A vendedora de ilusões.

 


Quando o meu querido amigo e ex-camarada Carlos Caetano saiu do executivo anterior, já em fim de linha, isto é, pouco tempo antes de fechar o pano, confesso que não apreciei muito, aquela forma de estar. Interesseira, manhosa e essencialmente plena de interesse material.

Já lá vai. Já não conta para comentários mais ou menos graves e agudos, porque, na ida, cada qual é como cada qual. E, é sempre nos detalhes que as pessoas se revelam. Nunca nas ‘grandes’ coisas.

Após diversas ‘negociações’ de lugares e de prebendas postas todas elas em cima da mesa, por aquele desgraçado PS que nessa altura vendia e trocava de alma com a mesma frequente e rápida velocidade de quem nunca teve princípios, o Engº Carlos Caetano, bate com a porta com elevado estrondo.

Ninguém lhe tinha arranjado nada nem na TUMG (caso o PS vencesse), nem na lista nem em qualquer lugar em Lisboa com remuneração adequada e interessante.

Rasgou o cartão (onde é que eu já vi isto?).

Transferiu-se, qual Messi para outro clube. Neste caso para o PSD!

Foi cabeça de lista. Não conseguiu os seus intentos. Ser eleito vereador e, dessa forma ser o fiel da balança. Com pelouros e ordenado.

Daí para a frente resolve encetar uma luta solitária contra o executivo vencedor com posts na sua página de Facebook. Alguns oportunos, outros mesmo inteligentes, mas todos envoltos de um ressabiamento atroz, porque ressabiado estava!

O último dos quais foi uma espécie de petição pública para que se criasse uma SUP na Marinha Grande.

Serviço de Urgências Permanente para a cidade da Marinha, justificado em diversos argumentos, todos eles válidos, não fosse o caso de vivermos num país pobre, de fracos e poucos recursos financeiros e, não existir em cidade nenhuma do país esse serviço!

Todas as causas ditas justas por demagógicas, acolhem sempre a simpatia de todos ou da maioria da população.

Ninguém perde um segundo a questionar se é ou não possível criar este tipo de serviço, ainda por cima quando existe um excelente Hospital Central a 13 Km.

E, é sem qualquer espanto que constato hoje para a fotografia de grupo algumas figurinhas marinhenses que sempre gostam de aparecer quando lhes parece estar a defender uma causa justa e exequível.

Não me irei deter em cada um ou uma dos fotografados nesta luta, sem razão nem escrúpulos.

Porque nestas e noutras circunstâncias semelhantes, há sempre quem adore posar para a fotografia, pensando que lutam por causas, não digo justas. Digo apenas popularuchas!

Triste gente aquela. Grande salada russa. Que sabe viver num país sem dinheiro. E, 13 Km até Leiria só parecem ser distantes, como se fossemos obrigados a ir a Lisboa, Coimbra ou Porto para termos assistência médica com um serviço de urgências eficaz.

Lá estava aquela gente com cara de tristeza, por não ter na Marinha aquilo que nenhum governo lhes permitirá ter.

Por falta de recursos e por falta de justificação.

São este tipo de pessoas que ajudam a alimentar a demagogia de quem não sabe ou não quer saber distinguir o possível do necessário.

São sempre os mesmos. Só que desta vez parecem estar todos dentro do mesmo saco.

O saco da mentira fácil e do vulgar oportunismo.

No entanto, não deixa de ser curioso ver alinhados na mesma objetiva algumas pessoas estrutural e politicamente nos antípodas uns dos outros.

A Enfermeira Baridó. Essa está em todas. Como se encontra eleita pelo Partido Socialista, fica a pergunta, não seria mais fácil pedir uma audiência à comissão da saúde ou ao ministro ou Secretário da Saúde?

Mais fácil seria, só não dava era direito a fotografia com uma cara assim pró triste de quem tudo pede e quer e ninguém a ouve. Só talvez mesmo o Presidente Aurélio, por outros interesses, manifestamente cínicos e oportunistas.

Quanto ao Dr. Luís Guerra Marques, no tempo dos Presidentes João Barros e Alberto Cascalho, estas tão urgentes necessidades, não se verificavam?

E, por lá anda mais gente. Diversa gente, a quem só me apraz dizer:

“Perdoai-os Pai, que não sabem o que fazem!"


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