Redes Sociais e outras tretas acabadas em ais!
Novo Ano.
Há muito que não tenho paciência nenhuma para posturas, frases
e textos ‘feitos’, clichês desenhados para circunstâncias, ‘tempos’ e ocasiões
definidas, tipo: Natais, Passagens de
Ano, Aniversários e dias disto e daquilo.
Com o advento das redes sociais, estas ‘coisas’ atingiram o
máximo do seu esplendor ie, da sua pequenez e vulgaridade absolutas. Todo
aquele cinismo pequenino de tão mesquinho e falso que é. Tem sido isto que nos
vai bastando.
A todos.
Repito, a todos.
Porque, mesmo aqueles, que se vão escondendo por detrás dos
arbustos apenas para irem lendo o que outros escrevem, também contribuem para a
manutenção e crescimento destes novos ‘hábitos’ de ir celebrando tudo, como se
a vida, ela mesma, não passasse de uma única, enorme e permanente festa.
Evidentemente, que estas novas formas de ser e estar, são
comummente aceites pela maioria. Não existem quaisquer opiniões. Apenas e só,
bonequinhos da treta e frases feitas. Caso nunca tenham pensado nisto, fica a
sugestão: de tudo o que vão recebendo no faceboock, instagram e twitter, quais e
quantas são as opiniões que vos apresentam? Provavelmente nenhuma, porque
manifestar uma opinião, não é para todos, embora, todos as tenham.
Penso que devemos ter consciência que as redes sociais mais
não são que novas formas de cobardia hipócrita, de todos, e são a esmagadora
maioria, que continua nas trevas do querer agradar a todos e toda a gente. Só
que, bem vistas as coisas, já ninguém, em boa verdade, consegue esconder quem é,
mesmo que se recuse a aparecer, a opinar, a ter um pensamento, por mais errado
que seja.
Hoje, já quase ninguém é! Porque todos ou, felizmente quase
todos, se limitam a fazer parte de uma qualquer lista de amigos. Que de amigos
nada têm, nada são e nada acrescentam. Limitam-se a constar de uma ‘lista’
maior ou menor. Uma lista de figuras, que mentem constantemente umas às outras
e vão somando ‘likes’ orgulhosamente. E, são sempre os posts sem qualquer
opinião (tipo fotos de família e aniversários) aqueles que mais ‘likes’ vão
somando ou seja, vivemos ao segundo, todos mergulhados numa imensa falta de
verdade e de vergonha.
Por isso resolvi sair do fb.
Mesmo saindo do FB, continuo a procurar-te para te ler. É, por vezes, terapêutico. É conhecer-te melhor, é ir às tuas raízes tão mestremente fundadas. É abanar muitas vezes a cabeça, é derramar uma lágrima algumas e sorrir outras tantas. Isto só pode ser amor. E é.
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