BIP 25 e 50 anos de associados!

 



À medida que vou, digamos, ficando com mais anos em cima, dou por mim a desvalorizar quase tudo. E, no entanto, valorizo cada vez mais e mais, quase nada!

Deve ser normal esta atitude. Pelo menos é a que me vou habituando pela observação de outros. Mais velhos ou pouco mais velhos do que eu.

Deve ser mesmo da vida e de quem a vive.

Valorizam-se cada vez mais umas coisas em detrimento de outras.

Soube há uma hora que me tinha sido atribuído a mim e ao meu ‘irmão’ Raúl, o ‘titulo’ de Sócio Honorário da Biblioteca de Instrução Popular.

De todas as distinções que aquela simples, antiga e mui prestigiada Instituição pode conferir, o estatuto de ‘Sócio Honorário’ é, de todas, a de maior prestígio.

Não posso dizer que fiquei indiferente a esta distinção. Não fiquei. De todo. Aliás, só me poderia sentir confortável, caso as coisas se tivessem passado como passaram. Eu e o Raúl na mesma noite, ao mesmo tempo.

Fiquei mesmo feliz, se querem saber. Feliz e sem jeito, porque, como sempre venho dizendo, as coisas mais importantes da nossa vida são sempre as mais simples.

Não consegui guardar apenas para mim todas estas sensações.

Fiquei feliz demais.

Por mim, pelos 20 anos que por lá andei, pelo Raúl que ainda por lá anda. E, de resto, sempre andou e andará e claro, pela menina dos meus olhos que foi, é e sempre será a velha Biblioteca de Instrução Popular!

Por lá fizemos acontecer um pouco de tudo. Tudo isso não importa agora.

Nem a fundação e a passagem do meu avô António nesse processo inicial, nem a passagem do meu pai, por diversas direcções, nem rigorosamente mais nada.

Importa e importa-me, acima de tudo, ir contando aos meus filhos a importância da BIP na vida da nossa família e de toda a comunidade de vieirenses, porque sempre acreditamos na generosidade dos seus princípios fundacionais, na fraternidade entre os seus sócios e no seu monumental lema:

“Instruir é Construir”.

Obrigado.

Fizeram-me muito feliz. A mim e ao Raúl certamente!

Sinto-me, finalmente em absoluta paz com a minha Biblioteca. Falta-me tão pouco para me sentir finalmente em harmonia com tudo o que me rodeia e efetivamente importa. Muito pouco mesmo.


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