Numa democracia não sei se Goebbels tinha razão.

 

A história está cheia de factos criados e inventados apenas e só para que se produzam heróis de pacotilha. Normalmente estes perigosos factos criados já têm, nalguns casos há muito, solução encontrada, mas, … mesmo assim, querer fazer-se dessa mentira a realidade para se poder concluir mais tarde que os criadores do facto foram eles próprios quem solucionaram todos os problemas (que já estavam mais que resolvidos). Como os próprios estavam fartos de saber.

As conferências de imprensa, as fake news, algumas agências de comunicação mais não fazem que isso mesmo. Dividir para reinar. Inventa-se um problema grande (cuja solução já se encontrava previamente encontrada), faz-se um alarido com toques de ‘salvador da pátria’ com um conjunto de exigências, juntam toda a gente à volta da mesma mesa para atestar a importância do facto. E, o povo, na sua eterna ‘sabedoria’ acredita em tudo.

Recentemente aconteceu um episódio destes com o nosso Presidente da Câmara. Saiu-lhe o tiro pela culatra. Que é o que costuma acontecer aos mentirosos que não olham a meios para atingir fins.

Quando vejo este tipo de encenações, lembro-me sempre da 2ª Guerra Mundial, que para justificar a invasão da Polónia vestiram soldados alemães com uniformes polacos para justificar uma pequena quezília num apeadeiro de comboio, tornando com isso a Polónia num país invasor e a Alemanha no país invadido. Estranha curiosidade com o mundo atual.

O ICNF resolve encurtar a área urbana junto ao pinhal de Leiria, reduzindo-a a 55 % no nosso Concelho. O problema já estava devidamente resolvido na Comissão da Agricultura, mas, mesmo assim, o Sereníssimo Presidente Aurélio, convoca todos os que pode e os que não pode, chama a comunicação social e faz saber que: “é uma situação intolerável, grave e que vai exigir a sua rápida resolução”. Lá está o Presidente próximo do povo.

Toda esta pequena farsa foi rapidamente desmentida. E, o que fez ou melhor o que disse o Sr. Presidente: nada!

Rapidamente estamos todos a atingir o limite da nossa tolerância para com toda esta gente.

A todos os níveis!

Pelo menos em democracia costuma ser assim. Ainda há liberdade de expressão e existem eleições de quatro em quatro anos!