O Monstro!
Este executivo criou um monstro e deu-lhe de comer.
Sustentou-o e sustentará apenas porque lhe dá jeito. Nada mais.
Isto é: o “atribuidor de apoios associativos”. Uma espécie
de máquina, que colhe os inputs dos diversos pedidos de cada coletividade,
processa-os em função de 3 ou 4 parâmetros predefinidos e produz um output para
cada associação, de uma forma que se pretende isenta, clara, objetiva e
totalmente transparente.
A este propósito, recordo que o professor Cavaco Silva,
andou 20 anos a dizer que não era nem nunca foi ‘politico’, como se essa função
fosse menos nobre que uma cátedra (que aliás nunca teve) na Universidade.
Mário Soares em resposta, escreveu um dia um livro com este
título ‘lapidar’: “Um político assume-se”.
O Engº Aurélio sempre quis que
existisse uma fórmula mágica na atribuição de apoios associativos. Criaram um
monstro, por medo de assumirem ‘posições políticas’. Assim, e não por acaso, mais
de 2/3 dos apoios atribuídos a cada associação, este ano, irão ser devolvidos à
procedência, por manifesta falta de liquidez de cada coletividade em suportar
quase 70% dos custos finais de ou dos diversos investimentos a que se
propuseram realizar. E, para os quais solicitaram ajuda ao município.
Algumas centenas de milhares de
euros serão devolvidos à Câmara, para gaudio do presidente e seus vereadores,
que se encontram com falta de dinheiro e estratégia para proceder ao pagamento
dos novos ordenados pelas dezenas de pessoas por eles escolhidos (sabe Deus com
que critério).
Todos os políticos, têm como uma
das suas principais tarefas ‘a decisão’ com a consequente explicação da mesma.
Sempre foi assim no nosso Concelho. Não tenho qualquer memória de
desentendimentos entre dezenas e dezenas de Coletividades que o Concelho
alberga. Antes pelo contrário. Sou do tempo da elaboração do 1º Congresso de
Coletividades do Concelho da Marinha Grande, onde todas cooperaram umas com as
outras intensamente.
Esse congresso esteve na base da
criação da ACAMG.
Todas as ‘ditaduras’ têm um máximo
denominador comum: O Medo! Talvez por isso, ainda não se tenham manifestado de
uma forma clarificadora e expressiva. Eu, como ex dirigente Associativo
sentir-me-ia bastante mal se nada tentasse fazer para demonstrar à saciedade
tudo o que se está a passar neste momento com os chamados ‘apoios’ às
associações e coletividades concelhias. Não quero apresentar qualquer exemplo,
porque, tal como em tantas outras coisas, cada um deverá falar por si. Se o ‘medo’
não for um obstáculo.
Tenho uma experiência bastante
vasta no que ao associativismo concerne. Nem sempre fácil, como todos os que
andaram ou andam nestes meios bem conhecem.
Conhecedora da realidade financeira
de todas as associações, este ‘procedimento’ camarário pode justificar-se com
que palavra?
De entre muitas outras, ocorre-me
esta:
Pulhice!
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