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Talvez possam pensar que quando escrevo sobre política local eu esteja, de alguma forma, ressentido, ressabiado ou mesmo até, mal resolvido com o meu Partido político de sempre. Tantas e tantas coisas têm sido ditas a meu respeito nesse aspecto. Nada disso me importa. Rigorosamente nada!

Podem pensar tudo isso e muito mais, mas a verdade é que tudo o que se tem passado nestes últimos quatro anos me tem, acima de qualquer outra coisa, entristecido profundamente. É que eu, venho lá de longe e na minha casa sempre ouvi falar da política, da democracia e da liberdade como as mais nobres e mais belas de entre todas as coisas mais belas. A política transforma-se sempre na forma mais digna de servir os outros, uma causa, um ideário! Pelo menos foi o que sempre me tentaram ensinar. Coisa pouca, portanto.

Ainda dou por mim a tentar passar estes mesmos valores aos meus filhos. Face a tudo o que tem sucedido pelo mundo, por Portugal e pelo nosso Concelho e Freguesia, tenho de reconhecer que não tem sido tarefa fácil. É o que faz ter filhos atrevidotes, inteligentes e com ideias próprias. Enfim, é o que vou tendo (com enorme orgulho, diga-se!). Sempre adorei falar com gente com ideias próprias. Coisa que deixou de existir no PS da Marinha ultimamente! 

Mesmo que não estivesse a passar por esta fase magnífica da minha vida, seria tudo igual ao que agora é. Limitava-me a dizer, a pensar e a ser coerente comigo próprio. Sempre. Porque sempre fui assim. Não é novidade para ninguém.

O processo autofágico que decorre no Partido Socialista da Marinha em nada me espanta. 

Diria o mais elementar bom senso, para ficar caladinho, à espera, que tudo ruísse. Não quero nada do Partido Socialista, aliás, nunca quis. Não quero lugares, prebendas, influência. Não quero nada de ninguém. A ninguém devo, rigorosamente nada. Há muitos anos que estou por conta própria. Nada pretendo. Nada. Estou bem como estou. Sou um gajo feliz. Nada mais que isso. E, confesso, já é muito. 

Todos os lugares que ocupei no PS, foram sempre porque alguém quis que eu lá estivesse. Quantas foram as vezes em que só depois de lá estar, por exemplo, no Secretariado da Comissão Política perguntava "quantas vezes é que tenho de lá ir?". "uma vez por semana". "Olha que me....da de vida a minha. Quem é que te mandou lá pores o meu nome?"

Nesta foto de família faltam dois homens bastante relevantes para a Vieira. O Joaquim Vidal e o Álvaro Cardoso.

Irei tentar resumir, como já disse, tim tim por tim tim, todas as obras públicas em que todos eles tiveram uma participação e influência directa e determinante.

Estou-me a borrifar completamente para as cores partidárias dos responsáveis por qualquer obra feita.

Nada disso me interessa.

Interessa apenas e no fim, fazer as devidas comparações. Como todos constatarão vão ser brutais. E faço questão de apresentar as origens dos financiamentos de cada obra. Só por causa das coisas!

Acabarei com a única obra realizada na Praia com dinheiros exclusivamente camarários. Uma obra arquitectónica, que reporto de absoluta excelência (merecedora do Prémio Valmor), como, daqui a uns meses poderão comprovar e até concordar com a atribuição desse galardão, apenas oferecido aos melhores de entre os melhores arquitectos do país. 

Enfim e como alguns dizem, tivemos o pior executivo camarário de todos os tempos, incluindo alguns de antes do 25 de Abril. Ao menos esses, podiam fazer pouco ou mesmo nada, mas sempre souberam estar! 

Coisas de berço!



 


   

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