Historiadores da Marinha Grande.
Houve outros ‘Salsinhas’ na triste história da minha praia.
A miséria e o infortúnio sempre a ‘bater nas portas’ desta
gente que se agigantou a todas as dificuldades impostas por uma vida plena
de má sorte.
Por isso apanhavam lenha no inverno, partiam para o Tejo quando o mar se fechava e abraçavam outras formas de trabalho.
"Príncipes do nada".
Praia do Liz, terra de sobreviventes!
Muitos naufrágios aconteceram por estas bandas. Pena que só o 'Salsinha' tenha tido direito a um lugar na história, mas isso também é fruto de alguns
pseudo-historiadores concelhios, que no afã de publicar maravilhosas cópias de
arquivos privados escrevem umas ‘coisas’, com a soberba de quem pensa ter
sempre a primeira e a última palavra a dizer sobre as coisas do passado.
Um houve que de cima de toda a sua vaidade e 'douta opinião',
uma vez escreveu acerca da publicação do 2º volume da Coletânea de Contos de José
Loureiro Botas mesmo antes de ser apresentada:
““Esperemos que
o prefácio desta edição seja mesmo um prefácio, e não aquela pobreza franciscana
que o Dr. Mário Soares escreveu para a edição de 2002, quatro meros parágrafos
que pouco ou nada dizem nem acrescentam nada á obra”.
Hermínio de Freitas Nunes, in fb, Paulo Vicente (9 de setembro) sobre o prefácio de Paulo Lameiro no
vol II da Coletânea de Contos de José Loureiro Botas a editar pela Biblioteca
de Instrução Popular.
Chegamos a uma altura da nossa vida, em que a
indiferença absoluta por certas pessoas, alguns ditos, e muitos
escritos já não nos basta.
No entanto, o atrevimento boçal, a má educação
inadmissível, o ressabiamento complexado, a profunda revolta de quem, no fundo,
sabe que nada é, porque nunca nada foi e nunca nada de nobre será, revolvem-me
as entranhas, porque já nem se tratam das mediocridades escritas ou ditas, mas
sim de profundas e absolutamente pérfidas formas de se ser e de se estar.
A Biblioteca de Instrução Popular reeditou os
dois primeiros livros de contos de um escritor vieirense. José Loureiro Botas.
Um neo realista de primeira água.
Escritor esgotado. Escritor totalmente esquecido.
Nas Comemorações do septuagésimo aniversário da
BIP, o volume I é apresentado, com capa de Fernando Crespo, artista plástico
natural da Vieira e como prefaciador o ex Presidente da República Mário Soares.
Por acasos felizes da vida, conheceram-se ambos,
prefaciador e autor.
Mário Soares presta-nos o impagável favor de
escrever algumas linhas sobre o autor e a sua obra.
Este senhor que cito, sabedor da publicação do
volume II e do prefaciador desta Coletânea de contos, resolve, de dentro da sua
enorme humildade, sabedoria e, claro está, sublime forma de estar na vida,
tecer os comentários que destaco supra.
Cumpre-me apenas por respeito pela Biblioteca de
Instrução Popular, pela memória de José Loureiro Botas, pela Honra em ter tido
como prefaciadores dos dois volumes, Mário Soares e Paulo Lameiro, concluir,
que há pessoas, que pela sua absoluta mesquinhez, não merecem sequer que
percamos tempo a falar delas.
Só que eu, quando me deparo com este tipo de
falta de cultura, de princípios, de integridade e honestidade intelectual, não
sou nem serei nunca capaz de ficar indiferente. O que me obriga a dizer:
“senhor Hermínio, tenha vergonha!
Cresça e apareça.
Infeliz!
Este douto 'historiador' desconhecia este facto (naufrágio no séc. XIX onde morreram 6 pescadores e também foi feita uma subscrição publica e apelo a solidariedade Régia).
Este investigador/historiador também pretendeu 'desenhar' no seu livro 'Os pescadores da praia da Vieira', um carácter 'original' acerca do padre Lacerda de quem possui o exclusivo dos arquivos - um monárquico, reacionário e intransigente, que tudo fez para impedir a construção da primeira escola pública na Vieira durante o triénio 1924/1927.
Como também, quando pretendeu o senhor Nunes, achincalhar os FACTOS que comprovam a influência da Maçonaria na constituição na Fábrica de Vidros dos irmãos Stephens.
A ignorância e o preconceito que dela decorre, são sempre monumentalmente atrevidos!
Este é o tipo de gente que me repugna à náusea. Pela sua vaidade estéril, ignorância transformada em 'conhecimento' e cagança típica de todos os pobres de espírito.
PS. Obrigado Raúl, pela pesquisa, pelo cuidado e acima de tudo pelo respeito pela, como dizem os outros, esses sim os guardiões da "verdade histórica".
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