Orçamento 2024.
Tem
sido um divertimento assistir discretamente a certas, digamos, curiosidades
municipais.
Aprovação
do orçamento e demais documentos para 2024, com 3 votos a favor do +MpM, duas
abstenções dos Vereadores do Senhor Armando Constâncio e dois votos contra de
ambas as Vereadoras da CDU.
É
cómico ou é trágico?
Para
mim, sinceramente, nem é uma coisa nem outra. É triste apenas.
Com
um índice de execução orçamental do corrente ano que envergonha todos os
marinhenses, delegando para as calendas todas as promessas feitas com a
oposição num processo negocial claro e transparente aquando das negociações
para a aprovação do orçamento para 23 que decorreram o ano passado. Nem 10% do
prometido pelo executivo foi cumprido ou está em vias de cumprimento.
As
despesas correntes a crescer exponencialmente, com um incremento de cerca de
700.000 euros com gastos com o pessoal. Este é um orçamento em que quase 90%
está afeto a despesa corrente. Os investimentos cingem-se à Creche da Ivima e à
requalificação da Albergaria Nobre, obras com financiamento PRR na ordem dos
3,5 milhões de euros.
Nada
mais. Apenas isto.
Não
sei, sinceramente qual a capacidade de interferência dos mentores da abstenção
socialista em sede de Assembleia Municipal.
É
como um jogo do Benfica. Esperar até ao último segundo.
Se
o orçamento for reprovado, tudo estará justificado até as próximas iluminações
de Natal de 2024, épocas balneares e todas as habituais iniciativas do
município. Tudo culpa do chumbo ao orçamento.
No
íntimo, até preferia que este orçamento passasse. Seria a confirmação de que o
PS está refém de “forças estranhas”. E, por outro lado, não haveria espaço para
queixinhas e desculpas parvas para não realizar o óbvio. É que o discurso da
lamechice e dos calimeros do +MpM trazem sempre muitos apoiantes, não fossemos
nós uma sociedade composta por gente que adora vitimizar-se.
De
qualquer forma, daqui envio um enorme abraço aos vereadores eleitos pelo meu
partido. Cada vez mais desorientados e inconsequentes.
Pobre
Marinha. Pobre Moita e Triste Vieira. Aquela Vieira do “agarrem-me senão eu
bato-lhe!”
Com
tudo isto, ainda bem que a iluminação de Natal na minha terra está como está,
porque deixei de ter qualquer necessidade de acender as luzes; fiquei com quase toda
a casa francamente iluminada pelas estrelinhas natalícias que a Cambra pôs no
Largo!
Obrigado
Aurélio.
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