Democracia, esse triste engano!
Com todo o
conjunto de ‘estranhas’ e deploráveis circunstâncias com que diariamente nos
vamos deparando nestes infelizes tempos que vivemos, torna-se quase
obrigatório pensar a democracia, a validade dos seus mais básicos pilares, como por
exemplo, o mais importante de todos: “um homem, um voto”, onde, aparentemente todos somos iguais, porque
iguais nascemos com tudo o que isso significa.
A
democracia, que me recorde, deve ser mesmo o único regime que vai permitindo a instalação ou o regresso de regimes autocráticos nas suas mais diversas formas. Como acabou de acontecer recentemente na
Argentina por exemplo, ou na Alemanha de Hitler, que foi, diga-se em abono da verdade, eleito em democracia com um exaustivo recurso a toda uma espécie de 'propaganda', por mais ambígua e demagoga que tivesse sido. Como foi o caso!
Muito gosto
eu de ler. Agora até tenho tempo para ir lendo vários
livros ao mesmo tempo. Um luxo! É verdade. Só que como já vivi muitos mais anos
que aqueles que devo ter reservados no futuro para viver, quantas são as vezes em que
penso, se não seria mais gratificante ler os clássicos, porque já me resta
pouco tempo para muito mais que isso.
Nos
clássicos, tal como pela observação da história (onde tudo se vai repetindo,
século após século, milénio, após milénio) sempre foram sendo deixadas marcas
em como o tempo se reproduz e se aproxima sistematicamente do que foi.
Por esta
altura vamos assistindo, sob o jugo da democracia, a uma França que se encontra
a 1% de ser governada por um partido de extrema direita, que como todos os seus
congéneres por essa Europa fora, são essencialmente caracterizados por um anti europeísmo
radical. E, infelizmente a par da França, temos a Hungria, a Polónia e agora a
Holanda.
Em termos
domésticos temos convivido sem qualquer preocupação com uma direita ultra, a que não estávamos habituados
desde 1926-1974.
O que se tem
passado fora do continente europeu não tem sido, de todo, entusiasmante. Nos EUA,
temos dois velhos totalmente decrépitos e ultrapassados que se recusam a entregar o poder a
novos protagonistas.
Na Argentina
é o que se sabe.
No Brasil
foi e é o que também se sabe.
A segunda maior economia mundial, a China, mais não é que uma ditadura feroz e totalmente fechada.
A Rússia é uma oligarquia corrupta que o nosso PCP, num exercício incompreensível, teima em ir passando ‘paninhos quentes’.
Na Espanha a democracia está em fase de
explosão. Ou implosão. Com todas as enormes e infelizes contradições graves do PSOE.
Na faixa de Gaza, está a acontecer um genocídio gratuito, animal e totalmente ignóbil. A Europa Democrática, desta vez, não fala a uma só voz!
Porquê?
Porque o dinheiro, os interesses e a absoluta hipocrisia reinante a tudo se sobrepõem e os países ditos democráticos se vergam. Até mesmo à evidência dos factos.
Pobre Europa, que se encontra a caminhar em direção à sua ruína.
Os seus pais fundadores morreram há muito. Já ninguém se lembra dos seus nomes e das suas biografias políticas.
Só os favores, os grandes negócios, onde os pobres pagam pelos ricos, como por exemplo no caso dos 5 submarinos alemães que o nosso querido José Manuel Durão Barroso convenceu a Grécia e Portugal a adquirir a uma enorme empresa alemã. Lembram-se?
Logo depois, não por isso, mas também por isso, veio o Ministro das Finanças Holandês, chamar-nos a nós, aos espanhóis e aos gregos, em pleno bailout, como ferozes adeptos de "putas e de vinho verde" - palavras dele!
Em Portugal acabamos de assistir a um verdadeiro golpe de estado patrocinado pelo Ministério Público. O grande e inatacável Ministério Público que julga residir no Olimpo do sistema judicial e, por decorrência, se acha acima de tudo, de todos e da própria justiça, da qual reclama a exclusividade absoluta.
