O Rei Sol.

 



A longa reunião de ontem da nossa Câmara, ajudou-me a esquecer um dia triste. Foi uma espécie de anestesia ao tempo. Doeu menos e passou mais depressa.

Não escondo, de forma alguma, que se tratou de um ‘encontro interpares’ de importância extrema. Ficou toda a gente com todas as dúvidas absolutamente esclarecidas, acerca dos tempos futuros. E, quando digo futuros, estou mesmo a referir 2025.

Curiosa reunião a de ontem. Teve direito a um pouco de tudo. Não me apetece escrever muito. A paciência, que nunca foi o meu forte e depois de ontem, terminou para certas farsas políticas.

Mas, não deixa de ser digno de registo que a nubi, enfermeira Baridó, cedo aprendeu o oposto às palavras lealdade, gratidão e humildade. Desconhece, e, pela postura que vem demonstrando e pela idade que tem, já não irá a tempo de aprender. Estas coisas aprendem-se em casa quando somos muito novinhos e depois a vida, pelo menos a de alguns, encarrega-se de fazer o resto. Militante há cinco ou seis meses e já procura ridicularizar a presidente da Comissão Política do Partido onde acabou de subscrever a sua militância.

A única oposição ao executivo, mais uma vez deixa passar o Intermodal, sem sequer ter perguntado qual o prazo para que as obras estejam concluídas e, principalmente, financiadas. Ou seja se ainda vamos a tempo de não perder o financiamento que já se encontrava garantido. É verdade, e o Intermodal vulgo estação de camionetas já tem projecto feito? E é  onde?

A super Vereadora começa a evidenciar bastante ansiedade que vai tentando esconder debaixo daquela capa de bonequinha, educadinha e que é incapaz de matar, não digo uma mosca, por ser forte demais. Fico-me mesmo por uma formiga.

Acerca do meu Conterrâneo, nada a apontar. Para bom entendedor, parece-me suficiente esta observação.

Destaco duas coisas.

Primeiro, a farsa ridícula, porque nem piada teve acerca do Município em Chamas e a célebre ‘Conferência de Imprensa’ e sua justificação. O Presidente em todo o seu esplendor de vulgar vendedor de banha da cobra, mestre na arte da manipulação.

Segundo, Os Globos de Ouro e a revista Caras do JMG em edição especial.

Não pondo em causa nenhum dos contemplados, pergunto: era necessário manchar de ilegalidade a primeira edição da atribuição de medalhas honoríficas no Concelho da Marinha?

Não, não era. Mas o presidente assim o quis. E, como se diz na Vieira, votados "ao farrafulho".

Não houve qualquer votação secreta e nominal, como vem na lei. Os galardoado(a)s são qpenas quem o presidente determinou.

Qualquer colectividade de bairro tem nos seus estatutos que a atribuição de galardões é feita COLEGIALMENTE. Primeiro, por proposta aprovada e apresentada pela Direção. Proposta essa entregue ao presidente da mesa da Assembleia Geral que a põe, primeiro em discussão e depois em votação.

Mas nós não temos um presidente colegial, temos um Rei absolutista, como foi o caso do Rei Luís XIV, que proferiu a famosa frase “L État c’est moi”.

“A Marinha Grande sou EU” aos dias de hoje, nas palavras de D. Aurélio I.

Como é que se vota a favor de uma ilegalidade?

E, pelos mesmos motivos, como é que alguém se abstém?

Eu sei porquê.

“Ficava mal”.

Querem medalhas, besuntem-se nelas (como disse a outro propósito Vasco Graça Moura), comprem vestidos novos e gravatas novas, finjam todos que se adoram e riam, riam muito para as fotografias da Revista Caras. Façam discursos politicamente correctos e com algum sentido de humor nuns, alguma nostalgia noutros.

Vocês merecem-se.

São todos iguais.


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