Aurélio - The Big Fish.
Reunião Ordinária da Câmara Municipal da Marinha Grande Salão Nobre dos Paços do
Concelho 31/10/2022 | 14:00 horas Agenda n.º 28
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DIVISÃO
DE GESTÃO FINANCEIRA …/…
28.ª
Modificação
aos Instrumentos Previsionais de 2022
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Reunião ordinária da Câmara Municipal da
Marinha Grande realizada no dia 18/08/2016 mandato de 2013 a 2017 Ata nº 22
24 – PROPOSTA DE REVOGAÇÃO DA
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL
472 – Presente a proposta apresentada pelo
Sr. Vereador Aurélio Ferreira com o seguinte teor e cujo propósito o
proponente explicou:
“As modificações ao orçamento deveriam ser motivadas pela imprevisibilidade, insuficiência de previsão ou urgência na satisfação de determinadas necessidades, o que não sucedera nas 14 alterações ocorridas no primeiro semestre de 2016. Nesta circunstância, estas alterações não deixam de desvirtuar o orçamento inicial, podendo levá-lo a uma perca de eficácia, enquanto elemento que regula a administração, bem como a uma descredibilização da organização. Como é possível que, desde janeiro a junho, se tenham realizado
14
alterações ao orçamento, que implicaram o
montante de 3.488.140,00 €, cerca de 60% do orçamento alterado?
Esta circunstância consubstancia um abuso
do Senhor Presidente da Câmara Municipal, órgão delegado, na utilização das
competências delegadas pelo órgão executivo – Câmara Municipal – objecto de
deliberação na reunião de 22/10/2015, ignorando por completo o orçamento
aprovado pela CM e pela AM.
Pelo exposto, ao abrigo da alínea a) do
artº 50, do Novo Código de Procedimento Administrativo, dentro dos
poderes/deveres do delegante de vigiar o uso dos poderes delegados, proponho
que a Câmara Municipal da Marinha Grande aprecie a proposta de
revogação da delegação de competências no Senhor Presidente da Câmara
Municipal, efectuada por deliberação de 22/10/2015, desta Câmara Municipal."
deliberação de 22/10/2015, desta Câmara
Municipal.
Esta proposta foi aprovada por maioria com
4 votos a favor e duas abstenções da Senhora Vereadora Cidália Ferreira e do
Senhor Presidente que proferiu a seguinte declaração de voto:
O meu voto assenta nos seguintes
pressupostos:
- Repudio frontalmente os fundamentos
apresentados para revogar parte das competências que me foram delegadas pela
Câmara, por não terem qualquer adesão à realidade.
- Nada tenho a opor quanto à retomada pela
Câmara Municipal do exercício das competências que me delegou, as que estão em
causa nesta deliberação ou quaisquer outras.
- Entendo que a Câmara Municipal deve
ponderar, igualmente o retorno de outras competências delegadas, ainda que
estas decisões impliquem uma alteração da periodicidade das reuniões, como
forma de reduzir ao mínimo os transtornos que decorrem da actual reunião
quinzenal de forma a não prolongarmos os prazos de resposta aos munícipes.
- Por minha iniciativa, remeti já a
deliberação da Câmara uma alteração aos documentos previsionais, tendo em
presença o ruído suscitado à volta do exercício desta delegação de competência.
- Todas as decisões que tomei no exercício
das competências que me foram delegadas estão escrupulosamente em conformidade
com as leis em vigor.
- Todas as decisões relativas a alterações
dos documentos previsionais obedecem às regras contabilísticas e financeiras.
- Todas as alterações aos documentos
previsionais que aprovei estão acompanhadas de mapas discriminativos nos quais
se identificam todas as alterações de verbas e as ações a que foram alocadas.
- É totalmente falso que não se saiba para
onde foi o dinheiro. Recordo que as contas da Câmara são auditadas todos os
anos por um Revisor Oficial de Contas independente.
- Todos os vereadores têm a documentação
em que consta as rubricas para onde foram alocadas as verbas. É inaceitável, de
um ponto de vista ético, que digam o contrário.
- Dou por reproduzidos na seguinte
declaração de voto os despachos nºs 15, 28, 42, 61, 72, 92, 112, 132, 135, 168,
187, 199, 222 e 237/2016, que ficam em anexo.
Alexandra Dengucho em Reunião de Câmara do
passado dia 9 de maio de 2022:
“queria
deixar aqui um lamento, senhor presidente. Um lamento que eu pensei não ter que
fazer, mas infelizmente tenho que fazer, porque de facto aqui a esta mesa nós
todos; na perspetiva da CDU foi dar o benefício da dúvida. Aprovamos que o
senhor presidente ficava com competências até 350.000 €, pensamos que a gestão
pudesse continuar a ser transparente, em que fossemos todos informados do que
se vai passando, nomeadamente a questão das obras, concursos públicos, tudo o
que seja até 350.000 €. Nós não sabemos de nada. Eu queria deixar aqui aos
vereadores do Partido Socialista e ao Partido Socialista este repto, de
podermos pensar todos em alterar esta decisão por uma questão muito simples. É
uma questão só de transparência.”
Aurélio
Ferreira em resposta na mesma reunião de Câmara:
“Enfim, há
aqui alguns termos que eu confesso não me identifico, não ser transparente, não
ter coluna vertebral, nem sequer vou comentar, porque não me parece que sejam
termos que eu utilizasse alguma vez. Eu e o executivo permanente não nos
enquadramos neste tipo de conversa.”
As insinuações falsas, como todas as insinuações, torpes e hipócritas, por vezes têm destas coisas; ... com o tempo, caem em cima dos próprios. Só que desta vez verdadeiras, oportunas e conclusivas.
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