“Bem-aventurados os humildes … , porque deles é o reino dos Céus...”
“Esperemos que
o prefácio desta edição seja mesmo um prefácio, e não aquela pobreza
franciscana que o Dr. Mário Soares escreveu para a edição de 2002, quatro meros
parágrafos que pouco ou nada dizem nem acrescentam nada á obra”.
Hermínio de Freitas Nunes, in fb, Paulo Vicente (9 de setembro) sobre o prefácio de Paulo Lameiro no vol II da Coletânea de Contos de José Loureiro Botas a editar pela Biblioteca de Instrução Popular.
Chegamos a uma
altura da nossa vida, em que a indiferença absoluta por certas pessoas, alguns ditos, e muitos escritos já não nos basta.
No entanto, o
atrevimento boçal, a má educação inadmissível, o ressabiamento complexado, a
profunda revolta de quem, no fundo, sabe que nada é, porque nunca nada foi e
nunca nada de nobre será, revolvem-me as entranhas, porque já nem se tratam das mediocridades escritas ou ditas, mas sim de profundas e absolutamente pérfidas
formas de se ser e de se estar.
A Biblioteca
de Instrução Popular reeditou os dois primeiros livros de contos de um escritor
vieirense. José Loureiro Botas. Um neo realista de primeira água.
Escritor
esgotado. Escritor totalmente esquecido.
Nas
Comemorações do septuagésimo aniversário da BIP, o volume I é apresentado, com
capa de Fernando Crespo, artista plástico natural da Vieira e como prefaciador
o ex Presidente da República Mário Soares.
Por acasos
felizes da vida, conheceram-se ambos, prefaciador e autor.
Mário Soares
presta-nos o impagável favor de escrever algumas linhas sobre o autor e a sua
obra.
Este senhor
que cito, sabedor da publicação do volume II e do prefaciador desta Coletânea
de contos, resolve, de dentro da sua enorme humildade, sabedoria e, claro está,
sublime forma de estar na vida, tecer os comentários que destaco supra.
Cumpre-me
apenas por respeito pela Biblioteca de Instrução Popular, pela memória de José
Loureiro Botas, pela Honra em ter tido como prefaciadores dos dois volumes,
Mário Soares e Paulo Lameiro, concluir, que há pessoas, que pela sua absoluta mesquinhez,
não merecem sequer que percamos tempo a falar delas.
Só que eu, quando me deparo com este tipo de falta de cultura, de princípios, de integridade e honestidade intelectual, não sou nem serei nunca capaz de ficar indiferente. O que me obriga a dizer: “senhor Hermínio, tenha vergonha!
Cresça
e apareça.
Infeliz!
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