O André Ventura ao pé de ti é um menino do coro!.
Não irei gastar uma letra com o presidente da Câmara, muito menos com os chamados vereadores “do” Partido Socialista. Muito menos com o “venerável” presidente da Assembleia Municipal da Marinha Grande.
Há, no entanto, dois homens que irão
deter a minha atenção durante algumas linhas.
O primeiro, aquela espécie de “democrata”, senhor Carlos Wilson. Nunca ouviu falar em poder executivo, deliberativo e
judicial. É normal, para quem passou a vida a tentar ganhar dinheiro e nunca
perdeu um segundo de si próprio a pensar nos outros, nos regimes mais ou menos
injustos, mais ou menos coercivos, mais ou menos musculados. Resumindo, não
sabe o significado nem da democracia e muito menos da liberdade.
Nunca tive particular simpatia por
novos ricos. Não sei porquê, mas independentemente do mérito de cada um, nem
sempre revelam a mínima humildade perante os outros. O senhor Wilson, que “acordou”
para a política já bastante tarde representa, tal como o seu presidente de
Câmara, o pior dos exemplos. Fútil, totalmente inculto, grosseiro, pedante e
profundamente desconhecedor das mais elementares regras da democracia! O
dinheiro nunca comprou tudo. Seguem-se as inevitáveis ameaças, que quando
dirigidas a homens e mulheres corajosas de nada servem. Segue-se depois o
desespero, de quem no fundo sabe que o tempo lhes será totalmente desfavorável.
O parlamento do Concelho não aprovou
o orçamento para 2023.
Não me deterei acerca nem das
justificações para tal ter acontecido, porque demasiado óbvias, todas elas. Não
perderei um segundo que seja a explicar o que foi por demasia explicado acerca
das consequências práticas desta reprovação. Não irei contar todas e foram
muitas as mentiras e ameaças usadas ao longo do processo de elaboração, votação
em sede de executivo e agora em sede de órgão deliberativo e fiscalizador.
Uns melhores que outros estão fartos
de saber todos os meandros envolvidos com a elaboração deste ridículo e
absolutamente inócuo e com total falta de ambição - orçamento camarário
para 2023.
O presidente da minha Junta de
Freguesia Álvaro Cardoso que como membro da Assembleia Municipal por direito
das funções que exerce e para as quais foi mandatado democraticamente, por uma
esmagadora maioria absoluta de vieirenses, encontrou-se ontem com o politicamente
inculto Sr. Wilson.
Não foi bonito e muito menos
edificante assistir ao degradante espetáculo protagonizado pelo industrial, que
tanto na política como na sua vida profissional mais não é que um novo rico,
com poucos ou nenhuns valores. No caso da política poderia afinar a definição
para novo pobre, porque de uma colossal pobreza se revestiram todos os seus
argumentos na discussão de tão maravilhoso documento previsional para 2023.
Como de política e de democracia nada
entende, vou tentar explicar ao senhor numa linguagem primária que entenderá
certamente, uma vez que deve ser mesmo a única forma de comunicação que domina.
Considerando a Câmara Municipal da
Marinha Grande, uma empresa com o capital social de 24 ações, o CEO apresenta
uma proposta de orçamento para o ano seguinte após aprovação pelo board.
Quando se reúne a Assembleia Geral de
acionistas dessa empresa, os documentos previsionais foram reprovados, tendo
apenas conseguido 48% de aprovação de alguns acionistas.
Qual é o drama?
Agora ter de ouvir todas as ameaças
boçais, injustas, descontextualizadas e profundamente inadmissíveis dirigidas a
um dos homens mais íntegros, honestos, que democraticamente
foi eleito por maioria absoluta dos vieirenses, pergunto:
Quem é o senhor Carlos Wilson, para
tecer os comentários que teceu? Quem é o senhor? Representa quantas pessoas? A
esmagadora maioria não representa certamente.
