Padrinhos Velhos e Salsichas frescas.


 

Hoje acordei bastante calmo, bem-disposto e muito sereno, coisa que, confesso, não acontecia há alguns dias.

Tinha acabado de pôr o sono em dia de 3 diretas. Jantei ontem com Amigos com quem não partilhava o tempo há meses. Como digo à Helena tanta vez, a melhor coisa que pode existir entre pessoas que se gostam é mesmo matar saudades.

Isto dá para os amores, para os Amigos, para os filhos e para toda gente de quem gostamos acima de qualquer outra coisa na vida.

Só não dá para mim e para a Lígia, porque entre eu e ela, temos de conversar, mesmo todos os dias. Ritual antigo e indispensável.

Foi ficando assim a nossa forma de vivermos um com o outro. Mesmo antes dos telemóveis existirem. Por vezes, nem que seja apenas com a sagrada pergunta: “não me digas que já estavas a dormir?”

Mas dizia eu, hoje acordei a horas decentes (4 da tarde) para ter recuperado de 3 noites anteriores muito mal dormidas.

Li a entrevista maravilhosa, para não dizer extraordinária (que é uma palavra muito em uso naqueles meios onde se utilizam sempre as palavras que ou por isto ou por aquilo passam, de repente, a fazer parte da linguagem recorrente de certas pessoas giras, queridas, finas e tal). Neste caso, foi uma entrevista fantástica com a “Alice, no Concelho das Maravilhas", Ana Alves de seu nome – única candidata a Presidente da Assembleia Municipal da Marinha Grande -, porque a minha querida Alexandra Dengucho e a Catarina Sarmento e Castro, para Jornal do Mpm não são nem nunca foram candidatas a nada. O editorialista nunca, até hoje, se lembrou de lhes fazer qualquer entrevista. Terá, como sempre, uma inteligente e original forma de se desculpar.

Coisas da imparcialidade ou do coração.

Agora, se as houver, já vêm tarde, atendendo a que a última candidata foi a única a ser entrevistada, como se as anteriores candidaturas não tivessem sido apresentadas há semanas e semanas atrás.

Coisas de jornaleiro. Apaixonado. Pela sua profissão, bem entendido! A de 'jornalar'.

Li aquilo e fui tomar o pequeno almoço, continuando bem-disposto evidentemente, atendendo ao facto de ter ficado a saber que temos vivido no melhor dos mundos, com a mais fabulosa gestão municipal de que há memória desde 1976.

Ainda bem que assim é!

Após o meu pequeno almoço caseiro e o primeiro de – agora poucos – cigarros do dia, lá fui até à minha Junta de Freguesia dar conta da atual fase do ‘Livro de Poemas de todos os vieirenses’ que terá por título:

“Vieira do Liz – Poemas, rimas e versos –“.

Reunião calma, amiga, profícua.

Voltei para casa feliz a pensar o que deveria fazer p o jantar para mim e para o meu Joãozinho, que quase me proibiu de gastar dinheiro a jantar fora, porque, segundo ele, esse dinheiro é o mais mal gasto de todo o dinheiro que se pode gastar.

Quando passámos pela pandemia, vivia com ele, tal como agora e vi-me obrigado a aprender a cozinhar.

Detesto cozinhar com gente à minha volta, assim como detesto lavar louça depois de ter acabado essas tarefas, pelo que vou lavando tudo ao mesmo tempo que vou fazendo as coisas.

Hoje, lembrei-me de fazer, mais uma vez, a nossa refeição favorita, salsichas frescas enroladas em couve lombarda. Comprei uma coisa diferente: salsichas frescas brasileiras e fiz puré de batata, conforme foto anexa.

Depois li uma mensagem extremamente provocatória do meu compadre Rui a quem tinha pedido boleia para ir a casa da minha afilhada Helena Sofia conhecer a Madalena, porque os pais dela andam doidos de todo com os sonos trocados. Coitadinhos.

Enquanto estava a escaldar a couve recebo esta simpática mensagem:

“amanhã às 21,30 no Café Liz. Transporte gratuito até à Rua do Covão para visita previamente agendada à neta (minha) e à tua afilhada do Padrinho Velho! Com direito a companhia da (actual) Madrinha Velha (por usucapião – 4 anos a aturar um ‘doido’ varrido’, já dá direito a tal título)".

Fiquei a ser o ‘Padrinho Velho. Será assim que a menina me irá passar a tratar para o resto da minha vida e, pelos vistos também tu Helena já tens um título novo – Madrinha Velha – por usucapião. Conversa de advogado!

Não há dúvida que hoje foi um dia bom.

O João que o diga, que repetiu duas vezes o jantarinho que lhe fiz.

Estas coisas é que fazem um gajo feliz.

Só um reparo, o novo Papa podia ter escolhido outro nome. Por exemplo: Águia 39, porque Leão XIV, não está com nada.

Vale-lhe ser progressista.   


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