Apaga lá isso que ainda estragas tudo!
Cada um responde por si. E ponto final.
Ultimamente, tenho dado por mim a atrapalhar. Atrapalhar
terceiros. Odeio isso. É uma sensação deplorável por tudo o que significa.
Em primeiro lugar porque parece que não temos o direito de
ter uma opinião própria. Já em segundo lugar, porque nos deparamos com quem nem
se sabe defender a si próprio. Quanto mais não seja por afastamento e, claro, enjeitando
qualquer responsabilidade naquilo que outros pensam, dizem ou escrevem.
Primária forma de estar. Cobarde forma de ser. Hipócrita
quanto baste, mas acima de tudo o resto, humilhante maneira de fazer sentir os
outros como inconvenientes quando nos dizem: “apaga lá isso, porque nos estás a
prejudicar”.
Só esta semana vivenciei dois episódios desta triste
natureza.
Quando assim é, e para tipos como eu, só nos restam duas
saídas. Apagar tudo o que, pelos vistos, pode ‘prejudicar’ terceiros e,
simplesmente, ‘sair’ de cena por manifesta revolta perante tanta cobardia alheia
e gratuita.
Há quem diga que tenho muito mau feitio para este tipo de
coisas. Por acaso até penso que isso não é verdade. Porque, na vida, bastam
apenas meia dúzia de valores. Inalteráveis, superiores, simples, totalmente
verdadeiros e imutáveis de tão sagrados que são.
A cobardia nunca poderia estar entre eles.
Apagas o que parece estar a preocupar os outros, voltas
costas e, se tiveres lata ainda dizes: “até um dia se Deus quiser”.
Foi o que fiz em ambas estas infelizes ocasiões. Só não
tive foi vontade suficiente para me despedir de rigorosamente ninguém.
Por vezes também acontece.
Foi o caso.
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