A Liberdade tem sempre um preço associado.
Qual o preço da Liberdade?
Da Liberdade de ser,
de pensar,
de agir,
de falar
ou até mesmo
de sentir?
Por ser tão simples,
nem sempre
a desejamos
ou conseguimos
atingir.
A Liberdade absoluta
passa apenas pelo bom senso,
pelo conceito do que é justo
e,
claro,
do que é sério.
Como diz o glorioso Bloco de
Esquerda,
“Ser senhorio não é profissão”.
Têm razão esses revolucionários do
sec. XXI.
Profissão não é.
É Investimento.
Por vezes sacrifício,
por vezes resignação por durante
tantas décadas terem sido confrontados com uma lei decrépita e injusta.
Tenho quase 2 dezenas de inquilinos.
De todas as rendas que herdei e de
todas as outras que contratei, nenhuma é alta ou dito por outras palavras,
injusta ou ‘insuportável’.
Tenho,
isso sim,
uma ou duas rendas, completamente
ridículas por injustas serem, há anos.
Disso o BE não fala.
Parece que ser inquilino de rendas
antigas, injustas e lamentáveis a todos os níveis, deve ser, aí sim, uma
profissão respeitável.
Muitos amigos meus me têm dito que
esta ou aquela renda está demasiado baixa, ao que respondo sempre, que prefiro
praticar rendas acessíveis que não dificultem os negócios de quem me arrendou
um imóvel, que ter rendas atualizadas e em consequência, difíceis de ser
liquidadas pelos inquilinos em períodos complicados para a sua atividade
comercial.
Ser livre é sempre uma questão de
depender apenas do bom senso e de preocupação social.
Ser livre é falar livremente acerca
de tudo e de todos.
Quando por vezes escrevo um post um
bocado mais ‘melindroso’ sei que não terá likes, porque todos os que os podem
colocar, de livres nada têm.
Alguns até concordam, mas vivem
aprisionados no ‘melindre’,
ou seja,
na ridícula preocupação do que os
outros irão pensar.
Uma vida de imagem, de cinismo, de
falar pelas costas, encostados aos balcões das tabernas e dos bares onde tudo
se diz e comenta porque, simplesmente ninguém ouve ou retém nos dias que se sucedem.
É o mundo dos cobardes que dizem uma
coisa e o seu oposto num intervalo de 24 horas.
Todos sabemos que assim é.
E é porque sempre foi.
Fiz dois favores na minha atividade
bancária em que não fui beneficiado, não prejudiquei o banco e os clientes nem
se aperceberam que os beneficiei, com critérios de elevado profissionalismo na
gestão do risco dessas operações creditícias, tendo em última instância,
beneficiado o banco onde trabalhava. Com a consequente amortização de crédito
malparado que ambos os clientes tinham perante o banco para o qual trabalhava.
Fui alvo de um processo de
despedimento que contestei em tribunal e que ganhei em primeira instância com a
consequente readmissão com pagamento de todos os vencimentos em atraso.
Nunca foi essa a minha intenção.
Voltar para junto daquela gente, mormente, do meu diretor, uma personagem
sinistra e totalmente aberrante.
Teve o fim que merecia. Hoje é uma
espécie de caixeiro viajante do BCP. Ficou-lhe bem esse “futuro”.
Mas, na minha terra, sim na minha
terra, ainda há quem comente, sempre em surdina, como é próprio desta terra,
que “me abotoei”.
Nada mais falso.
Depois disso, pedi trabalho ao meu
partido e com imenso trabalho respondi na presidência da única empresa municipal
do Concelho.
Ainda hoje ouço piadas dos inefáveis
e simples invejosos camaradas que era e fui um ‘boy’ do PS.
Outros há que sempre pensaram que me
tiveram na mão para cobrar toda a espécie de favores que nunca me fizeram.
Devo esse trabalho a duas pessoas que
acreditaram em mim e nas minhas capacidades profissionais: O Paulo Vicente, que
me conhece desde que praticamente nasci e a Tereza Coelho que em mim confiou
totalmente essa missão. Difícil missão nessa altura, diga-se.
Enquanto presidente da direção da
Biblioteca, quantas e quantas foram as vezes em que assisti ao resumo de 20
anos dos meus mandatos a uma simples e curiosa frase: “deixaste as BIP cheia de
dívidas”.
Quantas e quantas vezes ouvi que para
quase toda a gente eu mais não era que um bêbado, um alcoólico, um tipo de
tabernas, totalmente perdido e sem qualquer rumo digno de nota.
Quantas foram as vezes foi proferida
esta frase profundamente lamentável: “coitado do Armando Teodósio, deve estar às
voltas na cova com os comportamentos do único filho que teve!”.
Provavelmente toda esta gente pensa e
diz este tipo de impropérios com um simples objetivo:
ofender.
Ofender muito.
Deitar abaixo qualquer um.
Sem dó nem piedade.
Ainda há dois ou três meses ouvi em
plena Assembleia Municipal o líder da bancada do +MpM referir-se a mim como um alcoólico.
Por vezes penso, o que justificará
todos estes comportamentos perante um homem fora das lides, sem trabalho,
reformado compulsivamente aos 44 anos, com uma reforma de 600 €?
Com três filhos e com algum
património para gerir.
Ninguém tem, porque não deve, ter de
pedir desculpas por ter nascido assim ou assado.
Por esta altura, eu e os meus filhos
vivemos desafogadamente, como em 15 anos consecutivos nenhum de nós viveu.
Esse tempo passou felizmente.
Com uma parcimónia de gastos absoluta.
Com paciência e com inteligência nas
opções e investimentos.
Mas isso, nada conta.
