Vamos ser sinceros!
Há muito tempo, porque não é de agora, que tenho, “asco” a
este governo!
Já chega!
Talvez por cobardia política, nunca falamos dos nossos
interesses, sempre que com eles mexem. Nomeadamente quando são os do nosso
partido que connosco são injustos!
Sempre serei um gajo de esquerda. Com preocupações sociais.
Com um firme propósito de igualdade de oportunidades para todos, com a necessária
e inegociável ideia da saúde e educação gratuitas para todos. Da existência de
uma política fiscal justa e equilibrada.
Não sou, nem nunca serei contra os ricos. Nunca! Porque a
igualdade não existe. Nunca existirá. Todos nós somos diferentes. Até dentro da
mesma família. Sempre detestei formulas estúpidas de obrigar a ser igual o que
sempre será diferente.
A Social Democracia é a minha praia.
Nunca serei liberal, como nunca serei comunista.
Os tempos que se vivem preocupam-me, porque estão a dar
espaço a extremismos evitáveis e perigosos. Não tenho qualquer pudor em admitir que admiro
politicamente, Francisco Sá Carneiro, Diogo Freitas do Amaral, Francisco Lucas
Pires, Carlos da Mota Pinto, Ribeiro Teles, Adriano Moreira e tantas e tantas
figuras do centro direita.
Não devemos confundir as nossas ideias políticas com quem
pensa diferente de nós, mas tem valor, inteligência, coerência de princípios,
etc.
Estou farto da "Gauche Chic”.
Farto!
Herdei um terreno na Nazaré, que estava avaliado pelas
finanças em mais de 1.000.000 de euros!
Eu e o meu primo Zé, tínhamos ½ cada um.
A Exmª Senhora Doutora Mariana Mortágua, um dia lembrou-se de legislar. Contra os "ricos" (culpados de todos os males do mundo para toda essa triste gente) e, vai daí, inventou o chamado “imposto Mortágua”.
Para além do
IMI que sempre pagámos (e nunca foi pequeno), teríamos de passar a pagar ao
Estado 0,5% ao ano, do valor patrimonial do terreno. Terreno esse que não
produzia qualquer riqueza.
Durante 7 anos paguei esse famigerado imposto, até que deixei
de o poder fazer e resolvi pôr o Estado em tribunal e exigir a devolução de todas
as importâncias pagas!
Ganhei e devolveram-me tudo até ao cêntimo. Porque, de um
terreno se tratava. E, quando a lei tinha sido aprovada, não incluía os
terrenos como “alvo” desse imposto.
De cada vez que o Partido Socialista é governo, os pequenos
proprietários são encarados como gente rica e párias da sociedade. Gente a
abater na legislação produzida.
Todas as alterações à lei das rendas são sinónimo desse ódio
de classe.
“Tens alguns bens imóveis? Então, espera lá que já te
castigamos!”
Nunca ouvi ninguém do PS dizer o óbvio.
Se és senhorio de uma casa, loja, armazém ou alguma
instalação fabril e se o contrato for anterior a 1990, todos os governos PS,
estão contra ti.
Por isso, há famílias que vivem em casas ou apartamentos e
pagam, como tantas na Vieira, 35 € por mês!!!
Por exemplo, o Café Liz, na Vieira, paga,
líquidos, ... 270 €/mês!
Brutal.
Brutal, e legal!
E, aos olhos do Estado Português e do
Partido Socialista, justo.
Agora, com o chamado pacote da
habitação, é o que se está a ver.
Arrendamentos coercivos de casas
devolutas.
E, os milhares de edifícios do Estado
devolutos, ficam onde, nesta lei?
Mas, o negócio do Alojamento Local passou
a ser considerado, obra do demónio e o Estado sente-se no direito para o
estraçalhar. Não vão os seus proprietários estar a ganhar mais do que o Partido
Socialista pense moralmente justo.
Mas que gente é esta?
Socialistas? Social Democratas?
Não!
Apenas imbecis, cínicos e incompetentes
de circunstância!
Tou farto.
O RAP, esta semana no “Governo Sombra” (nós podemos dizer o nome) comentando o discurso do Marcelo, com o qual por esta vez estou basicamente de acordo, traduziu o “recado” do PR desta forma: “Bem o Governo não é grande coisa, mas oposição credível não existe e a que aparece é ainda pior”.
ResponderEliminarEssa é a verdade, os estadistas/senadores que evocas, a que te falta acrescentar o “tempero” de Álvaro Cunhal, Carlos Brito, Mário Soares, Jorge Sampaio, Salgado Zenha, etc., já não estão presentes na política portuguesa, e pior, permitiram que as regras da democracia afastasse os honestos e competentes deixando que outros fossem colhidos do lodaçal dos interesses, com agenda pessoal, que foram propostos e o Povo elegeu.
Não foram competentes para cuidar a sucessão Laica e Republicana do Estado Social. Em vez de apoiarem e promoverem cidadãos competentes e impolutos, deixaram que o poder fosse dominado pelos interesses, com a conivência de Belém, de que só no decorrer deste mandato se vê cínica preocupação.
É uma teia vergonhosa e insondável. Aquelas pessoas entendem-se de outra casta, da casta do poder, imunes às consequências dos aproveitamentos imorais e da distribuição de prebendas por familiares e amigos.
De resto, louvo-te a assumpção da coragem que te assiste e a liberdade que te conheço, ao dizeres o que pensas, sabendo bem das infelizes consequências da denúncia, mas não as temendo.
De acordo ou não contigo nalgumas das tuas exaltações, também eu te digo que, por exemplo, Adriano Moreira, Marcelo que não referiste, e outros, por muito elevado que seja o seu pensamento actual, não merecem estar na galeria que eleges. Fizeram parte dum passado tenebroso e só os de muito boa vontade lhe atribuem o arrependimento, por eles nunca confessado.
Perdoar torna-nos mais leves, mas nem todos merecem o nosso perdão, porque nada fizerem por merecer.
Como se costuma dizer, “quem não se sente não é filho de boa gente”, e nós somos de boa cepa.