O Caos +MpM/PS
Dia europeu sem carros.
Marinha Grande, setembro 22.
O que se está a passar hoje na cidade da Marinha Grande, trata-se
de uma decisão completamente desorganizada que está a afetar toda a mobilidade
de viaturas, com filas intermináveis nas principais ruas e avenidas da Marinha
Grande, contribuindo diretamente para o aumento exponencial da poluição.
Significa isto, que o objetivo a atingir não passou de um
enorme flop, atendendo a que se atingiu o objetivo contrário.
Triste ver os vereadores eleitos nas listas do meu partido
rejubilantes com tão medíocre opção que o vereador da mobilidade tomou com o
beneplácito do restante executivo, tendo até anunciado com pompa e circunstância
tal medida aquando da última reunião de Câmara.
É o que temos.
Triste e inacreditável!
Mas é o que temos tido!
Parece que o presidente Aurélio até já andou de trotinete,
enquanto centenas e centenas de automóveis demoravam 1 hora para avançarem 30
metros a caminho do trabalho.
É penoso verificar as caras felizes da enfermeira Baridó e
do Tenente Coronel Fragoso associados a esta mal pensada e pior concebida
medida.
Mas adiante, porque já não é nem a primeira, nem a segunda e
muito menos a terceira vez que tais ‘imponderáveis’ decisões são tomadas e/ou
acarinhadas por eleitos do Partido Socialista.
Esta constatação remete-me para todas as vezes em que os
eleitos pelas listas do meu partido tomam, digamos assim, opções inócuas,
caracterizadas por ‘nins’, como têm sido todas ou quase todas as abstenções
assumidas aquando certas decisões em reunião de Câmara são colocadas á votação.
Considerando o ato de contrição das eleitas da CDU no que ao
aumento dos preços a pagar pelos pais nas CAF’s, AAAF’s e AEC’s concerne,
espera-se dos Vereadores eleitos pelas listas do PS, que votem alinhados com a
posição da CDU na próxima reunião de Câmara ordinária. Porque caso contrário,
viabilizam o seu aumento, despropositado cujo cálculo assenta em pressupostos totalmente errados.
O Partido Socialista, reclama-se desde a sua fundação como
partido da esquerda moderna, com sensibilidade social, respeito pelas
dificuldades das famílias e das empresas, assente numa matriz social democrata.
Estes aumentos, assentam numa matriz ideologicamente oposta.
“Cada um por si e Deus por todos”. Se tem um custo, que seja imputado às famílias
que beneficiam deste tipo de apoios sociais.
A gestão desta Câmara tem sido má demais, para se poder
ignorar.
Não entro em mais detalhes para não tornar este texto
fastidioso e demasiado comprido.
Deixo apenas esta ideia, caso a proposta da CDU não passar,
a culpa será incutida na sua totalidade ao Partido Socialista.
E, quem não sabe ao que foi e por quem foi, não merece, de
todo, por lá continuar, porque não têm tido qualquer comportamento típico do
socialismo democrático, moderno e essencialmente solidário com aqueles que mais
necessitam de apoio do Estado.
Foi penoso na última reunião de Câmara ver o Presidente
Aurélio do alto de todo o seu amadorismo e prenhe de ultra neoliberalismo gastar
quase uma hora a dizer mal do Governo PS, sem que uma alma eleita nas listas do
partido do Governo ter sequer feito uma simples contestação.
E, já agora, outra coisa, o Presidente não sabe o que
significa a palavra ‘Estado’. Porque ‘Estado’ não é sinónimo do governo
central. As Câmaras Municipais, todas elas sem exceção, tal como todas as
centenas de Juntas de Freguesia do país, também representam o ‘Estado’. Não há
Estado bom e Estado mau. Há Estado. Mas para se saber estas coisas elementares,
seria necessário ter na Câmara pessoas com cultura democrática e conhecimento
do que representa o sector público e todas as suas hierarquias.
O que, manifestamente não é o caso!
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