'Os cinco magníficos' e as 3 ruas da Vieira!
A falta de vergonha, como tudo na vida, também tem os seus
limites.
Antes da Constituinte, tanto o ‘Conselho da Revolução’, como o ‘Grupo dos Nove’
bem assim como todos os democratas dos partidos políticos emergentes,
entenderam que deveria existir um partido político de direita e conservador,
porque toda a sociedade portuguesa deveria ter representação parlamentar. E,
evidentemente existiriam muitos portugueses que não se reviam na esquerda
dominante da maioria dos partidos políticos oficiais desse tempo.
É assim, quase por ‘imposição’ de toda a esquerda democrática que nasce o CDS,
fazendo parte integrante e fundamental da nova democracia portuguesa.
Sabemos que o grande ideólogo desse partido foi Adelino Amaro da Costa.
Católico, membro da Opus, inteligentíssimo e, naturalmente, democrata.
Os agora chamados fundadores da democracia portuguesa foram Mário Soares,
Álvaro Cunhal, Francisco Sá Carneiro e Diogo Freitas do Amaral.
Não seria possível construir uma democracia sem a existência de partidos
políticos.
Não é, de todo, a fórmula perfeita, mas em política a perfeição procura-se
constantemente. Não se atinge nunca. Procura-se, questiona-se, discute-se em
liberdade de consciência e em absoluto espírito democrático.
Na prática, a existência de partidos permite aos cidadãos reverem-se nas ideias
e compromissos que cada partido assume perante todos os cidadãos e respetivos
militantes.
Atualmente, surgiu a possibilidade de existirem grupos de cidadãos
independentes que se agrupam em torno de um líder ou de um projeto, sendo
possível a sua eleição e consequente governação, estritamente nos órgãos
autárquicos.
É nessa dimensão (local) apenas, porque a única que proporciona aos eleitores
conhecer melhor os seus representantes, discutir e votar as suas propostas e
projetos.
É um fenómeno recente.
Ainda bem que assim é.
O nosso concelho até já conheceu dois movimentos distintos. Um, marcadamente de
direita (MpM), sendo que o outro (+Concelho) representou toda a esquerda
tresmalhada composta por diversas personagens que se tinham deixado de rever no
Partido Socialista e no Partido Comunista.
Nas últimas eleições autárquicas assistimos ao impensável, porque totalmente
ilógico, a fusão da direita neoliberal, com as diversas esquerdas anteriormente
lideradas por um engenheiro provocador, que abandonou o movimento para se
dedicar à gestão privada de cemitérios.
Adiante.
Esta nova “forma” democrática de gerir os destinos de uma autarquia por
movimentos independentes (normalmente auto denominados como, ‘os puros dos mais
puros’, ‘os melhores de entre os melhores da sociedade civil’, ‘os mais
íntegros e os mais impolutos’), permitiu que alguns dos seus protagonistas pensassem
que se encontravam acima dos velhos partidos políticos. Com tiques de
autoritarismo e superioridade moral, os “independentes” marinhenses da esquerda
e da direita, ultrapassaram o segundo ano de governação municipal “coligados”
com dois vereadores eleitos nas listas do Partido Socialista. Vereadores esses
que assumiram unilateralmente (é importante que esta verdade se sublinhe), um
corte absoluto com as estruturas democraticamente eleitas no partido que lhes
permitiu a eleição e que resolveram (vá lá saber-s€ porquê) renegar em
absoluto.
Ao cabo de quase 24 meses, os descalabros, as mentiras, as faltas de respeito
pelos munícipes a quem enganam deliberadamente usando inverdades de forma
constante, com uma falta de vergonha absoluta, fez com que a importância
democrática dos partidos fosse relegada por estes atuais governantes e os dois
eleitos pelo PS para os confins do mundo.
Não me irei deter sobre todas e foram imensas as faltas de cultura democrática
do atual presidente da Câmara e todos os seus pares de governação.
Nada disso me interessa. Por tão óbvio e evidente.
Os movimentos independentes existem graças à visão democrática dos partidos
políticos, que os independentes abominam, mas que permitiram o seu surgimento
na cena política local.
Agora, ter de aguentar e conviver permanentemente com falsas “verdades”, tiques
ditatoriais, verdadeiras faltas de respeito aos eleitos pelo povo em listas
partidárias, … isso não, muito obrigado.
Espero que todos os elementos do executivo da minha freguesia estejam à altura
das expetativas que neles se encontram depositadas (por uma larguíssima maioria
absoluta dos votos expressos) no que a obras em diversos arruamentos públicos
que se encontram devidamente adjudicadas pelos próprios, tal como em mandatos
anteriores, mas agora (apenas agora, por comparação com os últimos 35 anos)
proibidas pela Câmara Municipal da Marinha Grande, com a esfarrapada desculpa
da inexistência de um contrato interadministrativo de delegação de
competências.
Quanto ao único vereador da freguesia da Vieira, não se pode contar, porque,
nas suas palavras “todo este processo deveria ter sido conduzido de outra
forma. Mais organizada”. Já a vereadora enfermeira Baridó, que se saiba, até
agora, não abriu a boca sobre este assunto. Três ruas na Vieira, cujo arranjo e
reparação integral embora sejam da responsabilidade exclusiva da Câmara, a
nossa Junta se disponibilizou a fazer e a pagar dos seus cofres. A
vice-presidente da autarquia até se deu ao luxo de, em reunião pública, colocar
em causa se serão essas ou outras as ruas de arranjo prioritário na minha
freguesia. Ao que chegamos!!!É que a legitimidade democrática de uma Junta é
igual à de uma Câmara. O sufrágio de uma eleição livre e democrática. Um homem,
um voto. Essa é a essência da democracia. O voto popular, onde todos são
iguais.
Foram arranjados 78 arruamentos na freguesia da Vieira nos
últimos 13 anos a expensas únicas da junta, sem que existissem contratos
interadministrativos (embora a responsabilidade legal por todas essas obras
fosse e ainda é exclusividade da Câmara). Ainda no ano passado, já com esta
gente no executivo municipal permanente foram reparadas diversas ruas na
Vieira. Onde estava o contrato interadministrativo nessa altura, que agora
'parece ser' fundamental?
Até à próxima Assembleia Municipal!
Falta pouco.
Oxalá se possa contar com a sobriedade do vereador Brito, porque do pelouro
dele se trata este tema. E, na última reunião, pareceu a toda a gente que a
'coisa' não estava assim muito bem.
Convosco, de facto, tudo tem sido diferente.
Sim, porque em quase 50 anos, nunca tinha visto um vereador em funções naquele
triste estado!
Convosco, há sempre uma primeira vez para tudo! A vossa sorte é que não existe
um Presidente da Assembleia Municipal que ponha na rua quem não se encontra nas
condições mínimas de conduzir ... uma resposta, transmitir uma ideia ou elencar
um pensamento.
😵💫
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