TUMG - Notas importantes. Caso tenham paciência para ler até ao fim.
Onde estavam Vªas Exªs quando a TUMG
foi fundada em 2003 e o que disseram acerca da forma como foi gerida até 2009? …
Onde estavam? … Eu digo: …
Nas vossas vidinhas.
No entanto, … hoje, são o executivo permanente
da Marinha Grande e, só por isso, vos questiono:
Sabem quando, por quem, como e porquê
foi criada a nossa empresa de transportes urbanos?
Foi o Partido Socialista e o Partido
Comunista que permitiram a sua criação, na ótica de servir a população e
reduzir o custo das deslocações entre os diversos lugares e freguesias do
Concelho da Marinha Grande, prestando um serviço público de transportes abaixo
do seu preço real. E, desta forma, permitir a coesão territorial e aproximação
das pessoas de todos os diversos lugares da cidade da Marinha Grande, numa
primeira fase, e entre todas as freguesias do Concelho, numa fase posterior.
Durante esse triste período
(2003/2009), a empresa municipal tinha um administrador que ganhava mais de
2.000 €/mês (há 20 anos) e “trabalhava” dois dias por semana. Limitava-se a
fazer contas de somar e multiplicar. Eram as continhas dos alugueres fictícios
das máquinas (pequenas, médias e pesadas), que tinham passado, convenientemente, a ser, por decreto, propriedade da TUMG e … utilizadas como sempre tinham sido,
pela Câmara. Essas contas eram fáceis de fazer: x à hora multiplicado por um
dia completo de trabalho durante todo o ano. Fossem utilizadas que não fossem
utilizadas! A Câmara pagava sempre! Durante 8 longos anos, foi apenas isso que
a nossa empresa de transportes fez! E assegurava o transporte escolar, com
autocarros com dezenas e dezenas de anos, sem condições de segurança mínima para
as crianças, importa dizer!
Acerca disto, o que disseram todos
vós que ora fazem parte do executivo permanente?
Eu respondo. Não disseram,
absolutamente, NADA.
Em 2009, e por opção do então presidente
Dr. Alberto Cascalho, eleito pela CDU, inicia-se o processo de transporte
urbano e com isso surgem as duas primeiras linhas de transporte. A circular azul
e a linha vetorial verde. Com cinco minibus. Resultado de um estudo feito por
uma empresa externa e pago a peso de ouro.
Em 2010, com apenas duas linhas,
atingiram-se os 234.147 transportes de passageiros / ano.
Até essa altura, não havia “boys” nem
“jobs” para os mesmos.
Foi com a minha nomeação para
presidente do CA, em dezembro de 2010 que passou a existir essa nova “nomenclatura”
na sociedade marinhense!
Restaram-me 2011, 2012 e metade de 2013.
Dois anos e meio. Foi o tempo de arrumar a casa, separar o trigo do joio, mudar
de azimute e colocar a empresa de transportes urbanos da Marinha Grande na rota
do futuro.
Com a distância de 13 anos, cumpre-me
constatar, que em toda a minha vida profissional, foi na TUMG que deixei os
resultados de que mais me orgulho até hoje. Eu e o Francisco Roldão, sob a
estratégia delineada pelo executivo da altura, revolucionamos completamente a
empresa. E essa espécie de administrador que por lá andou, apresentou,
voluntariamente a sua demissão, talvez porque, o ritmo das transformações
radicais que íamos imprimindo, não lhe estava a proporcionar grande conforto. Estava
habituado a fingir que trabalhava. Dois dias por semana, repito! E 2.000 €/mês,
há vinte anos atrás.
Já ninguém se lembra disto. É normal.
As pessoas só se recordam do que lhes convém recordar! É da vida. E de todas as
pequenas figuras que dela sempre fizeram parte.
Em 3 anos, vendemos todas as sucatas
que existiam, esquecidas, nos estaleiros da Câmara há 10, 20 e 30 anos.
Exportamos para Angola 5 autocarros totalmente obsoletos que ainda se
encontravam ao serviço da empresa para transportes ocasionais e de alunos, vendemos
para exportação duas retro escavadoras, tudo com 100% de lucro líquido.
