O Penacho.

 



Foge Cão que te fazem barão, mas para onde se me fazem visconde?

Almeida Garrett

Está a decorrer a cerimónia de instalação da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal. Como é evidente em todos estes ‘rituais’ próprios da democracia, sempre existem aqueles que estão extraordinariamente felizes, porque venceram, assim como existem outros que fingem estar bem e sorriem abundantemente para todos, tentando esconder uma naturalidade que não lhes assiste. Porque perderam. Há até uns perdedores que nem savoir faire têm para conseguir aparecer numa cerimónia de passagem de testemunho, como foi o caso da Dona Cidália Ferreira!

Esta cerimónia de hoje incluiu no entanto, uma terceira pessoa, que ficou em último lugar no ranking eleitoral, mas que se encontra rejubilante de tanta e tão grande indisfarçável vaidade.

Passou e pisou todos os princípios da ética, da elegância de quem sabe ter perdido clamorosamente, de toda a dignidade que deve assistir a todos os políticos. Vendeu a alma ao diabo por um pequeno prato de lentilhas. E, alterando, cortando à exaustão um ‘memorando’ aprovado previamente no Partido Socialista pelos órgãos próprios. Após isso, marcou uma reunião totalmente ilegal e clandestina para fazer valer tudo aquilo que a actual presidente da Comissão Política Concelhia do PS estava disposta e democraticamente mandatada para discutir e assinar com o +Mpm.

Tudo em troca da presidência da Assembleia Municipal e de dois meios tempos na vereação. 4 anos de maioria absoluta sem qualquer compromisso inteligente assumido.

Esse documento totalmente esquartejado ficou, um documento absolutamente insipido em termos políticos, inconsequente e absolutamente descomprometido com os anseios votados em sede própria do PS.

E, com mais esta traição no curriculum, lá vai o Engº Curto Ribeiro ocupar o lugar de Osvaldo Castro, Telmo Ferraz, Luís Guerra Marques, entre muitos e muitos outros mui dignos Presidentes do Parlamento do nosso Concelho.

Um sonho realizado? Sem qualquer dúvida!

A forma ignóbil, execrável e sem qualquer sentido de compostura política que usou para chegar ao lugar de Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, será publicamente revelada a todos os munícipes. Em tempo oportuno evidentemente.

Nesta altura, sempre podemos todos dizer: lá vai o Curto em mais uma tão nobre missão! Que jurou cumprir com lealdade.

Houve cinco socialistas que permitiram que ‘isto’ fosse possível.

Mais tarde ou mais cedo, todos, um a um, terão de justificar esta tão funesta opção!

Parabéns Curto Ribeiro. Tens tudo o que sempre quiseste, Já podes dormir tranquilamente!

E, já agora, deixa-nos em paz.


Comentários

  1. Rui, neste episódio, que deixará uma nódoa perene na história do PS, Aníbal Curto Ribeiro deixou a sua marca de água, assumindo a liderança de uma vergonhosa manobra de capitulação aos seus amigos do +MpM, sob o pretexto de que os fartos e aumentados proventos dos dois inexperientes e semi-independentes vereadores poderiam ficar em causa, bem como acrescentou que a ESTRONDOSA" vitória da sua eleição para exibir o penacho de presidente de qualquer coisa, também se poderia perder. Não hesitou, de forma indecorosa, andar a falar cos os eleitos e com o +MpM, com a participação activa da Cidália, para se chegar a este resultado. Já não chegosa a estrondosa e humilhante derrota nas eleições, ainda lhe vieram acrescentar esta vergonhosa capitulação sem contrapartidas.
    O PS cedeu de borla dois eleitos seus para o +MpM governar sempre em maioria absoluta, sem voto condicionado ao respeito pelos nossos valores, portando-se como uma agência de empregos e assegurou para o Curto, pagando, um daqueles prémios que se compram, tipo "Prémio Gazela" ou "Prémio Inovação", para o que basta pagar a publicidade que essas empresas publicam e colocar o diploma na estante.

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