No fio da navalha

 


 

 

Por vezes.

Cada vez mais vezes

Ultimamente,

Só me tem apetecido,

Só me apetece aliás,

Voltar a viver nos limites de todos os meus limites.

Tem sido assim, nas últimas semanas.

Nem sequer sei,

Nem me apetece muito bem tentar saber

Porquê.

Mas,

A noção de finitude,

Que sempre me acompanhou,

Pela vida toda,

Passou, de novo, a ser presença constante.

Talvez porque, há anos que não me sentia tão preenchido.

Tão, “insuportavelmente” feliz.

E, nestas coisas de felicidade,

Particularmente, comigo, …

Passaram a ser,

Formas estranhas de estar

E de ser.

Como em quase tudo o que é mensurável,

Existem 'medidas' ou 'graus' para tudo.

Para a felicidade também.

E, quando se ultrapassam todos os limites possíveis

E conhecidos, ... 

Desconfio.

É o que costuma acontecer a quem levou porrada demais.

Passei a ser assim.

Só por causa das coisas!


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