Quando somos sérios na política.
Quando, imbuídos de honestidade e pretendemos fazer política,
quase tudo vem envolvido de um misto de crença, sonho e uma enorme força de
vontade.
Como todos sabem, fui extremamente critico no que concerne à
gestão anterior, mormente no que dizia respeito à presidente e ao seu chefe de
gabinete. Figuras que reporto de uma ambiguidade tal, tiques de autoritarismo e
absoluta falta de cultura democrática.
Um dos resultados de todas essas características traduziu-se
numa total falta de projecto, de ideias e de compromissos. Era manter o poder
pelo poder, a sua única intenção.
Não fiquei minimamente surpreendido com o resultado destas
eleições:
1º Na minha terra o Partido Socialista obteve uma estrondosa
maioria absoluta. São muitos os responsáveis por isso, mas limito-me a destacar
o nosso reeleito presidente de junta, que com toda a sua competência, humildade
e dedicação à nossa causa construiu uma equipa de excelência.
Agora está mandatado por uma terra inteira para fazer passar
as nossas carências diversas que dependem do executivo camarário;
2º Dizer mal apenas por dizer mal, parece que dá votos, a
avaliar pelo constante obstáculo que o MpM revelou nos últimos 8 anos. Só para
se ter noção, foram chumbados 8 orçamentos, que tinham sido discutidos antes
com o PS e depois por uma desculpa ridícula, inventada na última hora, votavam
desfavoravelmente;
3º As reuniões de Câmara mais pareciam olimpíadas de
atletismo, porque o cronometro estava sempre a contar, a contar, a contar cada
minuto de cada intervenção fosse do público, fosse da oposição.
4ª Não saiu 1 único projecto das várias gavetas onde se
encontram todos eles com princípio, meio e fim no mandato anterior.
Feita esta breve
análise, facilmente se conclui que este Partido Socialista e até mesmo a
Coligação Democrática Unitária, não estão no executivo para bloquear tudo o que
mexe. Já deram diversas provas disso.
Vou dar três provas disso mesmo. Do que é ser uma oposição
responsável:
Todas as pessoas que se inscrevam para expor os seus
problemas junto do executivo, marcam a data e esclarecem o tema. Para que dessa
forma o executivo tenha tempo para se preparar. Possuem cerca de 6 minutos para
o fazer.
Pela primeira vez na minha vida usei este expediente
democrático e marquei a data e o tema da minha intervenção.
Falei e provei com documentos oficiais a minha razão e
demorei 16 minutos a falar. 16 minutos sem ter sido interrompido por quem seja. Pergunto: caso fosse a anterior presidente seria da mesma forma? Pois. Se calhar não era!
As respostas que obtive estavam completamente erradas,
porque a técnica que esclareceu o executivo mentiu.
Sei agora, de fonte segura, que o processo está em curso no
sentido da sua total resolução. Saúdo esta forma de estar.
Os montantes para ajustes directos que o presidente Aurélio possui agora são (com o voto do PS) 350.000 € substantivamente superiores aos montantes detidos pelo ex-presidente Paulo Vicente que tinha 150.000 € (que por manifesta vontade do MpM, já eram em demasia) e, consequentemente por proposta do Engº Aurélio e do Engº Carlos Logrado passaram para os limites mínimos que a lei prevê ou seja 75.000 €. Em consequência disto, todos os processos de obras, algumas bem simples ficavam limitadas a um tempo longo até chegar à fase de adjudicação.
Saúdo também esta nova forma de estar por parte dos partidos da oposição. E o presidente
Aurélio deveria colocar a mão na consciência. De facto, nós PS/CDU somos
diferentes.
Sobre o terminal rodoviário no parque da Móbil, mantivemos o
que já tínhamos apresentado, orçamentado, aprovado e financiado a fundo
perdido. Para além disso, este projecto marca claramente uma linha vermelha que
o Partido Socialista nunca irá transpor.
Deixemo-nos de truques infantis, como o Engº Aurélio
pretendeu utilizar a votação dessas obras.
O Partido Socialista não é bengala de ninguém. Até porque
bem vistas as coisas, quem precisa de quem, neste contexto governativo saído das
últimas eleições? Não é o PS naturalmente. E muito menos a CDU.
Sugiro portanto que não se desgastem com birrinhas infantis
e façam tudo o que estiver ao vosso alcance pelo nosso Concelho. Têm tudo ao
vosso dispor.
Para terminar recordo que o sentido de voto dos Socialistas
foi o da abstenção por tudo o que já mencionei e ainda pela vontade manifesta
de integrar técnicos superiores internos ou externos para que os problemas
diários com que se irão deparar possam fluir rápida e eficazmente.
Como vê, Engº Aurélio o senhor reúne duas particularidades
raras numa só pessoa:
1ª Trabalha com uma oposição construtiva (coisa que NUNCA fez
aos seus antecessores);
2ª e mais curiosa: o seu nome é dos escassos nomes que têm
as cinco vogais. Talvez seja um bom presságio!
Bom trabalho.
Pensem sempre nos outros antes de pensarem em si
próprios e nos vossos interesses.
Na política, como cada vez fica melhor evidenciado, não vale tudo!
Amigo Rui, como sempre os meus parabens. A tua isencao e algo maravilhoso no mundo de hoje . Quando tens que elogiar, a tua humildade, educacao e formacao assim permitem, es unico. Nao tendo de todo necessidade de alimentar esse ego, que e algo fora do comum. Parabens!!!
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