A vida e todas as suas inevitáveis viagens!

 


E, quando chega finalmente a hora de novamente voltarmos para dentro nós próprios?
Mais uma vez!

Há quem nunca consiga ir!

Talvez por medo, de não regressar, sei lá?

O nosso reflexo no espelho, atrapalha a maioria de todos nós, ..., porque é difícil olhar-nos de frente. É que, somos capazes de ver tudo o que é visível aos outros. Não é fácil, olharmos para nós pelos olhos dos outros!

Há sempre uns quantos que, ou por isto ou por aquilo, foram capazes de fazer essas enormes e difíceis viagens e atingir sempre o seu ‘porto seguro’.

Difíceis e tortuosas viagens todas elas.
Para dentro de nós próprios. Ao longo de anos e anos. Aparentemente sem fim à vista.

Percorrer todas as nossas velhas escolhas, todos os caminhos, todas as veredas. Apenas nossas, porque nós as escolhemos. Mais ninguém. Nada nem ninguém tem 'culpas', porque
foram apenas nossas todas as escolhas que fomos fazendo ao longo de toda uma vida.

O passado nem sempre é fácil de ser revivido.

Quando o teu ‘barco’ está, novamente, a atingir o porto, aquele porto de águas profundas, que sempre procuraste, nem que fosse para reparar tudo o que tinha de ser reparado, pela força e dificuldade da última viagem; descansar, para partir de novo a procurar destinos certos ou incertos, porque na vida nunca nada se sabe.

No que a destinos concerne, nunca ninguém sabe rigorosamente nada do que pode vir a encontrar.

E, no entanto, lá partiremos de novo.

É esse o nosso destino.

Partir.
Partir sempre.

E, de novo, para dentro de nós mesmos.

É necessário ter alguma coragem, para nunca se entrar na mesma rota. Ou mesmo, noutra rota qualquer. Sempre perigosa, porque desconhecida.

Desta vez, com menos tempo, mas com ‘ventos mais calmos’. Assim o esperamos, até porque o nosso barco se encontra preparado tal como nós, que nos sentimos sempre mais fortes em todas as vésperas de todas as viagens.

O porto de chegada já não será o mesmo.
Quase de certeza não será o mesmo.

A viagem também não.

Mas, ... o ‘quadrante’, o ‘astrolábio’, as estrelas, as marés, os dias e as noites, serão também diferentes.

E, no fim, para quem não tiver medo de ter zarpado novamente …

a viagem será, toda ela, desde o princípio, absolutamente nova.

Para melhor, muito melhor, só que, …

Para isso,

Não se pode ter qualquer insegurança ao içar de novo as velas, levantar âncora e gritar a toda a gente a bordo com voz bem forte,

“está toda a gente a postos?

desta vez, a viagem e o destino serão melhores!

Estamos mais fortes.

Só isso.”


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