Alteramos os estatutos da empresa adequando-os à nova legislação em vigor.
Passamos todo o parque de máquinas para a propriedade do município tendo acabado,
consequentemente, com essa espécie de contrato leonino de recebimentos totalmente
imorais com o aluguer de máquinas ao município. Adquirimos por metade do preço
proposto o edifício da antiga EDP, no centro da cidade, utilizando apenas
metade do seu espaço útil, com obras de absoluta e barata modernização e com um
design de interiores francamente apelativo para todos os utilizadores da
empresa, deixando ainda metade da área total para futuro arrendamento. Dobramos
as linhas de transporte, atingindo um índice de pessoas transportadas de 366.260 no ano de 2013. Adquirimos um autocarro de transporte para 55 pessoas que ainda
hoje assegura uma parte substantiva do transporte escolar e ocasional e criamos em 2011, o estacionamento pago na MG com o conceito inovador caracterizado pela máxima: “entre
duas zonas próximas, uma era paga e a outra, em alternativa, situada um pouco
mais longe dos serviços procurados, absolutamente gratuita”.
Nos últimos dez anos, com a
administração da Drª Fátima Cardoso, foi implementado um serviço que abrange e
unifica as três freguesias do Concelho. Deixou de existir a política de subcontratações,
sendo a TUMG presentemente uma empresa totalmente autónoma em termos de frota
própria e motoristas pertencentes aos seus quadros de pessoal e que ultrapassou o meio milhão de transportes/ano em 2022. Indo aproximando os seus índices de utilização perto da meta de UM MILHÃO de transportes/ano!
Quando são implementadas todas estas
alterações, em tão pouco tempo, com os resultados conhecidos, cumpre perguntar:
o que é que Vªs Exªs querem mais?
É que as tarifas do transporte urbano
(bilhética e passes) não sofrem qualquer alteração de preço … há 14 anos!!!
Tal como o preço/hora do
estacionamento, ou seja, 0,40 cêntimos/hora (caríssimo!!!) permanece
inalterável. Há 14 anos também! Assim como, em total contraciclo com outras
cidades e municípios, as zonas pagas NÃO aumentaram UM lugar que fosse! Para
esse tipo de decisões impopulares é sempre necessária coragem. Vªs Exªas têm evidenciado
apenas a cobardia da perseguição política a alguns funcionários da Câmara
assim como a freguesias do Concelho que não afinam pela vossa bitola e exigem o
que lhes é de direito. Como tem acontecido com a Moita e com a Vieira.
A coragem NUNCA será a ‘marca
de água’ de Vªs Exªs!
O Exmº senhor presidente de Câmara
numa das suas habituais e infelizes afirmações disse, do alto da sua enorme
capacidade de gestão, e cito: “a TUMG dá um prejuízo à Câmara de 500.000 €/ano”.
Este fascinante raciocínio poderia ser talvez ser comparado se qualquer
primeiro ministro, dissesse, por exemplo, que o SNS acarreta 38.000 milhões de
prejuízo ao Estado … Enfim …
O que está em causa na TUMG é a
manutenção de um serviço de utilidade pública. Nada mais que isso.
A Drª Maria de Fátima Cardoso, foi
exonerada de funções de uma forma vil e absolutamente cobarde, apesar de ter
sido, de longe, a melhor administradora desta empresa. Já toda a gente
entendeu que a TUMG passou a ser a urgente intenção deste infeliz executivo em acabar. Caso tivessem, por exemplo,
aumentado 10% as tarifas de transporte e de estacionamento pago, aumentando
igualmente as zonas tarifadas, qual seria a indemnização compensatória por
parte do município? Sempre colocaram o problema da TUMG do lado das despesas,
quando em boa verdade, o problema deve ser colocado no lado das receitas. Mas,
para isso, tem de se saber distinguir os conceitos e significados entre despesas e receitas, não é Senhora
Ana Monteiro? Uma coisa são despesas, já outra, bem diferente, são receitas.
Pois é!
