Incompetência versus agonia do movimento associativo.

 


Tudo ou quase tudo o que se vem passando desde 28 de outubro de 2021 tem sido por demasiado grave para ser ignorado.

A curiosa junção de dois movimentos de cidadãos independentes, vencedores das eleições autárquicas na Marinha Grande, sendo que um se encontra, em termos ideológicos, mais à direita que o governo de Passos Coelho, sendo o seu parceiro de coligação uma mera e ‘disparatada’ junção de ‘todas as esquerdas’ tresmalhadas e sem expressão, anteriormente lideradas pelo atual gestor de cemitérios Engº Carlos Logrado.

Após um mandato pleno de erros crassos, de soberba governativa, autismos diversos, o Partido Socialista perdeu clamorosamente as eleições do ano passado.

Acontece porém, que a governance da Profª Cidália Ferreira, já foi julgada e fortemente penalizada nas urnas. Não serve de desculpa para nada.

Passaram 10 meses desde as eleições. E, de lá para cá, muitos têm sido os erros cometidos, omitidos e atrevidos por tanta falta de respeito pelos mais elementares valores no cuidado pela governação da ‘coisa publica’. Típico de mentalidades ditatoriais e presunçosas. Aqueles que julgam tudo saber. E, por isso mesmo, não se sentirem na obrigação de prestar contas rigorosamente a ninguém.

O Engº Curto Ribeiro construiu um entendimento entre as forças ‘independentes’ e vencedoras das eleições e os dois vereadores independentes eleitos pelo Partido Socialista. Desta forma, inqualificável, tornou-se presidente da Assembleia Municipal, apesar de ter sido o candidato derrotadíssimo com o pior score que o PS obteve desde 1976 (ano das primeiras eleições autárquicas). Vendeu dois vereadores submissos para (na cabeça dele), ascender ao olimpo autárquico.

Relembro que o atual presidente de Câmara foi durante oito anos, extremamente exigente, implacável, desconfiado, tudo obstaculizando, votou CONTRA todos os orçamentos propostos. Repito TODOS. Absteve-se SEMPRE a todos os apoios anualmente distribuídos por manifesta justiça a todas e são dezenas e dezenas de Coletividades e Associações, com uma justificação interessante: não estavam escritos e aprovados os critérios de atribuição de subsídios a todas as associações. Entretanto foi elaborado um ‘regulamento’, como se fosse possível escrever um regulamento comum justo e equilibrado que incluísse todas as associações como se iguais fossem todas elas. É o mesmo que querer comparar a BIP aos Bombeiros da Vieira.

Estas manifestações de ‘desconfiança’ nos critérios de atribuição de subsídios e apoios diversos a atividades desenvolvidas por todas as associações do Concelho fez parir uma monstruosidade sem aplicação prática. Resultado: todas as atividades realizadas pelas associações NÃO podem receber apoios do município porque, os governantes ainda não analisaram devidamente as candidaturas. Estamos em julho. Tudo o que foi feito até agora pelas associações do Concelho não terá qualquer apoio, porque legalmente não é possível apoiar atividades realizadas ‘ANTES’ da análise do executivo.

Caso estas circunstâncias estivessem a acontecer com outra força política, como disse a Vereadora Alexandra Dengucho, “caía o Carmo e a Trindade”.

Este executivo, até agora, mais não é que o pior, mais incompetente e medíocre executivo de todos os tempos. Incluindo os anteriores ao 25 de Abril.

Isto vai acabar mal.

Toda a gente percebeu isso, menos eles próprios que continuam a ter a absoluta certeza que estão no caminho certo.

Por soberba e por excesso de presunção e vaidade.

Quando não sabemos, temos de perguntar a quem sabe mais do que nós. O que nunca será o caso desta gente.


Comentários

  1. Este Executivo Municipal tem uma agenda política cada vez mais clara, com uma matriz ideológica cada vez mais evidente. “Tudo o que não está connosco, está contra nós” por isso tudo o que é povo é para acabar.
    Esta atitude, deliberada, de atrasar até ao limite a atribuição de apoios ás coletividades e associações, é a prova, provada, do “ódio” ideológico que este executivo permanente tem para com as iniciativas populares, personificaras nas atividades das coletividades e associações. Por outro lado as verbas que seriam destinadas ao movimento associativo ficarão disponíveis para numa qualquer secreta alteração orçamental ser desviada para uma qualquer prestação de serviços, por ajuste direto, de algum correligionário apoiante de quem governa e também para alimentar a pesada estrutura orgânica deliberada por este executivo onde se “atropelam” os boys e girls deste (dês)governo municipal.

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  2. Para este Executivo Municipal as Coletividades e Instituições do Concelho só servem de palco para o Presidente Aurélio e a Vice Presidente Ana Alves Monteiro proferirem umas hipocritas palavras e baterem umas fotos para satisfação pessoal e divulgação em notas de imprensa de publicidade enganosa.
    Para as coletividades geridas pelos amigos tudo, veja-se os apoios ao Clube de Judo de onde proveio o Chefe da Divisão do Desporto.

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  3. Infelizmente este -mpm, foi um logro, temos duas questões: Primeiro vão sondar se as verbas atribuídas às associações e clubes são difinitivas e aceites e depois
    fazem as devidas correções e depois apresentam orçamento rectificado e só depois vai haver dinheiro depois de aprovado? Outra pergunta porque está o PS marinha alinhado com esta gente? Depois mais tarde não venham dizer que discordavam.

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