Políticos de primeira água.

Adolfo Mesquita Nunes, o futuro da direita.

Este político demitiu-se hoje do seu partido de sempre. O CDS.

Partilho este texto que escrevi em Janeiro. Não é fácil em política, mas não retiro nem uma virgula. Lamento apenas a sua saída daquele espaço político actualmente tão mal frequentado.

 


Nesta altura da minha vida, sublinho ainda as diferenças entre esquerda e direita, porque óbvias, saudáveis e desejavelmente, não opostas, porque em democracia, nos dias que vão sendo estes, não se devem construir oposições, apenas porque se deve apenas procurar o que que nos separa em detrimento da procura ‘de tudo o que ainda nos une’. Desejam-se, isso sim, debates, confrontos inteligentes, visões diametralmente diversas, porque enriquecedoras do debate político sério. Apenas com um único propósito comum: a melhoria da sociedade onde vivemos. A esquerda e a direita têm, como se sabe, posturas e ideários diferentes. Mas, apesar de todos os pesares, ainda têm muita gente séria nas suas fileiras. É um facto.

Depois de tantos números de circo a que todos, lamentavelmente, fomos assistindo nos últimos anos protagonizados tanto pelo PS, como pelo PSD e CDS, esperam-se alterações substantivas: de métodos, de escolhas, de compromissos comuns  de médio prazo. Quanto ao futuro imediato, desejo que tanto o Socialismo Democrático, como a Democracia Cristã, ponham mão nisto.

Adolfo Mesquita Nunes, pela sua postura, inteligência e elevada cultura democrática deve ser um dos principais protagonistas de toda esta enorme transformação que cada vez mais se vai impondo como todos sabem.

Adolfo Mesquita Nunes estará para o século XXI, como Adelino Amaro da Costa esteve para o séc. XX, depois de 74. Infelizmente, ainda não se vislumbra rigorosamente ninguém como um dos Príncipes da democracia portuguesa como foi Francisco Sá Carneiro para o PPD/PSD e Mário Soares para o Partido Socialista. 

Digo isto com bastante tristeza e nenhuma ironia. Até porque quanto a todos os Partidos não citados, todos sabemos que não se pode contar com nenhum deles para fazer as reformas estruturais necessárias. São indispensáveis em democracia. São indispensáveis, quanto mais não seja, para que PS, CDS e PSD tenham ainda mais certezas de todas as escolhas que comprometam as próximas décadas e diversas legislaturas.

Assim o desejo, mas, … se me limitar a ser realista, sei bem que não posso esperar nada, porque em política, contam os interesses, o poder, as facadas nas costas, as pequenas-grandes traições e, sempre, mas sempre a manutenção do poder. É por isso que considero, com todos os defeitos conhecidos, as três maiores figuras da democracia portuguesa, da terceira República, simplesmente continuam a ser insubstituíveis. Pelo menos é o que o tempo recente tem demonstrado. 

À saciedade!

Já não há figuras destas? Desapareceram? Não! Não se querem é ver rodeados da sinistra escumalha que nos governa há quase 30 anos. 

Comentários

Mensagens populares