Os puros. E, claro, os todo poderosos que não respondem perante nada nem ninguém por mais erros e injustiças que pratiquem.
Iremos viver uma campanha eleitoral, de ataques pessoais, com recurso a todo o
tipo de baixa política, a casos e casinhos e a zero discussão de ideias,
programas e princípios.
Por cá é
assim há várias décadas.
Temos um
presidente palhaço. Um intriguista e vulgar mentiroso, sem qualquer sentido de Estado. Todos o sabemos.
Temos tido um Primeiro Ministro absolutamente ditador e autista. Transformou-se totalmente após a obtenção da maioria absoluta. Revelou a sua verdadeira essência. Aquela essência que demonstrou ter após uma vitória do PS de António José Seguro nas europeias: "foi uma vitória por poucochinho". Depois, qual Brutos com Júlio Cesar, espetou a faca nas costas do legítimo líder do PS e perdeu as eleições legislativas por muito mais que poucochinho.
Lembram-se?
Pois é!
A memória, em política e não só é uma 'ferramenta' fundamental. Nem que seja para 'contar histórias'. Neste caso, do passado recente.
Era carismático. Era galvanizador de multidões. Tal como Sócrates. Pois. Triste gente que só se chega perto dos putativos vencedores. Apenas porque, pode ser que convenha!
Podre. O meu partido está podre.
Reparemos na turba dos apoiantes de Pedro Nuno Santos, o putativo vencedor das internas. Estão lá todos. Os do costume.
Quase todos sabem o evidente, trata-se de um garotelho irresponsável, inconsequente, uma espécie de ditador de araque.
Costumo dizer que as pessoas, todas as pessoas, se revelam na sua plenitude nos pequenos detalhes da vida.
Pedro Nuno Santos é filho de pai muito rico. Quando entrou no primeiro governo do qual fez parte conduzia um Porsche. Foi avisado por um burro qualquer que para um Ministro da geringonça dava mau aspeto conduzir um automóvel daqueles.
O que fez PNS? Vendeu-o, só para não parecer mal!
Mas alguma vez eu faria uma coisa dessas, caso fosse Ministro de geringonças ou outras formas de governo quaisquer que elas fossem?
Abstenho-me de clarificar tantos e tantos outros exemplos acerca da essência deste chico-esperto. Nem sequer lamento aqueles que se encontram perto dele esperando prebendas e outras coisas acabadas em 'endas'.
“A
democracia estará sempre em causa, quando a demagogia for maior do que ela”.
Esta forma
de pensar foi partilhada pelos três grandes da filosofia clássica:
Sócrates (o
autêntico), Platão e Aristóteles.
Estamos a
assistir a uma morte da democracia, que aqui para nós, está longe, muito longe
de ser o melhor dos regimes.
Quando o poder de influência criado por agências de imagem que tanto sabem como vender um sabonete como um candidato, qualquer que ele seja, a Primeiro Ministro, está tudo dito acerca dos tempos que vivemos.
Esta espécie de Democracia não passa de uma enorme falácia. Só não há pessoas que digam esta absoluta verdade, porque temem ser consideradas pela turba como vulgares fascistas, antidemocratas ou com outro qualquer epiteto altamente depreciativo.
Quando o meu voto for igual ao do Ferreira "o fadista da Vieira", quero que esta Democracia se espete contra uma parede.
Por ser falsa, hipócrita e absolutamente cínica por brincar com a intocável 'igualdade' entre os homens.
Quando, por exemplo, todos os que se recusam a votar há anos e anos, continuem a ter os mesmos direitos reivindicativos de quem sempre votou, nem que seja em branco, isto não é democracia nenhuma.
Quando os políticos ganharem mal e porcamente (por exemplo, o presidente da CGD ganhar 10 vezes mais que o Ministro da tutela do qual depende, tudo isto é uma hipocrisia e por aí adiante).
