Editoriais da Marinha. Disparate, da Armada.

 

Estava um raro dia de sol para esta época. Talvez por isso, GPTâncio estava tão bem-disposto, coisa que há alguns meses não acontecia. O “seu” Partido Socialista da Armada não lhe dava tréguas ou qualquer sinal de obediência. GpTâncio tem ultimamente optado por uma técnica já gasta de se “largar” no fim das reuniões e deixar o odor para os outros cheirarem, porque prefere fugir logo depois de atirado o peido. Assim à 'queima roupa'. Fica o rebento, que deve ter alguns problemas sérios de complexo de Édipo, porque fica completamente histérico com a saída do papá a ouvir todas as mais diversas formas de discordância e repulsa pelo cheiro nauseabundo ali largado.

E lá grita e chama o pai de sr. GpTâncio quando a ele se refere. Sempre secundado pelo S. Martinho das ambulâncias, Cacaranha da Rivieira e o testa de ferro Dr. Toscânia, ilustríssimo advogado da nossa praça que com dois anos de militância se chegou à frente para presidir à CPC do PS da Armada. A chamada ‘coisa esperta’, porque de um testazita de ferro se trata, embora pense que não.

Tem uma voz bonita e bem colocada. Não podemos nunca subestimar estas maravilhosas e difíceis qualidades num putativo líder. 

Adiante.

Tem ficado, cada vez mais clara a estratégia de GpTâncio, uma espécie de coligação pré ou pós-eleitoral com o 'Ex Vereador Logro dos Cemitérios' e a 'Dª. Élvira das Matemáticas eleitorais' para governarem o município no pós outubro de 2025. GpTâncio estaria nas suas sete quintas. Influenciava na sombra (como sempre gostou) as duas forças políticas (se é que tirando o PS da Armada) o outro triste grupo se pode considerar força alguma. Mas dá jeito ao GpTâncio e à D. Élvira das matemáticas eleitorais que o povão pense que o (+PS da Armada) represente um número substantivo de Armadenses. Com esta estratégia surreal ainda sobrava tempo ao GpTâncio para manter os ou um dos atuais vereadores que se auto excluíram do partido que os elegeu.

Naquele dia de sol GpTâncio telefonou ao ‘Doutor em 18 de Janeiro’ para fazer uma encomenda.

“Tou? Doutor em 18 de Janeiro? Tá bonzinho? Ainda bem que fizemos as pazes Doutor. Era para lhe pedir um editorialzinho a esbardalhar a Nª Senhora de Fátima e o Paulo Valente.”

“Como está senhor GpTâncio? Pois é, ainda bem que fizemos as pazes, ainda mais agora que tive de acabar com o blog das Calhandrices a mando do Lélito, o pateiro. Parece que aquilo estava a fazer mais mal que bem aos gajos. Veja lá GpT os sacrifícios que eu e o 'vende empresas às fatias' fizemos durante tantos anos! Porra não se faz! 

Só tive mesmo pena de não ter sido oficialmente contratado para a equipa de comunicação. Espero que o sr. não tenha tido nada a ver com o voto contra dos vereadores Fanhoso e da Cagari Cagaró que votaram contra a minha entrada na comunicação da Câmara naquela infeliz reunião.”

GpTâncio que já nessa altura mandava em todas as opções e escritos dos vereadores que mandaram o PS bardamerda, respondeu: “Nem pense nisso Doutor em 18 de Janeiro. Eu mal falo com eles, coitados que estão tão desamparados e sozinhos. Tenho mesmo pena deles pobrezinhos. Nunca vi nada disto no PS. Cagarem assim nos vereadores eleitos. Lamentável.”

“Eu gostava mesmo era de fazer parte da equipa da ‘Princesa Rapunzel da comunicação’ aquela da Rivieira que vive de costas voltadas para o mar. Tanta fotografia tira e tantas notas de imprensa escreve mais dezenas e dezenas de posts no fb da Câmara, que sinceramente não sei como tanto trabalho é feito por uma só pessoa. O que lhe deve valer coitadita são as horas extraordinárias. Ouvi dizer que a ‘Anita na Vereação’ não gosta muito dela, só que, …….. enfim tem de se conter. Mas como toda a gente sabe, "o amor tudo vence." Até o invencível, acrescento eu, que sei do que falo. eheh.”

“A Rapunzel é competente Doutor em 18 de janeiro. Sempre foi. A Anita na vereação tem de se conformar. Posso contar com o seu editorial isento, como é seu apanágio?”.

“Claro que pode, mas com uma condiçãozinha: quando voltar ao Orgão, como a Anita na Vereação gosta de dizer, nem sei porque tantas e tantas vezes fala no Órgão. É estranho, mas pronto sempre poderia falar em piano. Era mais fino e não dava grandes hipóteses de começarem a pensar coisas. Orgão prá qui, Orgão prá li. São muitos orgãos. Enfim, cála-te boca! Dizia eu GpT quanto ao tema do aumento da equipa de comunicação, posso contar com os seus vereadores?”

“Óh doutor em 18 de janeiro, claro que pode, mas nunca tivemos esta conversa, não vá a Nossa Senhora de Fátima pensar que eu controlo os Vereadores auto renegados, ok?”

“Pode ficar descansado GpTâncio. Como sabe, eu sou um poço sem fundo. Nunca cometi nenhuma inconfidência, nem mesmo aquelas que a Emplastrina sempre me contou. A Emplastrina até é porreira. De vez em quando compra-me meias páginas de publicidade da grande Universidade sem a qual eu não seria ninguém. Depois só tenho de lhe fazer umas entrevistas da treta. Sai-me barato e ela coitadinha, fica toda contente e lá se vai largando com mais publicidade. Só não lhe posso é fazer perguntas sobre os dinheiros do PS quando ela mandava na Secção local. Umas maldades que lhe fizeram, veja lá. Queriam ficar com o gadé da Secção. E ela e muito bem deu-lhe descaminho. Tá a ver como nunca conto as coisas que eu sei. Ai, sr. GpTâncio, se eu contasse tudo o que sei. Se eu contasse, esta terra deixava de ser uma cidade e voltava a ser uma vila ou talvez mesmo uma aldeia. Fique descansado que vou escrever um Editorial à medida. Viva a Banda da Armada. E viva o Gonçalo da Câmara Pereira que gosta dos gajos que dão porrada nas mulheres. Faz parte dos hábitos da nossa cultura lusitana. Pelo menos foi ele que disse. E eu no fundo, no fundo sou um homem conservador e tradicionalista. Só tive pena que o tivessem fechado à chave e só o soltaram no dia das eleições. Poderia ter dito outras verdades que ninguém tem coragem de dizer.”