Quando esteve a dirigir todos os
impropérios ao Senhor Álvaro Cardoso, não foi apenas a ele que os dirigiu, foi
a toda uma terra que maciçamente nele votou.
Como se atreve a sugerir que o
presidente da minha Junta de Freguesia condicionou todos os projetos para a
minha terra?
Quem lhe deu autorização para isso?
Quem lhe deu autorização para ter
mencionado, por exemplo os nomes do Dr. Alberto Cascalho, Álvaro Pereira,
Cidália Ferreira? Todos estes nomes tiveram as suas concelhias como suporte
político. E, infelizmente no que concerne ao Dr. Álvaro Pereira, todos os
marinhenses sabem o que motivou a sua substituição. Mas parece que o senhor nem
isso respeita!
Respeitar a memória é um ato de
humildade.
Aconselho-lhe vivamente a que, ao
menos, respeite a memória da sua própria história pessoal e profissional, não
vá alguém ter de lhe recordar certas passagens extremamente edificantes onde se
viu envolvido.
Agora, faltas de respeito a toda a
freguesia da Vieira com ameaças veladas, vindas de um homem sem qualquer
cultura cívica, associativa, partidária, democrática. Um homem que viveu o
fascismo sem nunca ter dado nas vistas como “tendo opinião”, tenha paciência e
nunca mais volte a tentar desrespeitar um dos homens mais nobres e de coração
limpo que conheço, para além de em simultâneo desrespeitar uma terra inteira
que nele votou esmagadoramente.
Transcrevo a seguir parte da sua brilhante intervenção.
“Por isso e agora enfim na
parte final da minha intervenção e na declaração de voto que vou considerar
neste texto, dirijo-me ao senhor Presidente da Junta de Freguesia da Vieira
que, … a partir de hoje talvez seja melhor não vir aqui à Assembleia Municipal
ou até junto da Câmara Municipal perguntar pelas obras do Centro Interpretativo
da Arte Xávega, cultura Avieira, a requalificação dos coletores das pluviais da
rua primeiro de dezembro, o auditório António Campos, as obras do pavilhão
Albino dos Reis Paulo, o mercado da Praia da Vieira, o projeto do Centro Escolar
de Vieira de Leiria, a construção do Centro de Saúde de Vieira de Leiria, as
obras realizadas no Centro da Passagem, a requalificação da Escola Secundária
José Loureiro Botas, o Projeto de Expansão da Zona Industrial de Vieira de
Leiria, o projeto do saneamento do casal d´Anja, estudos e projetos para a rua
25 de abril, enfim, o seu voto foi muito expressivo daquilo que o move.
Ainda não acabei!
Eu acho que o senhor
presidente da Junta de Freguesia de Vieira de Leiria acho que devia fazer um
favor a si mesmo, depois desta reunião e talvez até misturado no meio de uma
imperialzita pelo meio, faz sempre jeito, acho que devia explicar aos
vieirenses que votou contra o orçamento e que por si os irá impedir de disputar
estas importantes infraestruturas. Tudo isto meus amigos é pôr em causa o
interesse da população deste concelho. Não haja ilusões!
Não foi para isto que as
pessoas nos elegeram. Devemos respeitar a democracia e quem o povo elegeu para
governar a Câmara durante quatro anos”.
Carlos Wilson, Assembleia
Municipal 28 de dezembro de 2022
Valente, Sr. Wilson. Não lhe conhecia essa faceta. Arranjou um culpado para todos os males que os Marinhenses não sonhavam ser tão maquiavélico.
ResponderEliminarPor nós estava a falar dum potencial Presidente de Câmara, se a escolha for o mérito, a competência, a dedicação e a humildade.
Vergonhoso, senhor Wilson. Mas o seu discurso de desespero teve um mérito, agora sabemos que afinal os Senhores sabem das nossas carências ,que tão bem enumerou. Afinal o Álvaro Cardoso foi e tem sido fiel aos Vieirenses que o elegeram em maioria. Recrutem Álvaros Cardosos para as vossas candidaturas e teremos progresso a bom ritmo.