A esquerda, essa odiosa forma de estar.
A pior 'coisa' que se deve fazer no facebook é
responder a comentários. Mormente quando se tratam de respostas a Amigos. Mas
como sempre pensei pela minha cabeça e, sempre tive dissabores com essa forma
de estar, que se lixe:
Nunca pretendi ensinar rigorosamente nada a ninguém. Nem sequer aos meus
filhos.
Se digo que sou de esquerda, isso não faz de mim um
homem melhor ou pior que uma pessoa de direita ou, até mesmo, sem qualquer tipo
de ideologia.
Entre muitas, mesmo muitas outras coisas, para mim ser-se de esquerda,
significa, acima de tudo, pensar-se nos outros.
Sim, nos outros. Naqueles que dormem no chão, aqueles
que não têm trabalho, aqueles que não têm acesso a cuidados médicos, educação e
justiça.
Esta forma de se ser, não pode nunca ser confundida
com 'estar do lado dos chulos da sociedade' por quem, pelos vistos, muitos
sentem ódio. Para mim, que nunca me envergonhei de me assumir como católico,
trata-se apenas de 'misericórdia'. Palavra gasta, bem sei. Palavra eterna,
contudo.
Numa noite de muito vento e chuva, há muitos anos, era
eu adolescente, fui-me despedir do meu pai, como fazia todos as noites, já ele
estava deitado e disse-lhe assim: "gosto tanto destas noites. ficamos no
quentinho com este temporal lá fora". O meu pai respondeu-me textualmente:
"olha, eu não! Penso sempre naqueles que estão na rua e não conseguem
dormir, porque nem casa, nem quarto nem teto têm que os proteja". Estas
foram as palavras do meu velhote. Integralmente. Nunca as consegui esquecer.
Ontem escrevi um texto sobre a esquerda e as preocupações sociais inerentes a
todos os que se dizem pertencer a essa ‘família política’. Fiz referência ao
António Guterres, entre outros.
Vou limitar-me a transcrever esta soberba resposta que
obtive do meu velho Amigo Tito Batista com o aplauso da minha também muito
Amiga Miguel Feteira.
“Rui António , quais são as “políticas sociais e de
esquerda” ?? Sem contar as de encher os bolsos dos amigos. O Guterres é um zero
à esquerda, por isso foi para a ONU, para onde vão todos os que depois querem
tachos no fim… a ONU está obsoleta, ele até já conseguiu por a ONU à beira da
bancarrota e agora anda a tirar fotos com as calças pelos joelhos a pedinchar
mais uns milhões para “salvar” os pobres da subida do nível do mar. O governo
da tal ilha até teve vergonha e já desmentiu publicamente que tenham algum
problema com o nível das águas… se ainda acreditas na Pai Natal, lamento, não
esperes é que os outros não pensem pela própria cabeça. Só para acabar, tenho
„ódio” a tudo o que seja chulice, seja da direita, da esquerda, de onde for.”
Olha Tito, quanto ao ódio não respondo, limito-me apenas
a lamentar.
Resta-me no entanto concluir, que todos, mas todos, estamos errados. Menos tu e a Miguel, obviamente.
Está o Guterres e todos, sublinho, todos os
países do mundo que votaram unanimemente a sua reeleição para Secretário Geral
da ONU e a revista Time, evidentemente.
Sabes, quando se trata de ter orgulho em ser
português, não basta abanar a bandeira, cantar o Hino, sublinhar datas fascistas e
nacionalistas e, claro, … idolatrar-se o Cristiano Ronaldo!
Felizmente para nós, existem muitas coisas, factos e
pessoas igualmente importantes. Mas isso digo eu que prefiro ler a Time a
revistas de carros e golfe.
Olha, são opções.
Pelos vistos sou eu que fico a perder com as minhas
escolhas de merda!
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