a essa 'limpeza'. Quando são escritos nomes de pessoas, não deve haver outra atitude.






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