Foi proposto para o ano corrente a aquisição de mais um minibus e a contratação de mais um motorista que a grande especialista em generalidades, Exmª Senhora D. Ana Monteiro liminarmente recusou. Impõem-se a pergunta: Recusou, com que justificação?
Com nenhuma que se saiba. A não ser apenas, numa ideologia ultra liberal e absoluta impreparação para a assunção das responsabilidades que lhe foram conferidas.
Despede-se liminarmente a Drª Fátima
Cardoso para contratar o Dr. Pedro Jerónimo. Acerca desta maravilhosa e pertinente
opção, não faço qualquer comentário!
Sabem, …
“A política nasce connosco”.
A política ……. Ou seja,
A tentativa de compreensão dos
problemas da Pólis.
A busca de consensos, a procura da
opinião certa.
Numa palavra, a demanda da
perfeição e do bem comum. Que nunca se atinge, mas sempre deve ser perseguida pelos praticantes da mais nobre das artes, que é e sempre será … a política.
Retirando desta equação a Drª Alexandra Dengucho, por onde andavam todos vós?
Sim, todos vós, que compõem
este infeliz executivo permanente?
Pelos meandros da construção de todas
as vossas pretensiosas carreiras profissionais sem qualquer mácula?
A estudar?
A subir de posto em posto?
A vender assentos de plástico?
É que, mesmo assim, poderiam ter tido
e manifestado opiniões acerca daqueles tristes anos … de 2003 a 2009.
Só que, … NUNCA, … o
fizeram!!!
Vªs Exªs, não são políticos. Nunca o
serão. Pelo menos, na melhor acepção que a palavra ‘político’
possui, simplesmente porque, Vªs Exªs mais não são que uns simples representantes
de um novo-riquísmo atroz de quem nem rico é. Nem nunca foi. Porque rico é quem bebeu chá em
pequenino. Que tem maneiras. Que sabe estar. Que tem a coragem certa de se
expressar nos tempos certos com assertividade e inteligência. Vªs Exªs são
apenas oportunistas e hipócritas de breve circunstância. Porque caso não o fossem,
tinham manifestado a vossa opinião desde sempre acerca da temática ‘Transportes
Urbanos da Marinha Grande’. Desde o princípio, … fosse num artigo de jornal,
numa coletividade, numa conversa de café, num átrio de faculdade ou em qualquer
base aérea onde prestavam serviços militares, quando ainda sabiam reconhecer e
respeitar, hierarquias.
Vossas Exªs não têm, como nunca
tiveram, rigorosamente nada a ver com a pólis e com os seus problemas.
A Pólis sim. Os problemas da cidade,
da comunidade e do futuro.
O que vos preocupa, acima de qualquer
outra coisa, é o efémero, a Festa, a imagem que desejam passar de vós próprios,
quais narcisistas, impreparados e inconsequentes.
Os marinhenses não são cidadãos de
cartilhas lidas, escritas e ditas, por aqui e por ali.
Os marinhenses sempre prezaram a
memória, a luta pela verdade, pela justiça e pela razão.
Temam Vªs Exªs aqueles que parecem
estar contra o seu código genético e que têm permanecido calados e aparentemente
indiferentes.
Vªs. Exªs voltaram costas a toda essa
gente desde o primeiro dia em que entraram, vencedores, altivos e petulantes, no
nobre e histórico edifício dos nossos Paços do Concelho.
Parafraseando o Senhor Carlos Wilson,
deputado da Assembleia Municipal e cito: “O povo da Marinha votou. O +MpM ganhou e com
isso conferiu-nos um salvo conduto para tomar conta disto”.
Não. Não é assim Senhor Wilson!
Nunca foi!
Se tivesse o mínimo de decência e respeito
pelo voto popular, não teria vendido tão facilmente o lugar para o qual, democraticamente,
o povo da Marinha lhe conferiu a vitória.
E, teria sido, no mínimo, candidato a
presidente do Parlamento da Marinha Grande dentro da Assembleia depois de
eleita.
Preferiu contribuir para comprar dois
Vereadores sem quaisquer escrúpulos e remeter-se a um lugar de deputado
simplório e inconsequente!
Todos vocês.
Tristes!
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