A Helena e o que mais conta.

 


Por mais estranhos e incertos que sejam os nossos tempos, há uma constância que os une, talvez porque, como um ‘fio condutor’ que os liga, sempre tenha existido.

Esse facto não é bom e muito menos mau, limita-se a ser uma espécie de ‘caminho inexorável’ que vai unindo todas as épocas como uma corda sem nós. Interminável. Uma corda que une o passado, o presente e se projeta no futuro ou em todos os futuros possíveis. Unidos pelo mesmo propósito, mesmo que com diferentes caminhos a percorrer ou até mesmo já percorridos. Quem sabe?

Esta constância de ‘movimento do tempo’ traz sempre uma, duas ou três verdades absolutas.

Tentarei ser mais simples nesta também simples e breve tentativa de explicação da minha forma de encarar a vida.

Ainda hoje me aconteceu, após ter escrito o meu último texto neste blog, ter recebido por alguém indispensável para mim, a seguinte pergunta: “mas o que é que adiantaste com esse texto?”.

Era um texto sobre algumas hipocrisias deste infeliz executivo camarário e alguns dos seus ‘apêndices’ que por lá teimam em permanecer.

Limitei-me a responder apenas:

“no dia em que não houver rigorosamente ninguém que nada queira da política e que teime em permanecer calado, aí sim, estamos a meio caminho de tudo perder, porque quase ninguém se interessa em manifestar opiniões e preocupações legitimas e sem ter  qualquer interesse concreto e imediato.

Vou tentando continuar a teimar, porque sei que existem mais como eu. E, só essa espécie de gente poderá contribuir para mudar este triste e miserável estado de coisas. Penso ter essa obrigação, porque ninguém consegue educar melhor, sem ser pelo exemplo. Foi a forma que encontrei para tentar educar os meus miúdos. Pelo exemplo e pela esperança. Não quero nada. Só a atenção dos meus filhos para o que é justo, verdadeiro, inteligente e desinteressado. Apenas isso. Nada mais”.

Não obtive qualquer resposta. Coisa estranha e invulgar.

Obrigado Helena. Pelo silêncio.

Revelador!



Comentários

Mensagens populares