6 meses de "connosco seria diferente"
Primeiro semestre.
A 28 de Outubro tomou posse o novo executivo camarário. Na
altura, o novo Presidente, elencou como prioridades, todas, repito, todas as
obras públicas projectadas pelo executivo anterior.
Para quem viveu 8 anos a obstaculizar tudo o que mexesse, esta
‘apresentação’ foi no mínimo, desconcertante.
Dessa forma extremamente eloquente e original inaugurou um
estilo de comunicar, em discurso previamente escrito, de uma pobreza
intelectual, “desafiante e ousada” como há muitas décadas não acontecia
na Marinha Grande.
Tristeza.
Típico para quem pensa que basta sorrir e aparecer, aparecer
e ainda aparecer em todos os momentos, por mais ridículos que sejam.
1567 fotografias depois, temos o quê?
A ruinosa decisão do intermodal, contribuindo para a
continuidade da desertificação do centro da cidade. Com a total cumplicidade do
Partido Comunista, importa dizer.
A contratação de chefias e aumento exponencial de divisões,
onde numa existe a particularidade de se fiscalizar a ela própria, como é o
caso da chefia de Planeamento e Projectos. Planificam, fazem, chefiam-se a si mesmos
e fiscalizam o seu próprio trabalho, apresentando, desta forma, uma idoneidade
absolutamente disparatada.
Triplicaram o número de divisões, com contratações no mínimo
dúbias. Toda a gente veio do mesmo círculo de amigos da Vereadora. Câmara de
Ourém, Câmara de Leiria, Segurança Social de Leiria e outros amiguinhos.
O +MpM elegeu 3 pessoas da sua lista. No entanto, metade da
lista desta força política encontra-se contratada e espalhada nos gabinetes do
Presidente e da Vereação. Apenas uma nota curiosa, o trabalho continua a ser
executado por funcionários da autarquia.
Se isto fosse com um Partido Político, nem consigo imaginar
tudo o que seria dito e escrito, pelo Eng Aurélio Ferreira. Mas como se trata
de um ‘sagrado movimento independente’ tudo lhes é permitido à custa
do erário público. Imagino tudo o que seria escrito pelo actual Presidente no
JMG onde sempre terminou os seus artigos de opinião com uma frase engraçada
“connosco seria diferente”.
A comunicação oficial da Câmara, não promove a Câmara,
limita-se apenas a promover o seu presidente.
Salazar/Caetano, dispunham do SNI (Serviço Nacional de
Informação) para assegurar a propaganda do regime, o Engº Aurélio Ferreira
dispõe do GMI (Gabinete Municipal de Imprensa) sob a sua estreita dependência
pessoal.
Os custos correntes da autarquia aumentaram 1.000.000 de
euros anuais, sem que exista qualquer interesse em saber de onde virão todos
esses euros para colmatar essa despesa! (preparemo-nos para os aumentos das
taxas, licenças e serviços municipais).
Para quem queria transformar uma Câmara numa empresa, tudo
isto é bastante constrangedor!
Contrata-se um professor de ginástica para chefiar a divisão
de desporto, apenas para dar um exemplo. Inventa-se um bode expiatório para
todos os males do mundo no que concerne à divisão de urbanismo e
emprateleira-se a ex-Chefe que, por acaso, é a única funcionária da Câmara com
habilitações próprias para exercer aquelas funções. E, com isso sobra que não
existe ninguém com competências necessárias e suficientes que a substitua. A
todo poderosa engenheira da ‘cadeira’ sobrevive. Razões de amizade a isso
obrigaram.
Enfim, está aqui um caldo, no mínimo, sinistro, para não
dizer totalmente desproporcionado e ineficaz. O futuro dirá se tenho ou não
tenho razão.
Um dia virá a empresa de transportes à baila e a sua
‘natural’ inclusão no município. Sempre quero ver o desfecho dessa questão.
Ainda mais numa altura em que os tempos que vivemos apresentam tendência para a
gratuitidade na utilização do transporte urbano.
Quem me conhece sabe que odeio as doutorices. Só que neste
contexto e após verificar toda a soberba da vice-presidente, apetece-me dizer:
será que seria possível esperar mais de uma técnica de acção social, com todo o
respeito para os profissionais nesta área?
Porque raio é que o dito vereador da mobilidade e
transportes, Tenente-Coronel António Fragoso, não é o Presidente do CA da TUMG?
Para a outra vereadora do PS, inventou-se a divisão da saúde
(com duas pessoas)!
Só passaram 6 meses e penso não exagerar quando digo que
estamos todos completamente fartos de tudo isto e de toda esta gente.
Que o ‘Rei vai nu, já todos verificamos’.
Quanto aos socialistas interessados na construção de um
futuro melhor e atrativo sem quaisquer objectivos de carreira pessoal ou expressão
de vaidades e complexos disparatados, apelo a que se agrupem e se unam num
sonho comum: devolver à Marinha Grande aquilo que lhe pertence.
Um concelho moderno, livre, independente e exemplar.
Com políticos com visão de curto, médio e longo prazo.
Coisa que não abunda ultimamente.
A minha alma está parva!!! (Como se diz na minha terra)
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