O Boçal
Se existe uma virtude clara da democracia é permitir que uma
figura destas ou até mesmo um partido fascista e socialmente perigoso, um dia
por ter ganho umas quaisquer eleições, tome posse e desempenhe o seu papel, o
seu ‘ideário’ e as suas políticas até terminar o seu mandato, democraticamente
escolhido pelo povo!
Coisas da política, da definição de democracia e da sua
noção proveniente da Grécia clássica: ‘o poder do povo, para o povo’.
Considero-me um democrata e partilho vivamente desta
leitura. Seja quem for que ganhar umas eleições justas e democráticas deve
exercer o poder, dentro dos limites constitucionais de cada país.
Infelizmente, hoje em dia, existem muitas figuras
completamente anti democráticas a exercer o poder por este mundo fora,
desrespeitando as diversas constituições e os mais elementares direitos
humanos.
Alguns exemplos com vários anos, como na China, Rússia, Médio
Oriente, pequenos e grandes países de África, Coreia do Norte, etc.
As conveniências e o ‘business as usual’, tem orientado os
países do velho Mundo. Fecham-se os olhos aqui, fecham-se os olhos ali e o
mundo vai girando na sua aparente ‘normalidade’.
Neste domínio, Portugal tem tido, infelizmente, alguns
exemplos de absoluta falta de princípios básicos que qualquer democracia pode e
deseja possuir. Poderia citar, Angola, CPLP (com a Guiné Equatorial à cabeça
tristemente incluída por um Governo Socialista), etc, etc, etc.
Cedo compreendemos que o dinheiro, corrupção e interesses
instalados se sobrepõem a tudo o resto. Foi sempre assim, será sempre assim!
A democracia consentiu que este enorme boçal anti democrata,
racista e xenófobo fosse eleito e mantido no seu cargo. Apesar de todos os
pesares do seu percurso como presidente dos EUA, permaneceu até novas eleições.
Ontem, não foi apenas um dia triste para os norte
americanos. Ontem, foi um dia triste e lamentável para todos os democratas do
mundo inteiro.
Será, que ainda existem portugueses que se revêm nesta
figura?
Existem como é óbvio!
A gente asquerosa e cobarde sempre existiu. E lá se vão
sentindo respaldados à sombra desta sinistra e curiosa personagem.
C’est la vie!
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