Pequenas ingratidões.
A vida está cheia delas. Por diversos motivos é certo. Mas a
enorme maioria de todos nós, são pessoas ingratas, ressabiadas, de
esquecimentos breves e de invejas plenas.
Todos os ‘nichos’ de ingratos’ localizam-se onde deveriam
viver os gratos. Gratos à vida, gratos ao pedido de um terceiro para se ter trabalho,
gratos a todos os que fazem parte dos nossos mais íntimos amigos que mais não
são que todos os nossos ‘incondicionais’.
Uma vez ouvi, há bastantes anos e já nem sei a que propósito,
o Paulo Vicente (um puto de 40 e tal) dizer sem qualquer réstia de dúvida
que o defeito que nunca seria capaz de esquecer era a ingratidão das pessoas.
Só aí, comecei a fazer e a trilhar a importância da gratidão
no percurso de todos nós. Eu sei que em muitas circunstâncias sou um tipo
lento. De entendimento lento e por vezes estúpido. É assim que eu sou, sempre
fui e com a ajuda de Deus sempre serei.
Prefiro ser desta forma. Lenta. De pensamento lento. Porque quando
concluo seja o que for, dou por mim com uma força inabalável com as minhas
conclusões!
Por isso, por vezes compro batalhas e guerras. Algumas
aparentemente estúpidas, porque desnecessárias todas elas. No pensamento dos
outros, claro está! Daqueles de raciocínio rápido e inteligente.
Já eu prefiro ser como sou.
Nem melhor nem pior que ninguém. Nunca tive esse tipo de
complexo.
Muita gente me ajudou no meu escasso percurso, assim como
muitos outros, tudo fizeram para que eu caísse.
A ninguém fui ingrato.
A ninguém!
E muito devo eu a tanta gente. Como qualquer de nós, porque
ninguém vive numa ilha. Todos vivemos e convivemos com todos. E a todos pedimos
quando é de pedir e a todos valemos quando é de valer.
Mesmo o tudo a ser verdade, muitos de nós limitam-se a cultivar
o individualismo, o esquecimento breve e imediato quando de um maior ou menor
favor foram alvo. E, a pedido, quase sempre.
Já pedi. Já pedi muito. Já me pediram e não foi pouco.
Se convivi com ingratos? Obviamente!
Faz parte da vida e do nosso processo de crescimento. Até
houve situações, inusitadas de quem me pediu o que tivesse sido, tendo
procurado humilhar-me e amachucar-me logo a seguir.
É da vida. É expectável. É, infelizmente, normal.
Como também é da vida não consentirmos que esse tipo de
coisas aconteça de maneira nenhuma!
É o que procuro fazer e, de resto, é o que tenho feito.
Quanto mais não seja para dizer aos meus filhos, que vivem dentro de uma
sociedade ingrata, podre e invejosa.
É importante para todos eles, saberem qual é o 'chão' que pisam.
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