Continuo um bêbado, um ex utente do
4º piso do Hospital de Leiria, um ladrão do BCP, um péssimo gestor da BIP e da
TUMG, um militante do PS que só por dizer e escrever o que pensa, mais não é
que um desordeiro, um ingrato e mal-agradecido, como uma noite o Exmº
Presidente da Assembleia Municipal se me referiu numa mensagem de wa que teve a
amabilidade de me ter enviado.
Todo este Curriculum que parece ser o
meu foi e ainda aqui e ali é comentado.
Ainda por cima num ambiente de gente
maioritariamente canalha, falsa, interesseira e cínica.
Já me esquecia, ainda houve outro
original argumento suficiente que alguma dessa gente utilizou para me denegrir.
Quando me divorciei pela segunda vez.
“Ninguém o suporta. Já é a segunda
vez que o põem a andar.”
Pois é.
Casei duas vezes.
Duas vezes me divorciei.
Tenho três filhos.
Ninguém diz ou comenta que sempre
mantive e mantenho uma relação cúmplice, bastante próxima e totalmente autêntica
com as mães dos meus filhos.
Sim, é interessante falar disto,
quando a maioria dos casais que para aí se vêm, se odeiam em surdina, se traem,
e não se separam apenas por uma enorme hipocrisia, cinismo e cobardia absoluta.
Há anos que estou para escrever tudo
isto.
Nem sequer é um desabafo.
É apenas a constatação dos tristes e
hipócritas dias que correm.
Nunca me esquecerei, que há 11 anos,
quando me reformei do BCP e após 20 anos de trabalho, desempenhando algumas
funções com bastante responsabilidade a minha reforma do banco era de 240 €.
Pois mesmo assim houve um amigo que me chamou tudo e mais alguma coisa. Por
pura inveja. Nada mais que isso.
Hoje, passados estes anos todos a
minha reforma do BCP é de 273 €/mês. Quando o meu ordenado líquido na altura
era de quase 2.000 € líquidos.
Só que esse banco pagava muito abaixo
todos os descontos para a Segurança Social.
E, mesmo assim, ouvi piadas acerca da
minha magnífica reforma que era metade do ordenado mínimo.
Muitas vezes sentei esse amigo à
minha mesa. Em jantares, em Passagens de ano, em tantos e tantos momentos de
pura amizade e confraternização!
Muitas e muitas.
A Vieira, por vezes mais não parece
que uma terra de petiscos, de despeitados e de invejosos.
Na verdadeira acepção da palavra!
Alguma, pouca gente haverá que após
ler este texto até ao fim, comenta para si própria:
“porque é que este gajo escreveu
todas estas coisas? Nunca mais aprende!”
Escrevi, simplesmente porque me
apeteceu e é a mais absoluta verdade.
Termino como comecei:
“Qual o preço da Liberdade?”
Pois, o verdadeiro preço da Liberdade
é este.
Escrever e falar sem qualquer
constrangimento.
Em 2024, tenho de regressar a Coimbra
e ao curso de História que deixei por acabar.
Tenho um livro pronto para apresentar
nas Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril organizadas pela minha Junta de
Freguesia.
E ainda tenho o Livro de todos os
poetas vieirenses para concluir, com edição da JF da Vieira por ocasião das
Celebrações do 40º Aniversário da elevação da Vieira a Vila.
Tenho mesmo muito que fazer.
Tudo isto, sem mencionar o relacionamento e amor puro que nos rodeia aos 4 Teodósios. Sim, porque eu e os meus filhos temos sabido ser sempre "Um" só. Um só Espírito, uma só Alma e um só Sonho. Com esta terra sempre como cenário de todos os nossos desejos coletivos.
É estranho?
Nada disso.
Somos nós apenas.
Já sem mágoas, sem tristezas ridículas e sem nada, que apenas não se resuma a toda a mais profunda verdade. Da nossa história comum, do nosso património de afetos de quem, há tantas e tantas décadas, se orienta apenas pelos mesmos simples e imutáveis princípios de toda uma vida. De pelo menos cinco gerações, contando com a deles evidentemente.
Para um bêbado, ladrão, doente mental (como me definiu abundantemente e em público o Senhor Armando Constâncio, apresentando um diagnóstico clínico totalmente "correto"), mau
gestor, boy do PS, péssimo marido e mau filho, não me parece, de todo, nada mau!
Penso eu.
Tinha de escrever tudo isto, porque todas estas injustas e lamentáveis opiniões, me fizeram sofrer muito mais que as circunstâncias já elas muito sofridas, pela decorrência lógica que todos os fracassos comportam.
Há, como sempre houve, pessoas muito perversas, odiosas e profundamente mal formadas.
Só agora consegui deixar de entregar alguma importância a toda essa gente. Por isso, e talvez só por isso, tive necessidade de escrever tudo o que deixei neste texto.
Texto sofrido.
Texto verdadeiro porque absolutamente autentico.
Desejo sinceramente que todos os alvos deste pequeno desabafo sejam muito felizes, se tiverem capacidade para isso, evidentemente. O que, em boa verdade, não me parece possível. Porque há pessoas que só conseguem sentir uma réstia de felicidade com a infelicidade alheia.
Pois bem. Por mim, pelos meus filhos e por tudo e todos os que amo, ultimamente tenho-me sentido um homem bastante feliz e realizado. Em todos os aspetos.
Talvez seja uma chatice para alguns, mas olha, ... tenho pena!
Por vezes gosto de recorrer às Sagradas Escrituras, pela absoluta simplicidade com que são abordados alguns temas.
Neste caso,
Mateus 23:27-28
27 “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. 28 Assim são vocês: por fora parecem justos ao povo, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade."
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