E tudo o Vento Levou.

 


De entre muitos títulos de grandes filmes que poderia lembrar agora, achei mais oportuno recorrer a este clássico protagonizado por Clark Gable e Vivien Leigh.

Chegamos ao mês de agosto e com isso, devo continuar o trabalho a que me propus no mês passado. Fazer uma pergunta sem resposta a este cada vez mais improvisado executivo camarário ainda em funções.

Aquando da última apresentação do filme ‘O Tesoiro’ do cineasta António Campos que decorreu, há dois anos, no Cine Teatro Actor Álvaro, foi realizada uma sessão de propaganda com a obra do regime para a minha freguesia. A recuperação do Cine Teatro da praia da Vieira. Uma necessidade ‘urgente’, como todos os vieirenses reconhecem!

E, tal como no complexo privado, das piscinas de São Pedro de Moel, a fórmula publicitária escolhida para estas sessões parece ser sempre a mesma. Aparece um arquiteto com umas imagens maravilhosas em 3D. Explica tudo muito bem explicadinho à medida que as imagens do anteprojeto se vão sucedendo na tela.

O êxtase da populaça é indescritível!

Costuma funcionar sempre. Pelo menos para os incautos, os indefectíveis deste executivo e lá se 'polvilha' o povo com obras modernaças e, no caso do cinema da praia da Vieira, urgentes, justificadas e importantíssimas para o bem-estar e 'conforto cultural' da população.

A malta da minha terra até costuma ser adita a este tipo de atenção municipal. Mas de parvos, nunca tivemos nada. Parvos nunca fomos, apesar de alguns supervisores municipais pensarem o contrário!

Tal como no projeto dos armazéns da Arte Xávega’, financiados com recurso a dinheiros comunitários, o megaprojeto de recuperação do Cine Teatro António Campos, também o será. Resultado da completa destruição de interiores pelo furacão Lesley.

A pergunta sem resposta deste mês, parece-me óbvia:

Cinema da Praia, para quê já? É que existe uma sala de cinema e teatro na Vieira, moderna com um equipamento de som e imagem com 4 anos e um café que se encontram sem qualquer atividade. Sendo de realçar que esse café era frequentado diariamente por dezenas de vieirenses até encerrar há cerca de dois anos. Sem sequer ter sido aberto concurso público para encontrar nova exploração?

Se não conseguem fazer funcionar esta infraestrutura municipal, querem fazer outra, a 3 Km? Para quê?

Para a inauguração claro!

Enquanto isso, encontram-se dois lotes da Zona industrial da Vieira colocados em hasta pública a um preço absolutamente incomportável para qualquer empresário de pequena dimensão se poder interessar, investir e criar emprego.

Esta é a excelência desta gestão autárquica.

Como os vereadores que foram eleitos nas listas do Partido Socialista parecem ter esquecido, recordo: esse preço imputado a ambos os lotes disponíveis na Zona Industrial da Vieira, foi aprovado em reunião de Câmara com o seu voto favorável. Relativamente à preocupação com a criação de emprego e riqueza na Vieira estamos conversados, não é Senhora Enfermeira Baridó e senhor Tenente Coronel Fragoso? Pois é, nessa altura tinham pelouros e tinham cortado relações com as estruturas democraticamente eleitas do PS da Marinha Grande.

Pergunto agora: mudaram de opinião, deixaram de ter pelouros ou algum velho azedo vos deu a volta à cabeça? 

Estou a adiantar-me, mas esse será o tema para setembro, que terá como título: “As voltas que a vida dá!”

Despeço-me com amizade, recorrendo mais uma vez a uma frase do ilustre socialista vieirense, Berranha de seu nome que diz recorrentemente: “saúde e sorte para todos.”



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