Coragem e Razão.

 



Não é a primeira vez que os vieirenses se confrontam com um presidente de Câmara, digamos, indiferente.

Quando o Partido Socialista ganha a Junta de Freguesia em 1990, após 10 anos de administração Comunista, o executivo camarário continuou a ter como presidente João Barros Duarte. Talvez por isso, a nossa Câmara foi tão dura para connosco. É a única explicação que encontro, pois reconheço, tal como tantos, a inteligência e sagacidade políticas daquele presidente de Câmara.

A nossa freguesia era presidida pelo Jacinto Filipe, que se depara com aquilo a que podemos chamar de ‘os doze trabalhos de Hércules’.

Um deles, era a construção do edifício sede da nossa Junta.

O presidente João Barros, criou, inventou, bateu o pé e teimou com todas as forças que tinha para ‘desviar’ o local onde hoje se encontra a nossa ‘Casa da Democracia’ para tantos lugares alternativos, que muito poucos hoje, imaginam como possíveis (desde que não fossem centrais). Até o terreno onde hoje se encontra a pré-escola sugeriu.

Foram confrontos dantescos, entre os dois executivos e os dois presidentes! A tudo dissemos não. Digo bem, ‘dissemos’, porque a boca de um presidente de Junta é falar e defender todos os que representa. Os que nele votaram ou nem por isso.

Repito: defender todos os que representa!

Só no primeiro mandato do presidente Álvaro Órfão, o terreno onde actualmente se encontra a nossa Junta é cedido para a propriedade da freguesia. Passados QUATRO anos de desgaste absoluto e totalmente desnecessário.

A 15 de Novembro de 1997, é lançada a primeira pedra da Nossa Casa, tendo as suas portas sido abertas ao povo apenas a 25 de Março de 2001 pelo Paulo Vicente.

Escuso-me, por agora de resumir tantas e tantas obras públicas que existem na Vieira desde então.

Resolvi escrever este pequeno ‘lembrete’, depois de ter lido a única resposta da Professora Cidália ao JMG, quando lhe é perguntado acerca das obras na nossa freguesia.

Ocorrem-me duas palavras:

Tenha Vergonha!


Comentários

  1. Saudade do tempo em que o combate político era duro mas leal, mesmo com os adversários políticos.

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    1. Lealdade pois. Coisa imprescindível a uma governação ou a qualquer outra função pública, sobretudo quando exercida em equipa. Mas, como bem sabes, a lealdade e o carácter, andam sempre de "mãos dadas"...e o carácter não é coisa que abunde por estes dias e, lá para esses lados, parece até que não importa nada 😉

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