Quanto ao nosso Concelho e ao meu partido político, nem uma palavra me ocorre. Deixei, há algum tempo, de me deter com a absoluta mediocridade por falta de interesse apenas. E, quanto mais importância damos a quem não a tem nem nunca a teve, até porque a deixou simplesmente de merecer, pior para nós.
Todos aqueles que não prestam não merecem um segundo da nossa atenção.
Há muito, em que neste contexto, deveria ter chegado a esta elementar e óbvia conclusão.
Como se verá em 2025, todos estarão bem uns para os outros.
No PS lá aparecerá uma lista única, nas internas de 2024, patrocinada pelos piores dos piores, que já se vão movimentando nesse sentido. Assim uma coisa 'apaziguadora', sinistra de tão falsa, mas tão conveniente como necessária para a satisfação de tantos egos e fúteis ambições!
Quanto aos outros, os que lá agora estão a comandar os destinos do Concelho, serão iguais a si próprios.
Pois que vença o menos mau.
E, seja qual for o vencedor, lá iremos ter mais 4 anos adiados, porque a única coisa que interessa mesmo é vencer. Seja de que maneira for e seja lá com quem for. Isso, na prática, é mesmo a única coisa que interessa.
Quanto aos programas ou projetos, são sempre uma espécie de chatice que se tem de escrever porque as circunstâncias eleitorais a isso obrigam.
Pobre Vieira, que tão desprezada estás.
Até porque verdadeiramente, ninguém quer saber de ti e muito menos de todos os teus sonhos.
Votozinhos dentro da urna. Isso é que interessa.
A toda a gente.
Sem qualquer exceção!
Vieira, terra de brandos costumes. Assim tu és, sempre foste e infelizmente, sempre assim serás.
Uma pequena e antiga terra de brandos costumes.
Perdeste a capacidade de te queixar do que seja!
Esse é o preço de estares a dormir há tanto tempo e momentaneamente quando acordas te limitares a falar apenas, mal de ti própria!
E nada mais que isso.
Não és mais que isso. Uma terra de gente maioritariamente adormecida, complacente e aparentemente satisfeita com os tempos que são estes. Onde és desprezada, esquecida, gozada, sem ninguém que se preocupe como deverias ser daqui a umas dezenas de anos. Sem nada.
Nada.
É assim que estás.
Triste terra, minha triste terra que tão mal governada tens sido.
É caso para dizer:
"O que é feito de ti, Vieira?"
Há alturas, na vida de todos nós, em que só existe uma coisa a fazer: dar um enorme murro na mesa!
Já que os teus representantes, democraticamente eleitos, não são ou não o querem fazer, o que estás tu Vieira á espera para partir a mesa, com apenas um só murro?
Triste terra de bons costumes!
Nem sempre foste assim. Só que já não tens memória disso.
Pois eu e alguns como eu, ainda se lembram de como foi o teu acordar. E, depois disso, tudo o que por aqui foi acontecendo!
E foi muito. E foi tudo.
Tenho sempre dito e escrito, com maior ou menor razão, tudo o que penso verdadeiro. Não seria agora, que evitaria escrever tudo o que encontro por justo, oportuno e 'fora da caixa'.
Este texto será mesmo o último em que perco tempo, com minudências de partidarites locais e nacionais.
De facto, como diz o António e 'tanta' gente do meu circulo mais intimo, a política, mesmo a de freguesia de onde eu nunca quis sair, não vale a pena.
Perguntei a toda essa gente que é a minha: "Mas porquê?"
"Porque não vale." Foi a resposta.
Arrisco-me a concluir que toda essa pouca e 'insignificante' gente está coberta de razão.
Tudo isto é o que é. E toda a nossa comunidade de mais de 5 séculos, neste momento tem o que merece.
Nada mais que isso.
E, já lá vão 6 anos seguidos!
De beijinhos e abraços.
Parabéns Presidente Aurélio.
E que Deus nos perdoe!
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