3 Assassinos.

 



Sempre gostei de escrever. Mesmo quando era miúdo. Já fazer cópias e ditados era outra conversa! A imaginação, a criatividade e a critica nunca se enquadraram dentro dessas formas de educação.

Muitas vezes escrevinhei na minha página do Facebook, muitas asneiras e disparates (alguns até ofensivos) e por lá os deixei a todos.

A única forma de saber se somos lidos é a contabilidade de likes e afins. Nada mais que isso. Então resolvo construir um blog onde, pouco a pouco, fui ganhando alguma visibilidade. A avaliar pelo número sempre crescente de leituras. Por dia, por mês e, obviamente, por texto.

“Quem escreve é para ser lido”, como um dia ouvi a um camarada de partido, com quem não mantenho qualquer aproximação ou afinidade – política e, principalmente, pessoal. Mas escreveu a frase certa.

Em todas as ocupações, todos gostamos de sentir que fizemos ou fomos capazes de fazer alguma coisa que desperte a atenção e a curiosidade dos outros. É por isso, essencialmente, que vou mantendo o meu bloguezinho vivo, que até os amigos do António leem e vão comentando com o meu puto. Acham os números de leituras chocante e invulgar para um blog escrito por um pai de um amigo deles.

Já escrevi milhares de palavras e frases. Já tive razão assim como, por vezes, dei por mim mais tarde a pensar que estive mal em relação a determinado tema ou até mesmo em relação a certas pessoas. Nunca apago rigorosamente nada do que escrevi, quando a conveniência, a mesquinhez ou interesse imediato assim o impunham.

Nunca fui “troca tintas”, por isso os detesto tanto. A todos.

A vida é plena de erros de todas as espécies. Ninguém escapa a essa sina. Prefiro conviver com todos os meus defeitos e sentir a consciência absolutamente limpa, apenas porque fui capaz de os assumir a todos. Pedir desculpa a quem a devo, do que andar pra ai dentro de uma manada qualquer a fingir que todos somos iguais e pensamos da mesma forma.

Essa é a mais velha das mentiras. Convivo muito mal com a mentira. Com a sua essência ou até mesmo justificação!

Nunca escrevi para um clube de leitores específico. Não me considero nem escritor e muito menos intelectual, como cobardemente sou apelidado pelos anónimos e frustrados que provocam os outros a coberto do tal anonimato. Para esses até o facto de se possuir uma licenciatura é motivo de escárnio e mal dizer. Mas isso reproduz apenas os complexos e frustrações de quem assim pensa, escreve e sente.

O meu pai, que de certo, foi a pessoa que mais amei em toda a vida, apenas tinha a instrução primária. Sempre me orgulhei disso fazer menção, porque para se ser grande, não são, de todo, necessários títulos académicos!

Vem este arrazoado a propósito de uma frase escrita após o texto que ontem escrevi.

O meu texto é dirigido a pessoas inteligentes e está aberto ao confronto de ideias. Quem se desviar do debate e da troca de opiniões, para se fixar no insulto ou na caça às bruxas, como já li por aí, exclui-se do grupo de pessoas a que me dirijo e não me merece qualquer comentário. Vozes de burro não chegam ao céu.

Armando Constâncio

Nenhuma guerra foi justa, porque não há guerras justas.

Nenhuma guerra foi justificável, porque não há guerras justificáveis.

Nenhuma.

Porque numa guerra mata-se e morre-se!

Isto nunca será justo em tempo algum.

Agora procurar justificações no injustificável só contribui para que se tente tapar o sol com a peneira.

Dito isto, todas e muitas foram as guerras em que os EUA participaram directa ou indirectamente não pode ser usado como termo de comparação.

Até porque, no que a guerras e guerrilhas diz respeito, penso sinceramente que tanto os EUA como a Ex-URSS devem ter o jogo empatado.

Neste momento estamos a assistir ao vivo e a cores a uma atrocidade sem tamanho nem justificação.

Mas há sempre uma pequena franja que procura, sem encontrar, uma justificação para tudo isto. Como o Camarada Jerónimo por exemplo. Mas há mais, mesmo por cá bem perto. 

Devem ser "os inteligentes" de que escrevia o citado supra.

Mesmo dentro do maior caos, há sempre um "inteligente" incompreendido à nossa espera. 

Nem que seja por cinismo puro e duro. Há sempre quem defenda o indefensável. Em nome de quê? pergunto eu:

Em nome de coisa nenhuma que relevo e importância tenham.

Nós, os "burros", cujas vozes nunca chegarão ao céu, como escreveu o mesmo supra citado, estamos assim proibidos de ir a jogo com esta gente. Não temos qualquer "categoria" para isso. Até porque os textos e opiniões auto proclamadas "inteligentes", não são, de forma alguma, a nós dirigidas.

Tratam-se de opiniões avulso escritas por quem se adora ler a si próprio. Várias e várias vezes.

Isto tem um nome, mas por pudor abstenho-me de o mencionar.


Comentários

  1. Quem, de alguma forma, tenta encontrar razões que justifiquem ou suportem as motivações da guerra e da violência, nem sequer merecem a tua escrita.

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