Por preconceito.

 


Bruno Constâncio (que nem posse tomou e faltou a todas as reuniões da CPC) – partilhou no grupo WA da CPC PSMG 30 de novembro de 2022 o seguinte:

“Uma reunião da comissão política urgente, irei pedir aos senhores comissários que assinem o abaixo assinado que irei colocar aqui em devido tempo e cumprindo os estatutos provavelmente uma assembleia geral de militantes. O meu apoio é total com os vereadores e irei fazer um artigo de opinião no jornal a denunciar este tipo de ditadura nunca visto no PS.

Querem assim, assim será.

O PS ainda não são meia dúzia de gatos pingados.

Isto vai aquecer agora

Vou já fazer um nas redes sociais a denunciar este comportamento pouco democrático e que só por cima do meu cadáver é que vão levar avante tal ditadura.

Já no passado lutei pela democracia dentro do PS e contra 20. Não é agora que me fazem engolir resultados eleitorais.

Meus caros a decisão será dos vereadores. A seguir só uma assembleia geral de militantes para travar esta ditadura.”

Minha resposta:

“Falas de uma Assembleia Geral como aquela em que entraste dizendo que o PS não era nenhum bordel, referindo-te aos atuais vereadores em funções? Tens razão, até nem foi há tanto tempo assim”

 

Resposta do Senhor Bruno Constâncio:

“Como vou entrar a dizer que não é asilo para esquizofrénicos”

 

Bruno Constâncio (6 de dezembro de 2022):

“Bom dia Rui”

Minha resposta:

Agora é Rui, já não é Sr. Rui António ou esquizofrénico? Curioso !!!

Resposta do Senhor Bruno Constâncio: “Depende do momento”.



Caso eu sofresse de uma úlcera gástrica, para alguém que se encontra presente entre nós e até se candidatou a presidente da CPC do PSMG, eu não estaria, (utilizando as suas próprias palavras), “asilado na CPC”. Se estivesse numa cadeira de rodas, também não, segundo os seus valores, “asilado” nesta CPC, caso ainda sofresse de algum outro mal de saúde eminentemente físico, considerado, por ele e por todos os preconceituosos como ele, como compatíveis a poder ter uma atividade política ativa, nada haveria, certamente a obstar.

A palavra esquizofrenia, é bastante utilizada, normalmente por quem nada sabe acerca do seu significado. Como é o caso.

Há uns meses, cometi, talvez a imprudência, de contar a todos os elementos do PS presentes numa reunião o problema de saúde de que padeço. Afeção Bipolar. Fiz essa confidência quando, com toda a delicadeza do mundo, transmiti a opinião de muitos camaradas, que o Senhor Bruno Constâncio não reunia, naquela altura, condições mínimas para representar o PS local como candidato a presidente da Concelhia da Marinha Grande.

Nessa altura, houve quem rasgasse as suas vestes, como qualquer fariseu hipócrita, como foi o caso do Dr. Bruno Santos que na véspera lhe tinha dito em conversa privada exatamente o mesmo que eu estava a dizer nessa reunião. O Camarada Zé Valada pode confirmar o que acabo de escrever, simplesmente porque tinha a mesma opinião e fez parte dessa reunião privada no SOM.

Não irei perder um segundo que seja com o Dr. Bruno Santos, simplesmente porque após essa atitude, que nem me atrevo a classificar, deixou de me merecer qualquer consideração.

Eu, simplesmente não tenho de pedir desculpa a ninguém por ter nascido com uma doença mental crónica, mas com tratamento químico contínuo e fisicamente duríssimo, e que por isso mesmo, se encontra devidamente controlada. E assim continuará para sempre.

Não se trata de esquizofrenia. Nem de Depressão Major, nem a ‘comportamentos’ borderline, que um dia o senhor Armando Constâncio (psiquiatra de renome internacional) tentou descrever num post magnífico na sua página do Facebook referindo-se sabe-se lá a quem? A mim não foi certamente.

Atualmente e com a cada vez maior proliferação de doenças mentais, a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental luta para a criminalização de todos os que tentem excluir, achincalhar ou ridicularizar e marginalizar todos os que delas padeçam. Fica por isto avisado o Senhor Bruno Constâncio, que reconsidere a sua postura.

Porque injusta.

Por tentativa de marginalização.

Por preconceito.

E, por simples má índole e manifesta estupidez.

É que eu não tenho de me sentir sequer obrigado a pedir desculpas por ter nascido com um problema de bipolaridade que afetava o meu avô paterno, que nos princípios do século passado, nunca por nunca ser, foi achincalhado nem publicamente nem em qualquer grupo composto por cerca de 40 pessoas (como foi o meu caso, no grupo fechado de WA da CPC do PS da Marinha Grande).

No fundo, tudo isto se prende com três questões:

Uma, e a primeira, de carácter, neste caso, obviamente, da falta dele;

a segunda, a de mau perder aliada a diversas frustrações pessoais, familiares, profissionais, políticas e sociais, que sentia poder ultrapassar com a eleição a presidente da CPC;

já a outra e talvez a mais importante, a falta de humildade de saber reconhecer quando necessita de ajuda e não ter sequer a capacidade de se olhar no espelho.

Com olhos de ver, já agora! 

Ninguém apareceu em minha defesa. O que não deixa de ser curioso!


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