Tenho muito mais que fazer!
Neste mundo, há pessoas e caráteres
para todos os gostos.
Há os que falam, há os que se
exprimem quando lhes convém, há sempre os que se calam e, aqui e ali, também há
os que fazem ou vão fazendo por nada parecerem ser, porque também lhes convém.
Por muito “falador” que seja ou
sempre tenha sido, fui sempre capaz de ir fazendo algumas coisas.
Poucas ou até mesmo, para certas
pessoas, quase nenhumas. Nenhumas de e com jeito, para toda essa triste gente.
Felizmente para mim não. Não penso dessa
forma.
Com os meus quase 55 anos, tenho
muitas coisas na bagagem que ajudei a acontecer.
E, de nenhuma delas sinto qualquer
vergonha ou embaraço, simplesmente porque, em todas dei o meu melhor e
entreguei o maior esforço possível.
Nesta altura da vida, já pouco ou
nada espero ficar surpreendido. Não é que esteja ou me sinta velho. Nada disso. Fui-me
transformando num tipo muito exigente relativamente a certas pessoas, coisas e
circunstâncias, assim como dou por mim exageradamente tolerante a outras pessoas,
coisas e circunstâncias.
Penso normal este estado na
minha idade.
Talvez por isso, a politiquice
idiota, porque de idiotas e gente perversa e sem quaisquer escrúpulos é feita,
me fez voltar costas aos “Constâncios, Curtos, Fragosos e Baridós” desta vida.
Vivo melhor sozinho, sem esta paixão
de décadas, que sempre foi a política, as coisas da política, nomeadamente da
política local.
A política aos políticos. E, neste
contexto, eu nunca pactuarei com sinistras e tenebrosas figuras que se vendem
ou alimentam ódios que existem ou convém que vão existindo para que se atinja
afinal o único objetivo do … “dividir para reinar”.
Tenho 3 filhos para acompanhar, uma
casa para construir, uma licenciatura e um mestrado para terminar e um amor
para viver até ao fim dos meus dias.
Tenho tudo. Até um passado de entrega
aos outros que nunca ninguém, por mais malformado que seja, me possa negar.
Resolvi fazer uma pequena compilação
de 55 textos que fui escrevendo ao sabor do vento no Praça da República 22.
Não será nunca um livro, porque de um
livro não se tratará.
Para se escrever um livro, é
imperativo ser-se escritor. E eu nunca serei um escritor. Para isso é
necessário talento e acima de tudo imaginação.
Não possuo nem uma coisa, nem outra.
Ficará um registo de alguns textos
escolhidos por outra pessoa, prefaciados por outra pessoa e ilustrados por
imensas pessoas.
Tenho, portanto, muito “poucas coisas”
com que me entreter, mas as suficientes para que me vá misturando com o que de
melhor e mais nobre a vida tem.
Sem ódios, sem mágoas, sem
rigorosamente nada que me faça ou fez sofrer.
E, a par de tudo isto, terá de aparecer
a verdadeira “Alma vieirense” sob um formato de Compêndio de poetas conhecidos
e absolutamente desconhecidos das gentes da minha terra, num projeto da nossa
Junta de Freguesia.
Todas as nossas vidas são sempre feitas de escolhas. Estas são as minhas felizmente. Pelo menos para aqueles que a partilham comigo, porque os outros, dos quais fugi, apenas e acima de tudo por me repugnarem. Deus tenha piedade das suas almas atormentadas pelo ódio e pelo interesse material.
Tal como na Bíblia são apontados, ... nunca passarão de uns Fariseus hipócritas. "Por fora, túmulos limpos e caiados, já por dentro cheios de toda a imundice e iniquidade".
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